segunda-feira, 29 de abril de 2013

15.000 VISUALIZAÇÕES

Agradeço a alunos e outras pessoas que utilizam meu blog como ferramenta de estudo. Passamos de 15.000 visualizações. Obrigado!!!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O SALDO DA UNIÃO IBÉRICA E A GUERRA DOS MASCATES - 8º ANO – Wienke Educacional

O saldo da União Ibérica e a Guerra dos Mascates - 8º ANO – Wienke Educacional

Declínio Econômico – O saldo da União Ibérica

Durante o período em que esteve submetido à dominação espanhola, Portugal – que dependia em grande medida do comércio colonial – acabou perdendo parte de suas colônias para holandeses, franceses e ingleses. Isso, somado a todas as guerras que teve que enfrentar contra espanhóis e holandeses e à queda dos preços do açúcar no mercado internacional, conduziu o país a uma grave crise econômica.
Procurando solucionar essa crise, o governo português recorreu à Inglaterra e assinou diversos tratados, a fim de dinamizar de imediato a economia do país, principalmente por meio de empréstimos. Além disso, adotou uma política rigorosa em relação ao Brasil, uma das poucas colônias que ainda lhe restavam.

Tratados econômicos entre Portugal e Inglaterra

Pelos tratados assinados com o governo da Inglaterra, os soberanos de Portugal receberiam proteção político-militar, e os comerciantes portugueses poderiam comprar produtos manufaturados daquele país em troca de vantagens comerciais concedidas aos ingleses.
Entre esses tratados, destaca-se o de Metheun, de 1703 (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos), pelo qual o rei de Portugal se comprometia a admitir em seu reino os tecidos de lã fabricados na Inglaterra, que, em troca, compraria os vinhos portugueses.
Na época, a assinatura desse tratado satisfez aos interesses de grupos econômicos de ambos os lados, mas suas consequências foram desastrosas para Portugal: contribuiu para a estagnação da produção manufatureira portuguesa e levou à canalização de parte do ouro do Brasil para a Inglaterra.

Concorrência do açúcar antilhano

Mergulhado na crise econômica, o governo português procurou explorar ao máximo as riquezas do Brasil, com destaque para o açúcar. Mas um fato novo veio atrapalhar os planos portugueses.
Expulsos do Brasil, os holandeses levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas e passaram a produzir, eles próprios, o açúcar, acabando com o monopólio brasileiro de sua produção.
Essa concorrência antilhana provocou queda de 50% nos preços do açúcar brasileiro, nos mercados internacionais, entre 1650 e 1700. A empresa açucareira nordestina entrou, então, em declínio, passando por um período de readaptação, em busca de aprimoramentos técnicos tanto no sistema de produção como de mão de obra. Apesar dos esforços, foi somente no final do século XVIII que o açúcar brasileiro recuperou parte da importância que tivera antes no comércio mundial do produto.

Guerra dos Mascates (1710)

Devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu, causada pela concorrência do açúcar antilhano, os ricos senhores de engenho de Olinda, principal cidade de Pernambuco na época, viram-se em dificuldades financeiras. Começaram então, a pedir empréstimos aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros bastante elevados.
Isso fez com que os senhores de engenho (em geral, luso-brasileiros) ficassem cada vez mais endividados, enquanto os comerciantes de Recife (em geral, portugueses) enriqueciam. Por isso, surgiram hostilidades entre eles.
Os comerciantes portugueses, inclusive os mais importantes atacadistas, eram conhecidos como mascates, expressão de cunho pejorativo, aplicada pela aristocracia olindense.
Convencido de sua relevância social, esse grupo pediu ao rei de Portugal, D. João V, que seu povoado fosse elevado à categoria de vila. Queriam, dessa forma, ver Recife independente de Olinda e, assim, não ter de pagar impostos ou submeter-se às suas ordens. D. João V atendeu ao pedido dos comerciantes.
Não aceitando a decisão do rei, os senhores de engenho organizaram uma rebelião. Liderados pelo proprietário de engenho Bernardo Vieira de Melo, invadiram Recife. Sem condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para não ser capturados. Esse confronto ficou conhecido como Guerra dos Mascates.
Em 1711, o governo português interveio na região, reprimindo duramente os revoltosos. Bernardo Vieira de Melo e outros líderes foram presos e condenados ao exílio. Os mascates reassumiram suas posições.

EXERCÍCIOS

1-  Quais foram as causas da crise econômica portuguesa ao final da União Ibérica? 
  2-        Cite as soluções encontradas por Portugal para sair da crise.
      3-     Que consequências essa crise trouxe para o Brasil?
4-     Por que o Tratado de Methuen (1703), assinado por Portugal e Inglaterra, acabou prejudicando a economia portuguesa? 
5-     Que relação se pode estabelecer entre a concorrência do açúcar antilhano e a Guerra dos Mascates?
 
Texto extraído do livro História Global – Brasil e Geral volume 2. Páginas 59-60.
COTRIM, Gilberto
História Global: Brasil e Geral : volume 2 / Gilberto Cotrim – 1. Ed.
São Paulo : Saraiva, 2010
Data de entrega: 26/04
No almaço (manuscrito) ou no papel A4 (digitado)
Não aceito cópias nas respostas (Ctrl C + Ctrl V)

MERCANTILISMO E SISTEMA COLONIAL - WIENKE 8º ANO



Mercantilismo e Sistema Colonial

       Ao consolidar a centralização política, os governos dos Estados nacionais da Europa Ocidental desenvolveram um conjunto de práticas econômicas conhecido como mercantilismo. Boa parte dessas práticas se referia às formas de acumulação de riquezas e de produção e circulação de mercadorias, envolvendo a intervenção do Estado.
       Para o desenvolvimento das práticas mercantilistas, foram essenciais a expansão comercial e a dominação de colônias, pois representavam novos mercados e novas regiões produtoras de matérias-primas e compradoras de manufaturados. Que relações se estabeleceram entre os envolvidos nesse processo? Todos se beneficiaram igualmente?

Mercantilismo: A política econômica do Estado moderno

       Os governos dos Estados modernos desenvolveram uma série de ações econômicas que receberam a denominação genérica de mercantilismo.
        Assim, o termo mercantilismo é aplicado às ideias e práticas econômicas que vigoraram na Europa de meados do século XV a meados do século XVIII. Essas práticas variavam de país para país, mas tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo – período das acumulações primitivas de capital nos Estados modernos.

Práticas mercantilistas

       Algumas ideias e práticas – o metalismo, a balança comercial favorável, o protecionismo e a intervenção estatal – caracterizavam o mercantilismo, sempre com a intenção de fortalecer o papel do Estado na economia e aumentar suas chances de competir com outros países.

Metalismo

       A riqueza de um Estado era mensurada pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que ele possuía dentro de suas fronteiras. Aumentar a quantidade de metais preciosos era, portanto, um dos objetivos fundamentais do mercantilismo.

Balança comercial favorável

       Um dos meios utilizados pelo Estado para acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável. As exportações deveriam superar as importações, promovendo o enriquecimento do Estado.

Protecionismo

      Para que a balança comercial fosse favorável, o Estado deveria incentivar a produção de artigos (principalmente manufaturados) que pudessem concorrer vantajosamente no exterior, evitar a saída de matérias-primas e dificultar a importação de produtos concorrentes, protegendo, assim, seu mercado interno e o de suas colônias.

Intervenção estatal

      O intervencionismo do Estado era significativo nesse período. Verificava-se essa intervenção na fixação de tarifas alfandegarias, no estímulo às empresas manufatureiras e ao industrialismo, no controle sobre preços e sobre a quantidade de mercadorias comercializadas, entre outras medidas.

Sistema colonial: Conquistadores definem o esquema de exploração

      As políticas mercantilistas estiveram vinculadas à exploração colonial, que marcou a conquista e a colonização de toda a América Latina, além de regiões da Ásia e da África.
      O sistema colonial desenvolveu-se como um desdobramento da política econômica do mercantilismo, que buscava o enriquecimento do Estado por meio das atividades comerciais. Com a exploração colonial, algumas nações europeias conseguiram realizar esse objetivo.
       Seguindo os princípios mercantilistas, diversos Estados europeus, como vimos, passaram a acumular metais preciosos e a proteger seus produtos para obter uma balança de comércio favorável.  Como decorrência, houve um choque de interesses econômicos entre os países mercantilistas, que passaram a disputar entre si mercados para vender seus produtos.
       Esses Estados perceberam que a solução ideal seria cada um dominar áreas determinadas – as colônias – onde pudessem obter vantagens econômicas exclusivas. Nelas, poderiam controlar o comércio, impondo preços e produtos, e alcançar o máximo de lucros possível.
       O sistema colonial mercantilista consistia na relação entre metrópole e colônia, na qual:
·         Metrópole era o país dominador da colônia;
·         Colônia de exploração era a região dominada pela metrópole;
·         Pacto colonial era o domínio político-econômico da metrópole sobre a colônia;
·         A regra básica do pacto colonial era a restrição da produção da colônia estritamente ao que a metrópole não tinha condições de produzir. Ou seja, a colônia não podia concorrer com a metrópole. Sua função era servir ao enriquecimento da metrópole.

Características básicas

       O colonialismo, como sistema de dominação, instituiu a produção complementar e o monopólio comercial na relação entre colônia e metrópole.
       A economia da colônia era organizada em função da metrópole: a colônia deveria complementar a produção ou satisfazer os interesses da metrópole, sem desenvolver uma produção voltada para seus interesses internos. Assim, o sistema colonial mercantilista transformava a colônia num território exclusivo da metrópole, destinado à exploração.
       O monopólio comercial foi o instrumento essencial para que a metrópole controlasse a vida econômica da colônia. Com o direito exclusivo de realizar comércio com a terra colonizada, a metrópole comprava os produtos da colônia pelo mais baixo preço e lhe vendia mercadorias pelo mais alto preço.

Colônias de exploração e de povoamento

       A colonização da América, iniciada no século XVI, não foi igual em todas as partes do continente.
        Nas regiões de clima quente, as metrópoles europeias estabeleceram um rígido sistema de exploração colonial. Podiam obter das colônias produtos tropicais (cana-de-açúcar, algodão, tabaco) para vende-los a preços elevados na Europa, onde eram escassos, garantindo grandes lucros.
         As regiões de clima semelhante ao europeu não despertaram o mesmo interesse dos Estados mercantilistas, pois não ofereciam retorno comercial imediato. Nessas áreas, desenvolveu-se um tipo de colonização mais voltado ao povoamento.
         Assim, na colonização do continente americano, estabeleceram-se dois tipos básicos de colônias:
·         De exploração – tipicamente enquadradas na estrutura do sistema colonial mercantilista. Exemplo: Brasil e várias regiões da América Latina, colonizadas por Espanha e Portugal;
·         De povoamento – não se enquadravam no sistema colonial mercantilista. Exemplo: norte e centro dos Estados Unidos, colonizados por imigrantes ingleses.


Texto retirado de: Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral – Volume Único – 8. Ed. São Paulo : Saraiva, 2005.  Pags. 186,187,188.

EXERCÍCIOS

1.      De que forma o sistema colonial permitia o enriquecimento das metrópoles?
2.      Aponte as diferenças entre as colônias de povoamento e as de exploração.
3.      O que é o mercantilismo?
4.      O que é a prática metalista?
5.      O que é a balança comercial favorável?
6.      Como os Estados mercantilistas praticavam o protecionismo?
7.      O que é intervenção estatal?
8.      Como era a relação entre metrópole e colônia no sistema colonial mercantilista?
9.      O que é monopólio comercial?
10.  Devido ao choque de interesses, qual medida foi adotada pelos Estados mercantilistas europeus?

Para sexta-feira 26/04 em almaço (manuscrito) ou no papel A4 (digitado).
Não aceito respostas copiadas (Ctrl C + Ctrl V)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

RESUMO - FEUDALISMO - 7º ANO - WIENKE



Cap. 2 - O Império Carolíngio

O Reino dos Francos


Dentre os reinos germânicos foi o que mais se destacou. 

Converteram-se ao Cristianismo.

O reino foi consolidado por Clóvis, da Dinastia Merovíngia. Convertido ao Cristianismo, ganhou apoio dos grandes proprietários de terras e bispos da Gália. 

Dagoberto I centraliza o território após ser dividido pelos filhos de Clóvis.


Reis Indolentes

Após Dagoberto I, os demais reis não se responsabilizaram pelas funções administrativas. 

Essas funções eram feitas pelo majordomus ou prefeito do palácio: 
  
Cobrar impostos e organizar exércitos.

Prefeitos do Palácio

Pepino de Heristal tornou o cargo hereditário (já era vitalício) e passou para seu filho Carlos Martel. 

Carlos Martel expulsa os muçulmanos na Batalha de Poitiers em 732.

Seu filho, Pepino, o Breve, autorizado pelo papa Zacarias, depôs o rei Childerico III e assumiu o trono. Era o fim da dinastia Merovíngia. 

Dinastia Carolíngia
 
Carlos Magno, filho de Pepino, chega ao trono em 711. 


Se destacou pelas conquistas militares e a expansão territorial. 

Construiu estradas, fortalezas e igrejas e forçou a conversão aos conquistados. 

Em 800, foi coroado imperador pelo papa Leão III. A Igreja Católica queria recriar o Império Romano do Ocidente e unificar a Europa sob o comando de um monarca cristão.
  

Fragmentação político-administrativa de Carlos Magno

A capital era onde Carlos Magno estivesse. 

Dividiu administrativamente o território em condados (condes) e marcas (marqueses) – fronteiras do Império. 

Os funcionários leais deveriam coletar impostos, organizar exércitos e zelar pela manutenção de pontes e estradas. 

Haviam ainda os missi-dominici, fiscalizavam o trabalho dos condes e marqueses.

Renascimento Carolíngio

Estimulou o desenvolvimento da cultura no império. 

Construiu escolas e mosteiros.

Valorizou o ensino e promoveu obras para a difusão do ensino, principalmente da cultura clássica (greco-romana).

Cercou-se de intelectuais na escola do palácio real, onde eram formados professores.

A divisão do Império Carolíngio

Carlos Magno morre em 814 e é sucedido por seu filho Luis, o Piedoso que governa até 840. 

Após sua morte, seus 3 filhos disputam o poder durante 3 anos. 

Através do Tratado de Verdun, em 843, o Império é dividido em 3 reinos: 

França Ocidental, de Carlos, o Calvo; 

França Oriental de Luís, o Germânico; 

França Central de Lotário;

Sacro Império Romano-Germânico

Apesar da fragmentação e da frustrada tentativa de unificação da Europa sob o poder de um monarca cristão, por volta do século XII, a França Oriental, parte da França Central (Reino de Lotário) e o norte da Itália passaram a formar o Sacro Império Romano-Germânico.

Cap. 3 - O Mundo Feudal e a Igreja Católica


A Igreja Católica
Instituição mais poderosa da Idade Média européia, caracterizada pela fragmentação, o cristianismo era seu instrumento de unidade. 

O clero católico tinha uma forte capacidade de articulação. 

Proprietária de boa parte do território da Europa ocidental. Sua riqueza era proveniente de doações e tributos cobrados. 

Ao contrário dos reis e nobres, a Igreja não dividia suas riquezas com herdeiros.
Força política, participava das relações de suserania e vassalagem, legitimava o poder dos reis e até controlava a servidão dos camponeses. 

Controlava o poder espiritual e o poder secular. 

Críticas à Igreja

O acumulo de riquezas e a vida de luxo em um período de dificuldades levou alguns cristão a criticarem o comportamento de bispos e padres. 

Nesse contexto, surgiram as ordens monásticas ou mendicantes. 

Essas ordens recusavam os bens materiais, optando por um modo de vida mais simples, vivendo o exemplo de pobreza de Cristo de forma mais fiel. Era portanto uma oposição às práticas da Igreja romana. 

Se destacaram os franciscanos, dominicanos, jesuítas e carmelitas (ordem feminina). 

Mosteiros e catedrais

No campo, os mosteiros se tornaram importantes centros produtores e difusores da cultura religiosa. 

Nas cidades, as catedrais,passaram a ser o símbolo do poder católico nos centros urbanos. 

Além do controle social, moral e religioso, as catedrais controlavam o tempo das cidades. 

Dogmas e heresias
Heresia: ato de se opor à doutrina católica. Ato de questionar os dogmas católicos. 

Como reação, a Igreja criou os Tribunais do Santo Oficio, que julgava e condenava os atos de heresia. 

As imagens nas igrejas da Idade Média

Durante a Idade Média, e no imaginário medieval, havia uma forte simbologia que gerava temor nas pessoas. 

O clero reforçava os medos e temores com representações e discursos que enfatizavam a monstruosidade e animalidade do demônio (Cristianismo do Medo). 

Dessa forma, as igrejas se tornavam centros de segurança e proteção. 

Cap. 4 – A produção da cultura no mundo feudal

O período medieval se caracteriza pela forte influencia religiosa da Igreja Católica. Através de diversas ações, essa forte instituição controlou o pensamento medieval.

Uma das características desse período é o Teocentrismo, pensamento sobre o qual Deus é o centro do universo, a resposta para todas as perguntas, o controle sobre todas as coisas.

Cultura Erudita: se caracterizava pela herança da tradição da Antiguidade greco-romana, e principalmente pelo cultivo dos valores cristãos.

Além disso, havia o cultivo de valores cristãos. Ficava a cargo da Igreja Católica a tarefa de sustentar o cristianismo e de preservar a herança da Antiguidade.

Os centros de produção e difusão da cultura erudita eram as abadias, os mosteiros, as catedrais e as universidades.

Cultura popular: se caracteriza por qualquer manifestação artística, religiosa da população. Durante a Idade Média, essas manifestações populares eram muito fortes, o que obrigava a Igreja a tolerar ou até mesmo incorporar aspectos da cultura popular em sua produção.

Uma das formas de controlar as atividades artísticas, literárias e intelectuais era o controle da leitura e da escrita, pois as pessoas mais instruídas pertenciam a Igreja.

Poder e saber na Idade Média

A Igreja controlava a produção filosófica e teóloga no período medieval. Acreditava-se que o conhecimento era algo único e que reunia explicações científicas, filosóficas, artísticas e teólogas para um mesmo assunto.

Se um certo saber não recebesse a legitimidade religiosa da Igreja, poderia ser considerado heresia.

Vale lembrar que a Igreja havia criado o Tribunal da Inquisição para julgar e condenar os atos de heresia.

Tudo o que fosse considerado contra os dogmas e os valores da Igreja deveriam ser destruídos. Além disso, a Igreja criou uma lista de livros proibidos, o Index.

Literatura medieval: em latim e tratava de temas religiosos. O objetivo era comprovar a existência de Deus e da alma.

Conhecimento teórico da Igreja: tinha como princípio a compreensão do Universo a partir de uma hierarquia de seres. No topo estava Deus, seguido pelos arcanjos, anjos até chegar aos seres humanos, aos animais, aos vegetais e aos minerais.

Essa concepção serviu para justificar a ordem política existente, na qual os reis deviam obediência à Igreja, os servos aos senhores feudais, etc.

Conhecimento era filosófico e religioso ao mesmo tempo. Os principais filósofos eram também teólogos e membros da Igreja, como os casos de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. As bases teóricas do pensamento eram os textos da Bíblia e as ideias dos filósofos gregos Platão e Aristóteles.

Outros tipos de literatura foram produzidos como o poema Cocanha, que trata de um paraíso imaginário, de delícias carnais e outras coisas contrárias aos valores católicos. Um gênero literário que ganhou força foram as novelas de cavalaria.

Santo Tomás de Aquino

Principal nome da Escolástica, linha de pensamento que  pretendia conciliar as explicações racionais sobre tudo o que existe no mundo com as explicações pela fé, o que também separava a Filosofia (as explicações racionais) da Teologia (as explicações da fé). Para ele, tanto a fé quanto a razão eram caminhos para alcançar a verdade que só Deus possui. Seus estudos serviram de argumentos para o clero rebater críticas.

A arte medieval

Conhecimento unificado: as artes também serviam para educar e conhecer, ainda mais se tratando de uma sociedade com poucas pessoas letradas.

Como a Igreja dominava a produção cultural, os temas artísticos eram invariavelmente religiosos e as obras se encontravam nos edifícios das igrejas. Destaque para a arquitetura, com seus estilos góticos e românico.

Estilo Românico: dos séculos X, XII e XII, caracterizavam-se por arcos redondos, paredes grossas, grandes colunas, janelas pequenas e interior pouco iluminado.

Estilo Gótico: do final do século XII até o século XV, caracterizavam-se pelos arcos em formato ogival, janelas maiores e mais numerosas, paredes altas e interior iluminado.

Na pintura, destaque para as miniaturas ou iluminuras, feitas para ilustrar os manuscritos, tapeçarias e murais. 

Esculturas decoravam as igrejas.