domingo, 16 de dezembro de 2012

PARABÉNS TRICOLOR MAIS QUERIDO DO MUNDO!

Hoje, dia 16 de dezembro, o São Paulo Futebol Clube comemora 77 anos de vida, uma vida celebrada por glórias e inúmeros títulos, afinal, somos o clube mais vitorioso do Brasil.
Nessa última quarta-feira (12/12) encerramos um curto jejum de 4 anos sem ganhar um título. Embora conturbada, a final contra o Tigre da Argentina rendeu ao Tricolor mais um título internacional. E no ano que vem ainda tem Recopa e Libertadores.

Presto minha singela homenagem ao MAIOR E MAIS VITORIOSO CLUBE DO BRASIL:

*6 Brasileiros (1977-1986-1991-2006-2007-2008)
*3 Mundiais de Clubes (1992-1993-2005)
*3 Libertadores (1992-1993-2005)
*2 Recopas (1993-1994)
*1 Copa Conmebol (1994)
*Torneio Rio-São Paulo (2001)
* 21 Campeonatos Paulistas


AVANTE MEU TRICOLOR!

domingo, 25 de novembro de 2012

ALUNOS DO 9º B - CONTEÚDO DA GLOBAL DE HISTÓRIA

Olá alunos do 9º B

Capítulos da Avaliação Global:
Cap. 4 - Segunda Guerra Mundial (apostila 2)
Cap. 1 - Guerra Fria (apostila 3)
Cap. 2 - Coexistência pacífica: O Equilíbrio do Poder (apostila 3)

Na hora de estudar, dar ênfase : Segunda Guerra Mundial (tudo) , Guerra Civil Espanhola, Alemanha pós-1945, as disputas entre E.U.A. e U.R.S.S., crise do mísseis, Guerra das Coréias, etc.
Bons estudos!

sábado, 29 de setembro de 2012

CAROS ALUNOS DO ZENAIDE E TABACOW

Olá pessoal, tudo bem?

Primeiramente quero agradecer pelo carinho que recebi dos alunos do Zenaide Lopes (8ª E e 8ª F e 1º A) e do Manoel Tabacow (5ª E, 6ªA e 6ª B), foi muito legal lecionar pra vocês. Foram meses de aprendizagem, risadas, enfim. Valeu muito a pena lecionar pra vocês! Sentirei saudades de todos!!!!

Galera do 1º A, sentirei saudades, continuem firmes!!!
Pessoal da 8ª E, nunca tive uma oitava série com alunos tão legais como vocês!!! Em especial, Matheus, Victor, Gustavo, Nelson, Nicolas, Patrícia, Guilherme e Jonathan. Os demais alunos também. E antes que vocês se questionem, sim! Também vou sentir saudades dos dois Vinícius e do Kaique. =]

Pessoal da 8ª F, continuem firmes!!! Evitem faltas e não desperdicem mais 1 ano! Sentirei saudades de todos!!!

Agradeço a 5ª E e 6ª B do Tabacow pela festa que fizeram para comemorar meu aniversário!!!
E em breve postarei uma foto com a caneca que o pessoal da 6ª B me deram de presente.
Um forte abraço pro Mateus!!!

E ano que vem pode ser que esteja lecionando pra vocês novamente!!! Abraços!!!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

TRABALHO - ENSINO MÉDIO - ZENAIDE

EXERCÍCIOS AVALIATIVOS

1-      Explique o que foi a talassocracia cretense.
2-      O que foi a Primeira Diáspora Grega?
3-      Quais foram as contribuições de Homero?
4-      O que eram os genos e como eles foram desintegrados?
5-      Explique como funcionava a política espartana, destacando as características sociais, políticas e econômicas.
6-      Como funcionava a democracia ateniense? Destaque as características sociais, políticas e econômicas.
7-      O que é ostracismo?
8-      O que foi as Guerras Médicas?
9-      O que foi a Guerra do Peloponeso e quais foram as conseqüências para a Grécia?
10-   Explique o que foi o Período Helenístico.
 
                                                Data de entrega: 19/09 Em almaço ou digitado

GLADIADORES - 1º ANO - ZENAIDE

Gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga. O nome "Gladiador" provém da espada curta usada por este lutador, o gladius (gládio). Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Nesse momento do combate é que era determinado por quem presidia aos jogos, se o derrotado morria ou não, frequentemente influenciado pela reação dos espectadores do duelo. Alguns dizem que bastava levantar o polegar para salvar o lutador, outros dizem que era a mão fechada que deveria ser erguida.
Entretanto alguns estudos relatam que nem sempre o objetivo era a morte de um dos gladiadores, haja vista, que isso geraria onus para o estado romano. Argumenta-se que o principal objetivo era o entretenimento da plateia. Faziam parte da política do "pão e circo" (panis et circencis).
Pouco comum era que um romano de alta posição social, mas arruinado, se relacionasse como gladiador a fim de garantir a própria defesa, ainda que de maneira arriscada. Ser proprietário de gladiadores e alugá-los era uma atividade comercial perfeitamente legal.

As primeiras lutas conhecidas aconteceram em Roma em 286 a.C., no começo da Primeira Guerra Púnica. Porém o esporte teve início com os Etruscos.
Durante cerca de sete séculos, as lutas dos gladiadores, entre si (ordinarii) ou contra animais ferozes, o que era menos valorizado e prestigioso para os lutadores, foram os espectáculos preferidos dos romanos.
O Coliseu, era o principal palco dessas lutas, em Roma, e suas ruínas ainda se constituem numa atração turística da cidade.
No ano de 73 a.C., aconteceu a terceira guerra contra escravos, que teve início com um gladiador, de nome Espártaco. Este liderou um grupo rebelde de gladiadores e escravos, que assustou a então República Romana. A revolta terminou dois anos depois graças a Marcus Crassos. Depois disso os lutadores eram vistos com medo nas épocas de crise.
Para as lutas eram reunidos prisioneiros de guerra, escravos (devido ao tratamento mais humano e à possibilidade de alcançar a fama e até mesmo a liberdade, ser um gladiador era melhor do que ser um escravo comum) e ainda autores de crimes graves - mas na época dos imperadores Cláudio I, Calígula e Nero a condenação à arena foi estendida às menores culpas, o que aumentou o interesse pelas lutas. Dois imperadores participaram de lutas, obviamente vencendo, foram eles Calígula e Cómodo.
Com o advento do Cristianismo as lutas foram banidas no reinado de Constantino I, no ano 325 Mas embora tenham decaído, os espetáculos de gladiadores sobreviveram por mais de um século após a proibição.
Tendo sido o papa Santo Inocêncio I que o terá definitivamente conseguido junto ao imperador Honório.

Fonte: Wikipédia

ESCRAVIDÃO NA ROMA ANTIGA - 1º ANO - ZENAIDE

A escravidão na Antiga Roma implicava uma quase absoluta redução nos direitos daqueles que ostentavam essa condição, convertidos em simples propriedades dos seus donos. Com o passar do tempo, os direitos dos escravos aumentaram. Contudo, mesmo depois da alforria (manumissio), um escravo liberto não possuía muitos dos direitos e privilégios dos cidadãos romanos.
Estima-se que mais de 30% da população da Roma Antiga eram escravos.
As revoltas de escravos, tal como a de fim da década de 70 a.C foram duramente reprimidas. Em latim, o escravo era denominado servus ou ancillus (este último termo era aplicado mais particularmente ao escravo que servia no lar).
Normalmente, as pessoas reduzidas à escravidão ou mantidas nesta condição provinham de povos conquistados, o que se manifestava com frequência em características físicas ou língua diferentes das dos amos.
Os romanos consideravam a escravidão como infame, e um soldado romano preferia suicidar-se antes de cair escravo de um povo bárbaro, ou seja, não romano.

Um escravo era um bem que era possuído, despojado de todo direito. O dono possuía o direito sobre a sua vida e a sua morte. O termo "manus" simbolizava o domínio do dono sobre o escravo, do mesmo modo que o domínio do marido sobre a sua esposa. A sua condição real era porém variável, segundo a proximidade do amo: os escravos agrícolas dos villae ou das minas eram muito mal-tratados; os escravos domésticos (ancillae) que viviam com a família eram mais favorecidos e muito com frequência libertos após um certo período.
O status social de um homem era medido em função do número de escravos que possuía. O preço do escravo variou muito segundo as épocas e os lugares, mas situava-se, de média, por volta de 2000 sestércios ; o seu sustento aproximava-se aos 310 sestércios por ano. Toda criança nascida de mulher escrava tornava-se também escravo.
Os escravos trabalhavam todos os dias salvo durante as festividades das saturnais de dezembro e os compitalia de janeiro.

 Emancipação

Na Roma Antiga, um liberto (latim:libertus ou libertinus) era um antigo escravo que tinha sido emancipado pelo seu amo. Convertia-se num homem quase livre: não tinha todos os direitos do homem livre, permanecia "cliente". As suas crianças seriam totalmente livres.

 Converter-se em escravo

Convertia-se em escravo por dívida, como prisioneiro de guerra, por atos de pirataria ou por mau comportamento cívico.
Uma criança nascida de escrava tornava-se também escrava. Um escravo nascido na morada do seu dono era chamado verna.

 Período da República Romana

Até o século III, os Romanos podiam tornar-se escravos por dívidas, isto era o nexum. Até a sua abolição, este tipo de escravização provocava o descontente da plebe. O escravo romano é descrito por Plauto como um membro da família.
O forte aumento do número dos escravos prisioneiros de guerra (o seu número passou a 15 ou 20% no século II) e a sua integração nos latifúndios, transformam-nos em homens-máquinas como descreveu Catão o Velho.
Todas as campanhas militares traduziam-se na importação de uma grande quantidade de escravos, às vezes toda a população vencida, como ocorreu durante a destruição de Cartago em 146 a.C.
O escravo romano é ambivalente: era ao mesmo tempo vez homem e mercadoria. O seu valor monetário era um incentivo para o amo, a fim de cuidá-lo para que o seu investimento fosse rentável. Assim mesmo, tinha deveres para com ele: alimentá-lo, vesti-lo e alojá-lo. As privações eram os castigos mais correntes, mas os golpes, as mutilações, ou até mesmo, em certas épocas, a morte, podiam ser praticados com impunidade. Catão o Velho, que os seus contemporâneos consideravam como rígido, até mesmo excessivo, dizia: "o escravo deve trabalhar ou dormir".
A situação do escravo romano varia segundo a sua dedicação:
  • o escravo rural executava os|trabalhos agrícolas, e vivia em condições penosas, sobretudo nas grandes propriedades agrícolas. As revoltas de escravos no período republicano foram chamadas de Guerras Servis, e marcaram as regiões de agricultura intensiva: Sicília, Campânia. A revolta mais célebre foi a do gladiador Espártaco em 73 a.C.. Espártaco venceu vários exércitos romanos antes ser vencido. A repressão feroz desta revolta serviu de exemplo dissuasório a futuros amotinados.
  • Os escravos nas minas eram os mais maltratados.
  • O escravo de cidade era geralmente o mais favorecido. Nas casas modestas, alguns escravos eram próximos do amo e formavam parte aproximadamente da família. Nas grandes casas (domus), as tarefas numerosas e variadas permitiam uma especialização, distinguindo dos trabalhos " nobres " (magister): secretário, contável, pedagogo, etc. E dos trabalhos menores (minister). Muitos escravos gregos eram preceptores. A prostituição, pouco evocada pelos historiadores, era uma realidade constatada, por exemplo em Pompeia pelos graffites e os lupanares.
  • O escravo público (servido publici) pertencia ao Estado (a cidade ou a Roma). Realizava tarefas de interesse geral, e trabalhava para os serviços municipais: a sua situação variava dependendo de que se dedicasse à limpeza, ao serviço dos edifícios públicos, ou ao contrário nas tarefas da administração. No mais baixo da escala, os escravos das minas eram os verdadeiramente forçados.
Os romanos da república conheciam um sistema incentivador para o escravo: mediante o peculium, poupança que realiza o escravo sobre os lucros de uma atividade, com frequência artesanal ou comercial; o peculium pertencia ao amo, mas o escravo o dispunha de prazos para recomprar a sua liberdade.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

REPÚBLICA OLIGÁRQUICA - 8ª E e F - ZENAIDE

  A República Oligárquica
       

         A forma federativa de República, instituída pela Constituíção de 1891, criou de fato um sistema de governo descentralizado, fortalecendo os poderes estaduais e municipais, que ficaram com uma série de atribuições. Com a entrada em vigor do novo texto constitucional, os estados puderam eleger seus presidentes e passaram a contar com uma legislação própria, que tornava possível a criação de impostos, a manutenção e o controle das forças policiais e o estabelecimento de um poder judiciário de abrangência estadual.
No entanto, essa forma forma descentralizada não garantia uma democracia representativa. Na prática, havia mecanismos que favoreciam as elites agrárias regionais, que se sentiam livres para aumentar ainda mais seu poder. O sistema eleitoral, por exemplo, funcionava como mecanismo de legitimação do poder local. Tratava-se de um sistema viciado: o voto não era secreto e o partido no poder controlava as eleições. Nesse esquema, a pessoa tinha de votar em determinado candidato, pois podia sofrer sérias represálias caso se negasse. Era o chamado "voto de cabresto".
         Em todos os estados, quem formava a base das oligarquias eram os chefes políticos locais, em geral grandes fazendeiros ou comerciantes, que controlavam o processo eleitoral em cada região, os chamados coronéis. Eles eram assim chamados porque tinham feito parte da antiga Guarda Nacional.
         Controlando a política local, o coronel tinha influência determinante sobre a nomeação do delegado e do juiz e sobre a eleição do prefeito. Na maioria dos municípios, esses cargos eram exercidos por seus parentes, amigos ou afilhados políticos, quando não por ele próprio. Dessa forma, o poder pessoal do coronel, decorrente da sua condição de grande proprietário, se sobrepunha aos poderes institucionais. As pessoas eram forçadas a manter com ele uma relação de dependência, pois precisavam de seus favores e de sua influência.
       Ainda hoje no Brasil, práticas como o clientelismo, a troca de favores e o mandonismo, características do coronelismo, são comuns. A compra do voto com cesta básica, material de construção etc. - e distribuição de cargos a apadrinhados  dos políticos influentes, por exemplo - fazem parte da cultura local de muitos municípios do país.
                                ( Texto retirado do livro História, Divalte Garcia, Ática,2005 pag.299)                                                          
Coronelismo
        O coronelismo tem sido entendido como uma forma específica de poder político brasileiro, que floreceu durante a Primeira República (República Velha), e cujas raízes remontam ao Império; já então os municípios eram feudos políticos que se transmitiam por herança -- herança não configurada legalmente, mas que existia de maneira informal. Uma das grandes surpresas dos republicanos históricos, quase imediatamente após a proclamação da República, foi a persistência desse sistema, que acreditavam ter anulado com a modificação do processo eleitoral.
        A Constituição Brasileira de 1891 outorgou o direito de voto a todo cidadão brasileiro ou naturalizado que fosse alfabetizado; assim, pareciam extintas as antigas barreiras econômicas e políticas, e um amplo eleitorado poderia teoricamente exprimir livremente sua escolha. Porém, verificou-se desde logo que a extensão do direito de voto a todo cidadão alfabetizado não fez mais do que aumentar o número de eleitores rurais e citadinos, que continuaram obedecendo aos mandões já existentes.
       A base da antiga estrutura eleitoral se alargara, porém os chefes políticos locais e regionais se mantiveram praticamente os mesmos, e continuaram elegendo para as Câmaras, para as presidências dos Estados, para o Senado, seus parentes, seus aliados, seus protegidos. De onde a exclamação desiludida de muito republicano histórico: "Esta não é a República dos meus sonhos".
(Maria Isaura P. de Queiroz. O coronelismo numa interpretação sociológica. In: Sergio B. de Holanda, Boris Fausto, orgs. História geral da civilização brasileira.5.ed. São Paulo, Difel, III, vol1, 1989, p. 155)


A República do "café-com-leite"

No início da República, não existiam partidos políticos nacionais. O que havia eram agremiações regionais, independentes umas das outras, como o Partido Republicano Mineiro (PRM), o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e o Partido Republicano Paulista (PRP). Embora todos se denominassem republicanos, não faziam parte de um partido nacional, com um programa único e uma só política.
Também não havia partidos de oposição. As lutas políticas entre os diferentes setores das elites estaduais se davam no próprio partido republicano local. A única exceção era o Rio Grande do Sul, onde a oposição se articulava em torno dos federalistas, que enfrentaram o governo de Júlio de Castilhos, entre 1893 e 1895. Em 1922, os federalistas gaúchos se juntaram a outras correntes de oposição e criaram a Aliança Libertadora, que passou a se chamar Partido Libertador a partir de 1928.
Nos primeiros anos da República, o poder central foi exercido por dois marechais, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Com a eleição de Prudente de Morais em 1894, as elites agrárias de São Paulo, por intermédio do PRP, ganharam força e passaram a controlar o poder. A partir da presidência de Campos Sales (1898-1902), o PRP se uniu aos republicanos de Minas Gerais, estado mais populoso do país e com maior número de eleitores. Assim nasceu a chamada política do "café-com-leite", por meio da qual a oligarquia mineira e a paulista passaram a se revezar no poder até 1930.

A alternância das duas maiores oligarquias no governo foi aprovada pelas elites dos outros estados, em função das vantagens que oferecia. Para que os políticos desses estados não se sentissem alijados do poder, Campos Sales instituiu, por volta de 1900, a chamada política dos governadores.
Tratava-se de um pacto de governabilidade, pelo qual o poder central se comprometia a apoiar os grupos dominantes nos estados, desde que estes lhe dessem sustentação no Congresso Nacional. Para garantir seu funcionamento, havia as Comissões de Verificação de Poderes, uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado.

Não havia na época uma justiça eleitoral como a que temos atualmente. Quem determinava se um deputado ou senador recém-eleito podia tomar posse no cargo eram as respectivas comissões de verificação de poderes, controladas pelo governo. Se o parlamentar eleito por um estado fosse de oposição ao governo desse estado, corria o risco de não ser empossado pela Comissão de Verificação de Poderes. Dizia-se nesse caso que ele havia sido "degolado".
Os dois mecanismo de poder -- a aliança do café-com-leite  e a política dos governadores -- se complementavam e vigoraram até a Revolução de 1930. Durante esse período, sofreram apenas duas interrupções. A primeira, em 1910, quando o PRP apoiou a candidatura de Rui Barbosa à Presidência, na Campanha Civilista. Nessa ocasião, os partidos republicanos de Minas e Rio Grande do Sul apoiaram o marechal Hermes da Fonseca. Eleito presidente, ele promoveu a derrubada de algumas oligarquias estaduais do Nordeste, por meio de uma aliança entre tropas do Exército e forças populares. Essa política, conhecida como salvações nacionais, foi aplicada em Pernambuco, na Bahia, no Ceará e em Alagoas. Em todos esses estados, os presidentes foram depostos e substituídos por militares fiéis ao marechal.
A segunda interrupção do grande pacto entre as oligarquias ocorreu em 1930, quando os mineiros se aliaram novamente aos gaúchos para derrubar, com o apoio popular, o governo de Washington Luís, membro do PRP. Por todas as características analisadas nesses textos, o regime republicano extinto com a Revolução de 1930 ficou conhecido como República Oligárquica, República dos coronéis, ou República do café-com-leite. Mais tarde, ele seria chamado também Primeira República ou República Velha.
( Texto retirado do livro História, Divalte Garcia, Ática,2005 pag.300)

ESPARTA - 1° ANO A ZENAIDE

ESPARTA - 1° ANO A ZENAIDE

Introdução 
Esparta foi uma das principais polis (cidades-estado) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar, pois foi fundada pelos dórios.

A cidade de Esparta foi fundada no século IX a C pelo povo dório que penetrou pela península em busca de terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de seu território através de guerras. No final do século VIII aC, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.

Sociedade Espartana

Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:

Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.

Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.

Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.

Educação Espartana

O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da pólis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.

Política Espartana

Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.

Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.

Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembléia.

Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.

Religião Espartana

Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.

Como era a educação na cidade grega de Esparta
Na Antiguidade, a cidade-estado grega de Esparta era muito voltada para as atividades militares. Desta forma, a educação recebeu forte influência da área militar.

Extremamente rigorosa, a educação espartana tinha como objetivo principal formar soldados fortes, valentes e capazes para a guerra. Logo, as atividades físicas eram muito valorizadas.

Por volta dos sete anos de idade, os meninos espartanos eram levados por suas mães para uma espécie de escola, onde as atividades físicas seriam trabalhadas. Já na adolescência, entravam em contado com a utilização de armas de guerra.

O senso crítico e artístico não eram valorizados em Esparta, pois os jovens estudantes tinham que aprender a aceitar ordens dos superiores e falar somente o necessário.

As meninas espartanas também tinham uma educação específica. A educação feminina tinha como objetivo formar boas esposas e mães. Elas também participavam de atividades desportivas e torneios. A função deste tipo de educação para as meninas era formar mulheres saudáveis e fortes, para que pudessem, futuramente, dar a luz a soldados saudáveis e fortes para Esparta.

DEMOCRACIA ATENIENSE - 1º ANO ZENAIDE

DEMOCRACIA ATENIENSE - 1º ANO ZENAIDE

Foi na Grécia na Cidade-Estado de Atenas, no século V a.C. que  nasceu a democracia. Era então, uma forma de governo totalmente nova, que os seus criadores acreditavam ser a mais justa e a mais conforme com a dignidade do ser humano.
A Grécia antiga compreende não só a Península Balcânica propriamente dita (Grécia continental) mas igualmente as costas da Ásia menor (Grécia asiática) e entre estas duas margens situam-se numerosas ilhas gregas, que pontuam o Mar Egeu (Grécia insular). É um território montanhoso e recordado que o mar mediterrâneo penetra profundamente.
Uma pólis (ou frequentemente denominada cidade-estado) ocupava naturalmente, um território próprio. Então o que é a pólis ?
·        Um território (por exemplo Atenas estava inserida na península de Ática)
·        Um corpo cívico (um conjunto de cidadãos)
·        Um conjunto de leis (para estabelecer justiça)
O ideal da pólis era a autarquia (auto-suficiência, "comandar a si mesmo" ou "auto comandar-se"), pelo que não podia ser ‘’nem muito grande, nem muito pequena’’
No corpo cívico (conjunto de cidadãos) era muito reduzido mas, mesmo assim essencial á vida da polis. Aos cidadãos e só a eles cabia a condução de negócios públicos, a organização de cerimônias religiosas e a feitura das leis.
O território , o corpo cívico e um conjunto de leis próprias eram imprescindíveis á existência da polis.
A organização do espaço cívico
A insegurança dos primeiros séculos da historia grega privilegiou a criação de praças-fortes, em locais altos, de fácil defesa. Em caso de perigo, os camponeses poder-se-iam acolher nas suas muralhas . Foi em torno deste local alto (Acrópole) , que nasceram as primeiras cidades.
·         Acrópole era o centro da vida religiosa e politica da cidade. Ai se situavam as residências do rei e dos nobres, bem como os principais templos. Mas com o passar do tempo a Acrópole tornou-se um local de culto. Nela se erguiam os principais templos da cidade e para ela se encaminhavam tanto as grandes procissões como aqueles , que individualmente, pretendiam honrar os deuses com as suas oferendas.
·         Ágora era a parte baixa da cidade onde se realizava a vida cotidiana, onde também se realizavam as trocas comerciais, as práticas políticas. 
A DEMOCRACIA ATENIENSE
No conjunto de todas as cidades-estado gregas , Atenas ocupava um lugar destacado. Para além do seu poderio econômico e militar a pólis ateniense tornou-se num brilhante centro cultural e politico. Um dos aspectos que mais contribuiu para o prestígio da cidade foi a original forma de governo, os atenienses chamavam-lhe democracia (demos=povo + kratia=poder). 
Os direitos dos cidadãos
A democracia ateniense estabeleceu a igualdade entre todos os cidadãos:
·         Igualdade perante a lei (isonomia)
·         Igualdade de acesso aos cargos políticos (isocracia)
·         Igual direito ao uso da palavra ( isegoria)
Clístenes , considerado o fundador da democracia ateniense, estabeleceu uma nova divisão administrativa do território, que fracionou em tribos, subdivididas por sua vez em 10 demos, destas circunscrições eram sorteadas, todos os anos , os cidadãos que deveriam prestar serviço nos diferentes órgãos políticos da cidade .
Mais tarde , Péricles, o mais destacado de todos os políticos atenienses completou estas reformas com a criação das mistoforias (espécie de pagamento feito pelo estado aos que exerciam funções publicas, foram as mistoforias  que  tornaram viável o sistema de democracia  direta pois permitiram aos mais pobres dedicar uma parte do seu tempo à participação na vida política deliberando na Eclésia ou julgando nos tribunais .
Mistoforia é como se chamava a indenização diária, paga aos cidadãos atenienses que participassem de atividades públicas. Foi istituída na Atenas de Péricles, como parte do processo de democratização, para permitir que os cidadãos mais pobres participassem das sessões da Bulé. Aristófanes nas suas comédias Os cavaleiros e As mulheres na assembleia ironiza essa compensação, tomando-a de um ponto de vista aristocrático, como uma típica manifestação de demagogia.

Um pequeno conjunto de instituições bastava á polis ateniense para assegurar o exercício dos poderes do estado. As instituições do estado eram as seguintes :
·         Eclésia ou Assembléia Popular (poder legislativo) – servia de base a toda a estrutura do governo , nela se exprimindo a verdadeira vontade da pólis . Reunia-se 3 a 4 vezes por mês , ao ar livre , na colina de Pnyx e nela deviam participar todos os cidadãos. Competia à Assembléia discutir e votar as leis , decidir a paz e da guerra , avaliar a atuação dos magistrados ou deliberar sobre qualquer outro assunto. O voto exercia-se de braço no ar, mas os cidadãos também podiam exigir que fosse secreto .
·         Bulé ou conselho dos 500 (poder legislativo)- competia à Bulé elaborar propostas de leis.
A importância da oratória
A oratória era uma das capacidades mais úteis e apreciadas , era o dom da palavra que permitia convencer e brilhar em política. Todo o cidadão devia estar preparado para apresentar propostas e discuti-las na Eclésia, para justificar as medidas adotadas, para acusar ou defender nos tribunais.
A proteção  da democracia
Os atenienses estavam atentos aos perigos que a palavra, incorretamente manipulada, podia representar para a democracia .
Muitos políticos mais  interessados nos benefícios que podiam conseguir para si próprios do que para o bem comum, aliciavam os atenienses para propostas pouco sensatas. Mas o grande perigo que a democracia receava era , sem dúvida , a tomada do poder por um só homem. Para o impedir, e também para evitar excessivos confrontos pessoais entre os cidadãos mais destacados, então os legisladores estabeleceram o ostracismo. Todos os anos , reunidos na Ágora , os membros da Eclésia escreviam , numa pequena placa de barro (ostrakon), o nome de um cidadão que pela sua proeminência, achassem perturbador do bom funcionamento democrático. Caso se registassem 6000 votos com o mesmo nome , o ostracizado deixava a cidade por 10 anos, sem no entanto , perder os seus bens ou os seus direitos públicos, que retomaria quando voltasse.
IMPORTANTE!
Ostracismo era uma forma de punição política empregada inicialmente pelos atenienses. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos. Seus bens ficavam guardados na cidade e o exilado se tornava como se de fora fosse. Foi decretado em Atenas no ano de 510 A.C. por Clístenes e foi posto em prática no ano 487 A.C. como luta contra a tirania.
O político que houvesse proposto projetos e votações para beneficio próprio para retornar para a tirania era candidato certo ao ostracismo.
O primeiro político punido com o ostracismo foi Hiparco e mais tarde os políticos Megacles, Jantipo (pai de Péricles) e no ano 482 A.C. foi a vez de Aristides. Ao que parece o último punido foi o demagogo Hipérbolo no ano 417 A.C.
A votação era feita inicialmente pela assembleia de Atenas. Se a votação tinha como resultado voto favorável ao ostracismo então uma votação pública era feita dois meses mais tarde. Se o resultado final fosse confirmado o político tinha 10 dias para deixar a cidade. Poderia voltar depois de 10 anos ou se outra assembleia seguida de votação pública trouxesse perdão.
O processo deve ser distinguido do uso atual do termo, que genericamente refere-se a modos informais de exclusão de um grupo através do isolamento social. Derivado, assim, do mundo grego, ainda o exemplo social antropológico clássico de ostracismo é a expulsão de membros da tribo Aborígene pré-colonial Australiana, que poderia resultar em morte do membro expulso.
Em Atenas, o ostracismo contribuiu para a manutenção da república.
OS LIMITES DA DEMOCRACIA ATENIENSE 
Podemos verificar que o sistema democrático ateniense se rodeava de todas as cautelas para prevenir a corrupção e os abusos de poder e fazer com que todos os cidadãos participassem no governo da cidade.
A REDUZIDA PROPORÇÃO DO CORPO CÍVICO 
Sabe-se que os cidadãos eram o grupo minoritário da cidade Atenas , e neste grupo não se incluíam mulheres , escravos e metecos  . Então a participação politica estava reservada a uma escassa minoria .
Os cidadãos tinham de ser filhos de pai e mãe atenienses e a eles estava reservado , em exclusivo a vida politica e a posse de casas e terras. Às mulheres tudo era proibido
Os excluídos : mulheres, metecos  e escravos , embora lhes coubesse um papel essencial na transmissão de cidadania , as mulheres atenienses não tinham direitos , dedicavam-se aos trabalhos domésticos e à educação das crianças . O  seu casamento era sobre a tutela do pai para o marido , se o marido morre-se ficava sobre a tutelo do filho mais velho , no caso de não o terem ficavam sobre a tutelo do parente masculino mais próximo.
As mulheres habitavam numa zona especifica, o gineceu, onde acompanhadas pelas escravas cujo trabalho vigiavam, passavam a maior parte da vida sem que lhes fosse permitido , assistir as reuniões oferecidas pelo marido .
Os metecos passavam à condição de estrangeiros de pais para filhos . A lei impedia-os de participar no governo , de casar com uma ateniense e até possuir terras ou casas . Mas como eram numerosos em Atenas , estes desempenhavam um papel econômico importante na cidade de Atenas , asseguravam a maior parte da produção artesanal e das trocas comerciais .
Os escravos constituíam metade da população ateniense , eram majoritariamente estrangeiros , não lhes era reconhecida personalidade civil, nem família e eram considerados mercadorias, realizavam os trabalhos árduos.
Fonte: Resumos.net e Wikipédia

sábado, 8 de setembro de 2012

EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA - E.V. 7º ANO A e B CNE

EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

Após a deflagração da Revolução de Avis, Portugal passou por um processo de mudanças onde a nacionalização dos impostos, leis e exércitos favoreceram a ascendência das atividades comerciais de sua burguesia mercantil. A prosperidade material alcançada por meio desse conjunto de medidas ofereceu condições para o investimento em novas empreitadas mercantis.

Nesse período, as principais rotas comerciais estavam voltadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e Índia) e as nações mercantilistas europeias. Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada pelos muçulmanos que, via Mar Mediterrâneo, introduziam as especiarias orientais na Europa. Pelas vias terrestres, os comerciantes italianos monopolizavam a entrada de produtos orientais no continente.

A burguesia portuguesa, buscando se livrar dos altos preços cobrados por esses intermediários e almejando maiores lucros, tentaram consolidar novas rotas marítimas que fizessem o contato direto com os comerciantes orientais. Patrocinados pelo interesse do infante Dom Henrique, vários navegadores, cartógrafos, cosmógrafos e homens do mar foram reunidos na região de Sagres, que se tornou um grande centro da tecnologia marítima da época.

A chegada ao Brasil por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, foi o resultado de uma persistente e bem sucedida política de expansão marítima colocada em prática ao longo de muitos anos pela monarquia portuguesa.A construção das grandes embarcações e a organização de expedições marítimas que passaram a explorar os oceanos nos séculos 14 e 15 dependeram do progresso da náutica, com o desenvolvimento de instrumentos e de técnicas de navegação. Isso tudo só pôde se concretizar à medida que eram destinados expressivas somas de riquezas, as quais somente o tesouro de um Estado organizado e forte poderia suportar.

Dinastia de Avis

O pioneirismo português nas grandes navegações marítimas - que culminaram nas descobertas de novas terras, na expansão do comércio e na propagação da fé cristã - se iniciou em 1385, data da subida ao trono de dom João 1º, conhecido como Mestre de Avis. O reinado de dom João inaugurou em Portugal a dinastia de Avis. Ele obteve o apoio da nobreza e dos comerciantes do reino, setores sociais que naquele período eram mais influentes política e economicamente.

Com isso, dom João 1º pôde promover uma acentuada e progressiva centralização do poder monárquico, o que fez Portugal surgir como um Estado independente e bem armado militarmente. O país alcançou a estabilidade política e a paz interna, fatores que propiciaram o florescimento e crescimento do comércio estimulando, desse modo, as riquezas do reino. Essas condições foram fundamentais para colocar em prática a política de expansão marítima destinando recursos para as grandes navegações.

Posição geográfica de Portugal: de cara para o Atlântico

Em sua origem, a expansão marítima portuguesa esteve associada aos interesses mercantis da burguesia do reino, ávida na busca de lucros por meio do comércio marítimo com outras regiões, sobretudo com o Oriente.

Essa era uma forma de superar as limitações do mercado europeu, que estava em crise pela carência de mão-de-obra, pela falta de produtos agrícolas e a escassez de metais preciosos para cunhagem de moeda. Interessava a essa burguesia apoiar o poder real no empreendimento da expansão marítima, por meio das navegações oceânicas e dela extrair seus benefícios.

Portugal também gozava de uma localização geográfica privilegiada na península ibérica. Grande parte do seu território está voltada para o oceano Atlântico. Essa posição geográfica, juntamente com as condições sociais e políticas favoráveis, permitiram ao país se projetar como potência marítima. Coube ao infante D. Henrique - filho de D. João 1o - as iniciativas para fazer Portugal inaugurar as grandes navegações oceânicas.

Escola de Sagres

D. Henrique era um amante das ciências e, sob sua iniciativa, foi fundada a Escola de Sagres, que reuniu diversos especialistas como cartógrafos, astrônomos e marinheiros que possuíam conhecimento do que de mais avançado se sabia na época sobre a arte de navegar.

Foi na Escola de Sagres que foram realizados, em 1418, os primeiros estudos e projetos de viagens oceânicas. Foi nela que foram aprimoradas embarcações como a caravela e aperfeiçoados os instrumentos náuticos necessários a longas viagens, como a bússola e o astrolábio, que haviam sido inventados no Oriente.

Portugal passou a obter sucessivos êxitos no empreendimento ultramarino. O marco inicial foi a conquista de Ceuta, em 1415, localizada na costa do Marrocos. Em seguida, empreendeu esforços para chegar às Índias pelo mar, contornando a África.

Primeiro os portugueses conquistaram as ilhas atlânticas dos arquipélagos dos Açores, Madeira e
Cabo Verde (1425-1427) para em seguida explorar a costa africana.

Em 1488, a esquadra comandada por
Bartolomeu Dias conseguiu transpor o Cabo da Boa Esperança, localizado no extremo sul da África. Dez anos depois, a esquadra comandada por Vasco da Gama conseguiu ir adiante e navegar pelo oceano Índico, aportando em Calicute, extremo sul da Índia, em 20 de maio. Ambos os navegadores estavam a serviço de Portugal.

EXERCÍCIOS

1- Quais foram os interesses da Coroa Portuguesa ao iniciar esse processo de expansão marítima?

2- Por que Portugal conseguiu obter êxitos nos empreendimentos marítimos antes de outros países europeus?

3- Qual a importância da Escola de Sagres nesse processo?

4- Qual era a postura religiosa nessas expedições?

Digitado ou na folha de almaço. Data de entrega: 17/09

A GUERRA DO PELOPONESO E A QUEDA DAS CIDADES-ESTADO GREGAS E.V. - 6º ANO A e B - CNE

Depois da aliança militar que garantiu a vitória dos gregos contra os persas, Esparta e Atenas interromperam a política de cooperação militar. Isso aconteceu quando os principais líderes das cidades-Estado, então reunidas na ilha de Delos, decidiram formar uma grande liga de cooperação financeira e militar sob a liderança dos atenienses. O privilegio político de Atenas nesse acordo se deu, principalmente, porque seus exércitos foram responsáveis pela proteção de várias cidades durante as Guerras Médicas.

Para os espartanos, a possibilidade de estarem subordinados a outra cidade-Estado ia contra o orgulho e a noção de superioridade que marcavam a cultura deste povo. Entretanto, essa não seria a única explicação para que os espartanos começassem a ver com maus olhos a liderança de Atenas na chamada Liga de Delos. Com o passar do tempo, os atenienses começaram a usar dos recursos da liga para ampliar suas riquezas e construir várias obras públicas.

A intervenção política de Atenas em outras cidades começou a criar uma rivalidade entre os gregos. A Liga de Delos deixava de ser vista como uma instituição necessária, para se transformar em uma ameaça contra outras cidades, como Megara, Corinto, Tebas e, principalmente, Esparta. Dessa maneira, um outro conjunto de cidades gregas – lideradas pelos espartanos – decidiu formar a chamada Liga do Peloponeso. Em pouco tempo, o antagonismo entre essas duas ligas deram início a uma grande guerra.

O primeiro confronto que daria origem a esse conflito aconteceu quando as cidades de Corinto e Córcira entraram em conflito, em 431 a.C.. Nesse conflito, as forças atenienses apoiaram a Córcia, integrante da Liga de Delos, e os espartanos combateram ao lado dos coríntios em razão de sua pareceria na Liga do Peloponeso. Essa primeira fase do conflito – que durou cerca de dez anos – acabou com a assinatura da Paz de Nícias, acordo que pacificaria a relação entre as cidades-Estado por cinquenta anos.

Entretanto, em 413 a.C., o acordo acabou sendo descumprido pelos atenienses que almejavam controlar as cidades que estavam sob influência de Esparta. A investida dos atenienses foi contida com a vitória da Liga do Peloponeso, onde milhares de soldados atenienses foram transformados em escravos. Depois disso, os espartanos organizaram forças para libertar as demais cidades-Estado que estavam subordinadas ao controle político de Atenas.

No ano de 404 a.C., sob a liderança do general espartano Lisandro, as tropas da Liga do Peloponeso conseguiram derrotar os atenienses. A partir de então, as muralhas de Atenas foram destruídas e as embarcações inimigas foram confiscadas pelos espartanos. Com o fim da Guerra do Peloponeso, Esparta adotou um posicionamento ainda mais opressor contra as cidades gregas que estavam sob a sua influência.

Em pouco tempo, as tensões sociais promovidas pelo grande número de escravos que ocupavam Esparta e uma posterior derrota contra os persas na Ásia Menor promoveram a ruína desta cidade-Estado. Nesse momento, os atenienses organizaram uma nova liga militar e promoveram a reconstrução de seus muros. Logo em seguida, novos conflitos contra a hegemonia espartana reavivaram as antigas rivalidades instauradas durante a Guerra do Peloponeso.

Enfraquecidos, os espartanos não conseguiram fazer frente aos seus inimigos. Nesses novos confrontos, a cidade-Estado de Tebas foi considerada vitoriosa, principalmente depois de conseguir bater os espartanos na batalha de Leuctras, em 371 a.C.. Depois de tantas guerras, apesar da tentativa de Tebas, nenhuma outra cidade-Estado tinha condições de controlar a Grécia. Foi nesse momento, que o Império Macedônico, em 338 a.C., abateu as últimas forças militares gregas na batalha de Queronéia.


Por Rainer Sousa
Mestre em História

EXERCÍCIOS
1- Por que a cidade de Esparta começou a rivalizar-se com os atenienses após o fim das Guerras Médicas? O que os espartanos alegavam?

2-
Após a vitória inicial espartana, o que acontece nesse período conturbado da Grécia Clássica?

3-
A cidade de Atenas tem sua estrutura danificada pela Guerra do Peloponeso. Essa cidade conseguiu se reerguer e impor sua democracia sobre as demais cidades-estado gregas?

4-
Por que a Guerra do Peloponeso marca o fim da Cidade-Estado grega (poleis)? 


Digitado ou no papel almaço. Data de entrega: 17/09 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

NAZIFASCISMO - 9º B CNE

Introdução: Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo
Este sistema terminou com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Principais características e idéias do fascismo:
- Totalitarismo: o sistema fascista era antidemocrático e concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade.

- Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na idéia de que só o que é do país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das outras, que são consideradas inferiores.

- Militarismo: altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra. Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.

- Culto à força física: Nos países fascistas, desde jovens os jovens eram treinados e preparados fisicamente para uma possível guerra. O objetivo do estado fascista era preparar soldados fortes e saudáveis.

- Censura: Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos. Nenhuma notícia ou idéia, contrária ao sistema, poderia ser veiculadas em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados a morte.

- Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema, revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de Hitler eram constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão. Desfiles militares eram realizados para mostrar o poder bélico do governo.

- Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas perseguiram, enviaram para campos de concentração e mataram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e até mesmo deficientes físicos e mentais.
- Anti-socialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista. Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.

Curiosidade: 
- Embora Itália e Alemanha tenham sido os exemplos mais nítidos de funcionamento do sistema fascista, em Portugal (governo de Salazar) e Espanha (governo de Francisco Franco), neste período, características fascistas se fizeram presentes. 

O fascismo na atualidade:
Embora tenha entrado em crise após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos da ideologia fascista ainda estão presentes em alguns grupos e partidos políticos. Na Europa, por exemplo, existem partidos políticos que defendem plataformas baseadas na xenofobia (aversão a estrangeiros).


Fascismo italiano
 
A crise socioeconômica da Itália tornou-se grave a partir do fim da Primeira Guerra Mundial. Embora tivesse terminado a guerra do lado vitorioso, a Itália não recebeu as recompensas territoriais que lhes foram prometidas.
O aumento da inflação, do desemprego e da fome eram alguns dos problemas que abalavam a economia italiana.
A monarquia parlamentar, conduzida pelo rei Vítor Emanuel III, tolerava as crescentes manifestações dos setores populares, sendo incapaz de atender suas reivindicações.
A alta burguesia italiana e as classes médias conservadoras, mostravam-se apavoradas com a crescente movimentação social dos trabalhadores.


A ascensão de Mussolini


Benito Mussolini pertencera ao Partido Socialista Italiano, tendo sido expulso devido às suas posições oportunistas e antipacifistas nos anos da Primeira Guerra Mundial.
Em março de 1919, Mussolini fundou uma organização denominada fasci di combattimento (esquadrões de combate), composta por ex-combatentes e desempregados, e contou com o financiamento de alguns industriais.
Utilizando métodos violentos e inescrupulosos contra seus opositores, desenvolveram-se, transformando-se no Partido Nacional Fascista.
Protestando contra a crescente violência fascista, os partidos de inspiração marxista convocaram, em agosto de 1922, uma greve geral dos trabalhadores. Os fascistas exigiram que o governo acabasse com a greve e restabelecesse a ordem. Impotente para controlar a situação, o governo abriu espaço para a ação violenta dos fascistas.
Mussolini organizou em 28 de outubro de 1922, a Marcha sobre Roma, promovendo uma passeata de cerca de 50 mil fascistas em Roma. Pressionado, o rei Vítor Emanuel III encarregou Mussolini de formar um novo governo, em 28 de outubro de 1922.


O governo de Mussolini


O governo de Mussolini pode ser dividido em duas grandes fases:
Consolidação do Fascismo (1922 a 1924) – Mussolini realizou um governo marcado pelo nacionalismo extremado, e pelo capitalismo. Paralelamente, fortaleceu as organizações fascistas com a fundação das Milícias de Voluntários para a segurança Nacional. Valendo-se de todos os métodos possíveis, inclusive de fraude eleitoral, os fascistas garantiram a vitória do Partido nas eleições parlamentares de abril de 1924. O deputado socialista Giacomo Matteoti denunciou as violências fascistas. Devido a sua firme oposição, Matteoti foi assassinado em maio de 1924. A morte de Matteoti provocou indignação popular e forte reação da imprensa política oposicionista. Mussolini assumiu a responsabilidade histórica pelo homicídio do líder socialista, decretando uma série de leis que fortalecia o governo.
Ditadura Fascista (1925 a 1939) – Nos meses finais de 1925, Mussolini implantou o fascismo na Itália. Os sindicatos dos trabalhadores passaram a ser controlados pelo Estado por meio do sistema corporativista. Foi criado um tribunal especial para julgar crimes considerados ofensivos à segurança do Estado. Inúmeros jornais foram fechados, os partidos de oposição foram dissolvidos, milhares de pessoas foram presas e outras foram expulsas do país. A Ovra, polícia secreta fascista, utilizou os mais terríveis tipos de violência na perseguição dos oposicionistas. Os fascistas puniam seus adversários obrigando-os a ingerir óleo de rícino. Mussolini empenhou-se em fazer da Itália uma grande potência capitalista mundial. Para isso promoveu a conquista da Etiópia, em 1936, e o revigoramento industrial. Mussolini tornou-se conhecido como o Duce, em italiano, aquele que dirige.
http://netopedia.tripod.com/historia/fascismo.htm

Nazismo Alemão

Ao final da Primeira Guerra Mundial, instaurou-se na Alemanha a República de Weimar, tendo como sistema de governo o modelo parlamentarista democrático. O presidente da república nomeava um chanceler, que seria responsável pelo poder Executivo. Quanto ao poder Legislativo, era constituído por um parlamento (Reichstag).
O governo republicano alemão enfrentava uma série de dificuldades para superar os problemas sociais e econômicos gerados pela guerra. O Tratado de Versalhes impunha à Alemanha uma série de obrigações extremamente duras.
Mesmo retomando o desenvolvimento industrial, o país sofria com o elevado índice de desemprego e altíssimas taxas inflacionárias. Entusiasmados com o exemplo da Revolução Russa, importantes setores do operariado alemão protestavam contra a exploração capitalista.
Em janeiro de 1919, importantes líderes comunistas, como Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht promoveram a insurreição do proletariado alemão contra o regime capitalista. Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht foram assassinados por um grupo de oficiais de direita.
A burguesia alemã temia a expansão do movimento socialista e passou a fornecer apoio a um pequeno partido liderado por Adolf Hitler.

A ASCENSÃO DE HITLER

Nascido em Braunau, na Áustria, Hitler (1889-1945) teve uma juventude marcada por mágoas, fracassos e dificuldades financeiras, Residiu em Viena, de 1909 a 1913, quando, então, transferiu-se para Munique.
No ano seguinte alistou-se como voluntário no Exército alemão. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi condecorado com a Cruz de Ferro, medalha atribuída como recompensa por mérito militar.
Terminada a guerra, Hitler retornou a Munique. Em setembro de 1919, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, fundado em 1919. Em 1920, esse partido passou a se chamar Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Pouco tempo depois, Hitler tornou-se chefe do partido. Com as letras iniciais foi formada a sigla NAZI, de onde deriva o termo nazismo.
Em 1923, Hitler tentou organizar uma rebelião contra o governo, mas foi imediatamente reprimido pelas forças do governo.
Condenado à prisão, Hitler escreveu, durante o tempo em que passou na prisão, parte do livro Mein Kampf (minha luta). Em 1940, a venda do livro já chegava a seis milhões de exemplares.
Hitler foi libertado oito meses após sua condenação, dedicando-se ao crescimento e à estruturação do Partido Nazista.
O nazismo foi difundido através do talento oratório de Hitler, das publicações do partido e do uso de meios espetaculares para influenciar a opinião pública.
Von Hindenburg foi eleito presidente da República de Weimar em 1925, mas não conseguiu superar as dificuldades que encontrou. A grave crise do capitalismo de 1929 arruinou ainda ,mais a situação alemã, colaborando para que os nazistas conquistassem a vitória no parlamento alemão.
A alta burguesia pressionou o presidente a convidar Hitler para o cargo de chanceler. O Partido Nazista representava a solução para a crise do sistema capitalista.

O governo de Hitler

Hitler assumiu o cargo de chanceler em 30 de janeiro de 1933. Os principais métodos utilizados pelo nazismo foram a violência brutal ou opressiva contra seus opositores.
Em 27 de fevereiro, grupos de nazistas, incendiaram secretamente a sede do parlamento alemão. O incêndio, entretanto, foi atribuído ao Partido Comunista.
Em março de 1933, depois de o Partido Nazista obter nova vitória nas eleições para o Reichstag, Hitler conseguiu que o presidente Hindenburg decretasse a dissolução do parlamento alemão. Então, o poder Legislativo passou a ser exercido pelo Executivo.
O uso da violência contra seus inimigos do nazismo ficava a cargo principalmente da Gestapo (polícia secreta do Estado), dirigida pelo sangüinário Heinrich Himmler.
A propaganda de massa feita pelo nazismo era conduzida por Joseph Goebbels, que exercia severo controle sobre as instituições educacionais e sobre os meios de comunicação. Os professores e profissionais de comunicação somente estavam autorizados a dizer aquilo que os nazistas queriam ouvir.
Goebbels tinha o seguinte princípio: Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade.
Em dezembro de 1933, o Partido Nazista foi transformado no único partido do Estado alemão. Nove meses depois, com a morte do presidente Hindenburg, Hitler assumiu a presidência do país.
Exercendo total controle sobre a sociedade alemã, o governo de Hitler dedicou-se à reabilitação econômica do país. Mereceu atenção especial a indústria de armamentos de guerra. Desrespeitando as proibições do Tratado de Versalhes.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CNE - 7º ANO E.V.1 (3º Bimestre)

Olá pessoal do 7º Ano (A e B), segue abaixo exercícios :

1- Destaque as principais mudanças econômicas entre a crise do sistema feudal e o Renascimento Comercial.
2- Explique a importância das Cruzadas no Renascimento Comercial.
3- Como se deu a aliança entre rei e burguesia?
4- Quais foram os benefícios dos burgueses com essa aliança?
5- Como essa aliança enfraqueceu a nobreza e a Igreja?

Digitado no papel A4 ou manuscrito no papel almaço. Data de entrega: 21/08

E.V. PARA O 9º ANO B

Pessoal do 9º B, postei uma E.V.1, o texto está atualizado, para ir bem nessa E.V. é necessário dissertar bem, são 5 perguntas que pedem uma boa análise sobre a Revolução Russa.

http://historiaalternar.blogspot.com.br/2012/07/acontecimentos-ocorridos-na-russia.html

Boa sorte!!!

terça-feira, 31 de julho de 2012

BONS TEMPOS!

Estava eu postando um texto pro 9º Ano e "fuçando" no youtube, encontrei um vídeo do show do Jello Biafra (ex- DEAD KENNEDYS), esse show foi muito legal, reencontrei amigos que não via há 1,2 anos na ocasião.
Claro como bom fanfarrão que sou, tive que subir no palco e dar um stage dive!


Esse show foi INSANO, Jello sessentão agitou muito!

REVOLUÇÃO RUSSA - CNE 9º ANO B E.V.1

Acontecimentos ocorridos na Rússia imperial, que culminaram com a proclamação em 1917 de um Estado soviético, denominado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

A expressão Revolução Russa é relativa às duas revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.

Antecedentes


* No final do século XIX, a Rússia era um país agrário, apresentava um atraso econômico e político.
* 80% da população russa era composta por camponeses, recém saídos da servidão (a servidão foi abolida em 1861) e explorados pelas elites russas.
* A nobreza russa e a Igreja Ortodoxa detinha grande partes das terras destinadas à agricultura.
* O imperador russo, Nicolau II, governava com mãos de ferro, era um absolutista, portanto não havia espaço para diálogo com a população.
* Nos centros urbanos, o proletariado (classe operário) russo era explorado nas poucas indústrias que existiam.
* Essas indústrias eram financiadas por capital estrangeiro, na tentativa do czar de atrair investimentos e infra-estrutura para o sudeste do país, temendo a influência britânica nas fronteiras da região.
* Com todo esse panorama, havia um crescente descontentamento da população russa somada ao fato de que o czar reprimia qualquer tipo de manifestação que reivindicasse mudanças.


                                                       Domingo Sangrento

No domingo, 22 de janeiro de 1905, fato considerado um dos antecedentes da Revolução Russa de 1917, cerca de 200 mil cidadãos, sobretudo trabalhadores, estavam reunidos em frente ao Palácio de Inverno em São Petersburgo para manifestar pacificamente a necessidade de melhoria da sua situação política e econômica. O tio do czar Nicolau II permitiu que as tropas czaristas atirassem na multidão. Centenas de manifestantes foram mortos e feridos. O massacre dos manifestantes provocou greves e manifestações por todo o país, o que por sua vez, conduziu à Primeira Revolução Russa.

As reformas empreendidas, pelo czar Alexandre II, criaram uma corrente a favor de uma mudança constitucional. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR), que em seu segundo Congresso (1903) já contava com duas facções divergentes: os mencheviques e bolcheviques.

A Revolução de Fevereiro


Nicolau II, o último czar da Rússia, não se destacou como governante, porém acreditava firmemente que seu dever era preservar a monarquia absoluta. Finalmente, viu-se obrigado a abdicar diante da grande reivindicação popular por reformas democráticas. Nicolau e sua família foram executados pelos bolcheviques em 1918.
Na primeira metade de fevereiro de 1917, a escassez de alimentos levou a distúrbios na capital, Petrogrado. Em 18 de Fevereiro (Calendário Juliano) a principal fábrica de Petrogado, a Usina Putilov, anunciou uma greve; os grevistas foram despedidos e algumas lojas fecharam, o que causou inquietação em outras empresas. Em 23 de Fevereiro( no Calendário Juliano e 8 de Março no Calendário Gregoriano), uma série de reuniões e passeatas aconteceram por ocasião do Dia Internacional das Mulheres. Trabalhadoras têxteis em passeata apedrejaram janelas de outras fábricas para chamar os operários a se juntarem a elas, gritando "Abaixo a fome! Pão para os trabalhadores!". Depois começaram a virar bondes e saquearam uma grande padaria. Este tipo de agitação não era novidade. O que houve de novo, e foi notado pelas testemunhas da época, foi que a polícia não os reprimiu. Os grevistas não procuraram esconder seus rostos sob o casaco como de costume. Um oficial cossaco gritou a alguns grevistas liderados por uma velha, "Quem vocês seguem? Vocês são liderados por uma velha bruxa." A mulher respondeu "Não por uma velha bruxa, mas pela irmã e mãe de soldados no front". Alguém gritou, "Cossacos, vocês são nossos irmãos, vocês não podem atirar em nós." Os cossacos, símbolos do terror czarista, foram embora.
Nos dias que se seguiram, a agitação continuou a aumentar, e mais tropas, por empatia ou por medo, se recusavam a atacar os manifestantes. Em meio aos conflitos de rua, policiais e oficiais que ordenavam aos seus soldados que atirassem eram linchados. O abastecimento de combustível e alimentos parou. E os telegramas informando a situação eram simplesmente ignorados pelo Czar e sua família.

À uma hora da tarde do dia 31 de Fevereiro (Calendário Juliano), um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Kerenski, um jovem advogado socialista, conhecido e respeitado pelo povo, e deputado, os recebeu. Durante a tarde, dois comitês provisórios se formaram em salões diferentes do palácio. Um, formado por deputados moderados da Duma, se tornaria o Governo Provisório. O outro era o primeiro Soviete de Petrogrado, o mesmo que havia se formado na Revolução de 1905. O soviete elegeu um comitê executivo permanente formado por representantes de todos os agrupamentos socialistas. Os bolcheviques tinham dois membros de um total de quatorze. O soviete decidiu publicar seu próprio jornal diário, chamado Izvestia.
Na manhã do mesmo dia Nicolau recebeu um telégrafo anunciando que apenas um punhado de suas tropas permanecia leal. O estado de sítio foi proclamado, mas inutilmente, pois não havia tropas leais para colocá-lo em prática. Naquela noite, agitadores e políticos, exaustos, dormiram no Palácio Tauride, temendo uma reação do Czar. O Grão-Duque Mikhail ordenou que as tropas leais baseadas no Palácio de Inverno fossem retiradas, temendo que um choque delas com a população fizesse repetir os acontecimentos que dispararam a Revolução de 1905.
Na terça-feira 28 de Fevereiro, a cidade era dos amotinados. Embarcado em um trem que rumava em direção ao Palácio de Alexandre, o Czar foi obrigado a retroceder 90 milhas, já que a estação seguinte estava em poder dos rebeldes. O trem parou na Estação de Pskov, onde em 2 de Março, Nicolau assinou sua abdicação.
A contagem oficial de mortos foi de 1224, o equivalente a poucas horas de combate na guerra que ainda rugia. Assim, considera-se que a Revolução de Fevereiro foi um acontecimento praticamente pacífico. Entretanto, Petrogrado tinha agora dois governos paralelos: o Governo Provisório, dominado pela classe média e favorável à continuação da guerra, e o Soviete de Deputados dos Trabalhadores e Soldados, que queria instituir a jornada de 8 horas de trabalho, terra para os camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente, o fim da guerra, e separação da Igreja do Estado.

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.


A Revolução de Outubro

Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.

Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.

No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.

Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.

Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

Lenin decretou a reforma agrária, todas as terras pertencentes à monarquia czarista, Igreja Ortodoxa e latifundiários foram confiscadas e entregues aos camponeses; houve a estatização dos bancos e das fábricas, uma medida conra a propriedade privada.

A guerra civil
 O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1921, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.

Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

O Comunismo de Guerra aplicado nesse período pode ser entendido como controle estatal direto da economia, em vista que o mercado pela guerra havia praticamente desaparecido, havia uma severa escassez de mercadorias e de capitais e vários capitalistas haviam fugido. Essa política econômica, deu-se através de medidas como a estatização de fábricas que não haviam sido ainda coletivizadas ou que estavam apenas sob controle operário, a requisição forçadas de víveres agrícolas e matérias primas, o racionamento de alimentos e produtos industrializados, a distribuição de tíquetes e talões de racionamento no lugar de pagamentos em moeda e trocas diretas de produtos.

Nova Política Econômica

A Nova Política Econômica (NEP) foi a política econômica seguida na União Soviética após o abandono do comunismo de guerra (praticado durante a guerra civil), em 1921 e a coletivização e re-nacionalização forçada dos meios de produção com a ascensão ao poder de Stalin, em 1928. Em linhas gerais, passou pela re-entrega das pequenas propriedades agrícolas, industriais e comerciais à iniciativa privada, tentando assim desesperadamente fazer a nascente União Soviética sair da grave crise em que se achava mergulhada.

A Nova Política Econômica (NEP) recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Desta forma, o PC russo e o governo dos sovietes pretendiam reconstruir a economia russa devastada pela invasão estrangeira e pela resistência das classes proprietárias a perda de seus incomensuráveis privilégios. A NEP, segundo Lenin, consistia num recuo tático, caracterizado pelo restabelecimento da livre iniciativa e da pequena propriedade privada, admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros. Lenin teria dito: "Um passo atrás para dar dois à frente".

O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lenin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.



Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais.

A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

Fontes: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/revolucao-russa.htm
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EXERCÍCIOS
1- Descreva sinteticamente a situação econômica, social e política da Rússia pré-revolucionária.
2- Comente como o czar Nicolau II reagia às manifestações de trabalhadores, camponeses e demais russos.
3- Analise as principais causas da Revolução Russa de 1917.
4- Relacione as diferenças existentes entre a Revolução de Fevereiro (março) e a Revolução de Outubro (novembro) de 1917.
5- Compare as primeiras medidas adotadas por Lênin na Revolução de Outubro, no Comunismo de Guerra e na Nova Política Econômica, enfatizando semelhanças e diferenças.

Digitado no papel A4 branco ou manuscrito no papel almaço. Data de entrega:21/08