terça-feira, 31 de julho de 2012

BONS TEMPOS!

Estava eu postando um texto pro 9º Ano e "fuçando" no youtube, encontrei um vídeo do show do Jello Biafra (ex- DEAD KENNEDYS), esse show foi muito legal, reencontrei amigos que não via há 1,2 anos na ocasião.
Claro como bom fanfarrão que sou, tive que subir no palco e dar um stage dive!


Esse show foi INSANO, Jello sessentão agitou muito!

REVOLUÇÃO RUSSA - CNE 9º ANO B E.V.1

Acontecimentos ocorridos na Rússia imperial, que culminaram com a proclamação em 1917 de um Estado soviético, denominado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

A expressão Revolução Russa é relativa às duas revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.

Antecedentes


* No final do século XIX, a Rússia era um país agrário, apresentava um atraso econômico e político.
* 80% da população russa era composta por camponeses, recém saídos da servidão (a servidão foi abolida em 1861) e explorados pelas elites russas.
* A nobreza russa e a Igreja Ortodoxa detinha grande partes das terras destinadas à agricultura.
* O imperador russo, Nicolau II, governava com mãos de ferro, era um absolutista, portanto não havia espaço para diálogo com a população.
* Nos centros urbanos, o proletariado (classe operário) russo era explorado nas poucas indústrias que existiam.
* Essas indústrias eram financiadas por capital estrangeiro, na tentativa do czar de atrair investimentos e infra-estrutura para o sudeste do país, temendo a influência britânica nas fronteiras da região.
* Com todo esse panorama, havia um crescente descontentamento da população russa somada ao fato de que o czar reprimia qualquer tipo de manifestação que reivindicasse mudanças.


                                                       Domingo Sangrento

No domingo, 22 de janeiro de 1905, fato considerado um dos antecedentes da Revolução Russa de 1917, cerca de 200 mil cidadãos, sobretudo trabalhadores, estavam reunidos em frente ao Palácio de Inverno em São Petersburgo para manifestar pacificamente a necessidade de melhoria da sua situação política e econômica. O tio do czar Nicolau II permitiu que as tropas czaristas atirassem na multidão. Centenas de manifestantes foram mortos e feridos. O massacre dos manifestantes provocou greves e manifestações por todo o país, o que por sua vez, conduziu à Primeira Revolução Russa.

As reformas empreendidas, pelo czar Alexandre II, criaram uma corrente a favor de uma mudança constitucional. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR), que em seu segundo Congresso (1903) já contava com duas facções divergentes: os mencheviques e bolcheviques.

A Revolução de Fevereiro


Nicolau II, o último czar da Rússia, não se destacou como governante, porém acreditava firmemente que seu dever era preservar a monarquia absoluta. Finalmente, viu-se obrigado a abdicar diante da grande reivindicação popular por reformas democráticas. Nicolau e sua família foram executados pelos bolcheviques em 1918.
Na primeira metade de fevereiro de 1917, a escassez de alimentos levou a distúrbios na capital, Petrogrado. Em 18 de Fevereiro (Calendário Juliano) a principal fábrica de Petrogado, a Usina Putilov, anunciou uma greve; os grevistas foram despedidos e algumas lojas fecharam, o que causou inquietação em outras empresas. Em 23 de Fevereiro( no Calendário Juliano e 8 de Março no Calendário Gregoriano), uma série de reuniões e passeatas aconteceram por ocasião do Dia Internacional das Mulheres. Trabalhadoras têxteis em passeata apedrejaram janelas de outras fábricas para chamar os operários a se juntarem a elas, gritando "Abaixo a fome! Pão para os trabalhadores!". Depois começaram a virar bondes e saquearam uma grande padaria. Este tipo de agitação não era novidade. O que houve de novo, e foi notado pelas testemunhas da época, foi que a polícia não os reprimiu. Os grevistas não procuraram esconder seus rostos sob o casaco como de costume. Um oficial cossaco gritou a alguns grevistas liderados por uma velha, "Quem vocês seguem? Vocês são liderados por uma velha bruxa." A mulher respondeu "Não por uma velha bruxa, mas pela irmã e mãe de soldados no front". Alguém gritou, "Cossacos, vocês são nossos irmãos, vocês não podem atirar em nós." Os cossacos, símbolos do terror czarista, foram embora.
Nos dias que se seguiram, a agitação continuou a aumentar, e mais tropas, por empatia ou por medo, se recusavam a atacar os manifestantes. Em meio aos conflitos de rua, policiais e oficiais que ordenavam aos seus soldados que atirassem eram linchados. O abastecimento de combustível e alimentos parou. E os telegramas informando a situação eram simplesmente ignorados pelo Czar e sua família.

À uma hora da tarde do dia 31 de Fevereiro (Calendário Juliano), um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Kerenski, um jovem advogado socialista, conhecido e respeitado pelo povo, e deputado, os recebeu. Durante a tarde, dois comitês provisórios se formaram em salões diferentes do palácio. Um, formado por deputados moderados da Duma, se tornaria o Governo Provisório. O outro era o primeiro Soviete de Petrogrado, o mesmo que havia se formado na Revolução de 1905. O soviete elegeu um comitê executivo permanente formado por representantes de todos os agrupamentos socialistas. Os bolcheviques tinham dois membros de um total de quatorze. O soviete decidiu publicar seu próprio jornal diário, chamado Izvestia.
Na manhã do mesmo dia Nicolau recebeu um telégrafo anunciando que apenas um punhado de suas tropas permanecia leal. O estado de sítio foi proclamado, mas inutilmente, pois não havia tropas leais para colocá-lo em prática. Naquela noite, agitadores e políticos, exaustos, dormiram no Palácio Tauride, temendo uma reação do Czar. O Grão-Duque Mikhail ordenou que as tropas leais baseadas no Palácio de Inverno fossem retiradas, temendo que um choque delas com a população fizesse repetir os acontecimentos que dispararam a Revolução de 1905.
Na terça-feira 28 de Fevereiro, a cidade era dos amotinados. Embarcado em um trem que rumava em direção ao Palácio de Alexandre, o Czar foi obrigado a retroceder 90 milhas, já que a estação seguinte estava em poder dos rebeldes. O trem parou na Estação de Pskov, onde em 2 de Março, Nicolau assinou sua abdicação.
A contagem oficial de mortos foi de 1224, o equivalente a poucas horas de combate na guerra que ainda rugia. Assim, considera-se que a Revolução de Fevereiro foi um acontecimento praticamente pacífico. Entretanto, Petrogrado tinha agora dois governos paralelos: o Governo Provisório, dominado pela classe média e favorável à continuação da guerra, e o Soviete de Deputados dos Trabalhadores e Soldados, que queria instituir a jornada de 8 horas de trabalho, terra para os camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente, o fim da guerra, e separação da Igreja do Estado.

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.


A Revolução de Outubro

Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.

Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.

No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.

Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.

Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

Lenin decretou a reforma agrária, todas as terras pertencentes à monarquia czarista, Igreja Ortodoxa e latifundiários foram confiscadas e entregues aos camponeses; houve a estatização dos bancos e das fábricas, uma medida conra a propriedade privada.

A guerra civil
 O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1921, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.

Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

O Comunismo de Guerra aplicado nesse período pode ser entendido como controle estatal direto da economia, em vista que o mercado pela guerra havia praticamente desaparecido, havia uma severa escassez de mercadorias e de capitais e vários capitalistas haviam fugido. Essa política econômica, deu-se através de medidas como a estatização de fábricas que não haviam sido ainda coletivizadas ou que estavam apenas sob controle operário, a requisição forçadas de víveres agrícolas e matérias primas, o racionamento de alimentos e produtos industrializados, a distribuição de tíquetes e talões de racionamento no lugar de pagamentos em moeda e trocas diretas de produtos.

Nova Política Econômica

A Nova Política Econômica (NEP) foi a política econômica seguida na União Soviética após o abandono do comunismo de guerra (praticado durante a guerra civil), em 1921 e a coletivização e re-nacionalização forçada dos meios de produção com a ascensão ao poder de Stalin, em 1928. Em linhas gerais, passou pela re-entrega das pequenas propriedades agrícolas, industriais e comerciais à iniciativa privada, tentando assim desesperadamente fazer a nascente União Soviética sair da grave crise em que se achava mergulhada.

A Nova Política Econômica (NEP) recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. Desta forma, o PC russo e o governo dos sovietes pretendiam reconstruir a economia russa devastada pela invasão estrangeira e pela resistência das classes proprietárias a perda de seus incomensuráveis privilégios. A NEP, segundo Lenin, consistia num recuo tático, caracterizado pelo restabelecimento da livre iniciativa e da pequena propriedade privada, admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros. Lenin teria dito: "Um passo atrás para dar dois à frente".

O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lenin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.



Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais.

A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

Fontes: http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/revolucao-russa.htm
Wikipédia





EXERCÍCIOS
1- Descreva sinteticamente a situação econômica, social e política da Rússia pré-revolucionária.
2- Comente como o czar Nicolau II reagia às manifestações de trabalhadores, camponeses e demais russos.
3- Analise as principais causas da Revolução Russa de 1917.
4- Relacione as diferenças existentes entre a Revolução de Fevereiro (março) e a Revolução de Outubro (novembro) de 1917.
5- Compare as primeiras medidas adotadas por Lênin na Revolução de Outubro, no Comunismo de Guerra e na Nova Política Econômica, enfatizando semelhanças e diferenças.

Digitado no papel A4 branco ou manuscrito no papel almaço. Data de entrega:21/08

domingo, 29 de julho de 2012

GRÉCIA ANTIGA - RESUMO 2 PRIMEIROS PERÍODOS

Para estudar a história da civilização grega, utilizamos a seguinte periodização:

* Período Pré-Homérico: séculos XX - XII a. C.
* Período Homérico: séculos XII - VIII a. C.
* Período Arcaico: séculos VIII - VI a. C.
* Período Clássico: séculos V - IV a. C.
* Período Helenístico: séculos IV - II a. C.

LOCALIZAÇÃO

A Grécia localizava-se ao sul da Península Balcânica, na bacia oriental do Mar Mediterrâneo, banhada pelos mares Jônico e Egeu. Seu território era dividido em três partes: a Grécia Continental (norte), a Grécia Peninsular (região do Peloponeso) e a Grécia Insular (formada pelas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu).

A Grécia possui um relevo acidentado e muitas cadeias montanhosas. A geografia da região foi responsável pelo isolamento das cidades e a fragmentação política devido às dificuldades de comunicação interna.

Mapa físico da Grécia

 A região da Grécia foi povoada por diferentes povos indo-europeus: aqueus, jônios, eólios e dórios. Os primeiros habitantes, os jônios (povos guerreiros), dominaram a região da Ásia Menor e submeteram os antigos habitantes à servidão. Formaram uma sociedade militar, porém também assimilaram muita da cultura dos antigos habitantes. Construíram cidades fortificadas, não eram letrados e não deram continuidade ao comércio que existia nos arredores do Mediterrâneo. Por vola de 1580 a. C. os jônios foram expulsos de parte de suas terras pelos gregos aqueus e eólios, encontrando refúgio na Ática.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO

Esse período ficou assim conhecido, pela falta de registros escritos, apesar das escritas cretenses, há poucas informações à respeito dessa época.

Creta viveu, entre 2000 e 1200 a. C. , o processo de ascensão e queda de sua civilização. O período de apogeu foi marcado pela edificação das cidades de Cnossos, Faístos, Mânlia e Gúrnia, na ilha de Creta, assim como pela fundação das colônias de Micenas e Tirinto, na Grécia, e de Tróia (Ílion) na Ásia Menor. Nessa época, a frota cretense dominava toda a bacia oriental do Mediterrâneo e suas atividades comerciais se estendiam do sul da Itália até o mar Negro. Entre as realizações artísticas dessa fase de prosperidade destacou-se a construção do grande Palácio de Cnossos - o Labirinto -, célebre pela complexidade de sua estrutura e por sua grande rede de corredores.

A capital da talassocracia cretense ("governo do mar", "império marítimo") era a cidade de Cnossos. Minos, mais que um rei, parece ter sido um título equivalente a faraó. A talassocracia consistia no controle marítimo e comercial das ilhas do Mar Egeu. Os comerciantes das demais ilhas do Egeu e das regiões do Peloponeso, Ática e Ásia Menor deveriam pagar impostos para Creta por utilizarem o mar Egeu para o comércio.
Os cretenses desenvolveram três sistemas de escrita: pictográfico, linear A e B. Essas escritas facilitavam o comércio. Os cretenses também se destacavam por sua arquitetura (Palácio de Cnossos), na escultura, na confecção de preciosas miniaturas, e na pintura com seus afrescos e murais, que atingiu seu maior grau de expressão.
A decadência de Creta data de 1500 a. C., quando os aqueus, indo-europeus, que invadiram a Grécia, conquistaram as cidades de Micenas e Tirinto, assimilaram sua cultura e deram origem à civilização creto-micênica.
Os aqueus ou micênicos (também eram guerreiros) originários dos Bálcãs, se instalaram na Grécia Continental e aprenderam muito e foram muito influenciados pela cultura cretense. Os aqueus conquistaram Creta em 1400 a. C. aproximadamente. A vitória sobre os cretenses foi fácil e total pois os cretenses estavam pouco exercitados na arte da guerra. Os reis aqueus enriqueceram com os saques. No entanto, a influência da civilização cretense permaneceu no desenvolvimento da escrita.

PERÍODO HOMÉRICO

O estudo desse período baseia-se na interpretação de duas obras - a Ilíada e a Odisséia - atribuídas a Homero. Daí o período chamar-se Homérico. São os únicos registros escritos (embora tenham sido produzidos bem depois dessa época) que se tem sobre a civilização grega, dos quais são descritos diversos aspectos dessa civilização.

Em linhas gerais, a Ilíada narra a tomada de Tróia pelos gregos (aqueus). O poema descreve o décimo ano do conflito até a derrota final dos troianos e a destruição da cidade. Após o incidente do "cavalo de Tróia", os aqueus saquearam e destruiram Tróia e regressaram à Grécia aproximadamente em 1.400 a. C. A Odisséia descreve o retorno conturbado do guerreiro Ulisses (ou Odisseu) ao seu reino de Ítaca.

Apesar de atribuídas a um mesmo autor - Homero -, a Ilíada e a Odisséia são muito diferentes no vocabulário, no estilo e nos acontecimentos. Também é preciso levar em conta as diversas interpretações feitas pelos aedos, que transmitiam os poemas oralmente.
Para serem memorizados, esses poemas eram cantados, até que no século V a. C. houve o registro desses poemas.

Após destruir Tróia, a civilização micênica (como eram chamados os gregos) expandia-se em direção à Ásia. Neste momento começou uma nova invasão na Grécia. Chegaram os dórios, último grupo de povos arianos a penetrar em território grego. Mais aguerridos, ainda nômades, conhecedores de armas de ferro, os dórios arrasaram as cidades gregas. Micenas ficou em ruínas.

A população fugiu e se espalhou. Muitos se retiraram para lugares afastados, preotegidos dos dórios, no interior do território. Outros fugiram para o exterior: numerosas colônias fundadas por gregos surgiram assim nas costas da Ásia Menor e em outros lugares do Mar Mediterrâneo. Esse processo de dispersão recebeu o nome de Diáspora e esta foi a primeira Diáspora Grega.

Com a chegada dos dórios, começou um novo período na história da Grécia. A vida urbana desapareceu. A população regrediu para uma vida mais primitiva, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou genos.


Fontes: MELLO, Leonel I. A. e COSTA, Luís C. A. História Antiga e Medieval. Ed. Scipione
            FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. Ed. Contexto
            ARRUDA, José Jobson de A. História Antiga e Medieval. Editora Ática


sábado, 28 de julho de 2012

GRÉCIA ANTIGA - A CIVILIZAÇÃO CRETENSE

Situada no Mar Egeu, Creta ocupava uma posição central em relação ao Egito, à Grécia e à Ásia Menor e era a maior ilha do mar Egeu. Seu território era formado por maciços montanhosos e, ao contrário do Egito e da Mesopotâmia, em Creta não existia grande rio que fertilizasse o solo e que tornasse possível a sobrevivência de sua população, através da agricultura. O relevo montanhoso era compensado por um litoral em que existiam excelentes portos, o que favorecia a navegação, a pesca e o comércio. A origem da civilização cretense é incerta. É provável que a ilha tenha sido povoada por volta de 3000 a. C. por grupos vindos da Anatólia e da Síria. Com o tempo, o crescimento demográfico, agravado pela falta de terras férteis, obrigou parte da população a emigrar, fundando colônias nas ilhas do Egeu, nas costas da Ásia Menor e no sul da Grécia (Peloponeso). Aqueles que permaneceram em Creta, sobreviveram, dedicando-se à industria, ao comércio e à navegação.



A EVOLUÇÃO POLÍTICA

Creta viveu, entre 2000 e 1200 a. C. , o processo de ascensão e queda de sua civilização. O período de apogeu foi marcado pela edificação das cidades de Cnossos, Faístos, Mânlia e Gúrnia, na ilha de Creta, assim como pela fundação das colônias de Micenas e Tirinto, na Grécia, e de Tróia (Ílion) na Ásia Menor. Nessa época, a frota cretense dominava toda a bacia oriental do Mediterrâneo e suas atividades comerciais se estendiam do sul da Itália até o mar Negro. Entre as realizações artísticas dessa fase de prosperidade destacou-se a construção do grande Palácio de Cnossos - o Labirinto -, célebre pela complexidade de sua estrutura e por sua grande rede de corredores. A decadência de Creta data de 1500 a. C., quando os aqueus, indo-europeus, que invadiram a Grécia, conquistaram as cidades de Micenas e Tirinto, assimilaram sua cultura e deram origem à civilização creto-micênica. Em 1400 a. C. , os aqueus conquistaram a ilha de Creta e, em 1200 a. C. , destruíram a cidade Tróia, na Ásia Menor. A Guerra de Tróia serviu de tema para a Ilíada, poema épico de Homero e obra-prima da literatura grega.


A CIVILIZAÇÃO CRETENSE

A civilização cretense possuía uma economia baseada no comércio marítimo, uma sociedade que não praticava a discriminação feminina e um regime político-teocrático. Os cretenses possuíam, ainda, três sistemas de escrita, grande talento e sensibilidade nas artes plásticas e uma religião essencialmente matriarcal e baseava-se na adoração de uma divindade feminina, a Deusa-Mãe, que dominava a terra, o céu e o mar.

A industria e o comércio marítimo foram as principais atividades econômicas de Creta. Na industria, desenvolveram-se os ramos da metalurgia, cerâmica, ourivesaria (fabricação de ouro) e fabricação de armas de luxo. O comércio era realizado com o Egito, Grécia, Ásia Menor, Chipre, Fenícia e Síria. As exportações (vendiam) eram de cerâmica, jóias, vinho e azeite; as importações (compravam) eram de ouro, prata, tecidos, marfim, estanho e cobre. Na sociedade cretense, as mulheres ocupavam posição social de destaque, não eram objeto de discriminação e desfrutavam de uma situação de igualdade em relação aos homens. Outro fato curioso foi o reduzido papel que a escravidão desempenhou nessa sociedade. Os cretenses apreciavam a música, a dança e os esportes. O regime político era a monarquia teocrática, que se caracterizava, como no Egito e na Mesopotâmia, pela vinculação entre o Estado e a religião.

A TALASSOCRACIA
A capital da talassocracia cretense ("governo do mar", "império marítimo") era a cidade de Cnossos. Minos, mais que um rei, parece ter sido um título equivalente a faraó. A talassocracia consistia no controle marítimo e comercial das ilhas do Mar Egeu. Os comerciantes das demais ilhas do Egeu e das regiões do Peloponeso, Ática e Ásia Menor deveriam pagar impostos para Creta por utilizarem o mar Egeu para o comércio.

Os cretenses desenvolveram três sistemas de escrita: pictográfico, linear A e B. Essas escritas facilitavam o comércio. Os cretenses também se destacavam por sua arquitetura (Palácio de Cnossos), na escultura, na confecção de preciosas miniaturas, e na pintura com seus afrescos e murais, que atingiu seu maior grau de expressão.


Linear B

Fontes: MELLO, Leonel I. A. e COSTA, Luís C. A. História Antiga e Medieval. Ed. Scipione
            FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. Ed. Contexto

EXERCÍCIOS

1- Quais foram as condições adversas que impossibilitaram a sobrevivência da população cretense através da agricultura?
2- Quais fatores levaram os cretenses a fundar colônias fora da ilha de Creta?
3- Explique o que foi a talassocracia cretense.
4- Faça uma relação entre a religião cretense e a igualdade e o papel de destaque que as mulheres exerciam.
5- Destaque as principais atividades econômicas e artísticas da civilização cretense.

Data de entrega: 30/10 Em folha de almaço ou digitado no sulfite A4. Será descontado nota caso o aluno entregue fora do prazo ou em outro tipo de folha.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

OUVINDO...


Anthrax - Belly of the Beast

Helmet - Unsung


D.R.I. - Suit and tie guy



Nitrominds - Policemen


Biohazard - Punishment


Madball - Pride


Sepultura - Refuse/Resist