terça-feira, 26 de março de 2013

O POVOAMENTO DA AMÉRICA - 6º ANO - WIENKE


O POVOAMENTO DA AMÉRICA

A ocupação da América

·      Último continente a ter sido ocupado pelos seres humanos, provavelmente há cerca de 11.500 anos.
·     Hipóteses: Vindos da Ásia, atravessando o Estreito de Bering, através de uma espécie de ponte de gelo, durante o último período glacial;

·      Vindos da Ásia: com embarcações, saltando de ilha em ilha na região da Indonésia até a Austrália e posteriormente até o litoral do Chile;

·      Teoria Clóvis: se fixaram no centro-oeste dos Estados Unidos, e de acordo com os vestígios encontrados, eram povos caçadores de mamutes.

·      Dúvidas e alternativas: novas pesquisas arqueológicas sugerem novas interpretações, sobretudo nos sítios arqueológicos brasileiros.

·      Há a possibilidade de a América ter sido ocupada há mais de 50 mil anos atrás.
·      Novas pesquisas: se concentram nos sítios arqueológicos de Monte Verde (Chile), Lapa Vermelha (Brasil) e Parque Nacional da Serra da Capivara (Brasil).

·     O processo de ocupação do continente americano se deu de forma gradual, em levas migratórias sucessivas, com direção ao litoral do oceano Pacífico e do interior.

·      As pesquisas nos sítios arqueológicos brasileiros levantaram a hipótese de que grupos teriam vindo da África até a América, atravessando o oceano Atlântico.

·      O dinamarquês Peter Lund, considerado o pai da arqueologia brasileira, explorando a área de Lagoa Santa, interior de Minas Gerais, encontrou vestígios de grupos de caçadores, pinturas rupestres e sambaquis. Em 1975, no sítio arqueológico de Lapa Vermelha (MG), foi encontrado o esqueleto mais antigo da América: Luzia, que apresenta traços negroides, ao contrário dos demais esqueletos que apresentam traços mongoloides (da Ásia) e antepassados diretos dos indígenas brasileiros.

·      Essa descoberta põe em xeque a Teoria Clóvis e comprova a possibilidade de entrada de diferentes grupos humanos no continente americano, há pelo menos 15 mil anos.

·      As pesquisas na região de Lagoa Santa permitiram conhecer ainda vários dos hábitos dos povos que habitavam a região, e sabe-se que conviveram com animais de megafauna, como a preguiça-gigante e o tigre-de-dente-de-sabre.

·      Parque Nacional da Serra da Capivara: em São Raimundo Nonato, no Piauí, foram realizadas pesquisas que provocaram uma verdadeira revolução nos estudos arqueológicos americanos.

·      O local é considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

·      Havia uma densa floresta tropical, habitada por animais que serviam de alimento para povos que praticavam a caça.

·      25 mil registros rupestres, espalhados por mais de 500 abrigos (maiores conjuntos de registros rupestres do mundo).

·      Na região foram encontrados fragmentos de fogueiras, machados, facas e raspadores com idade muito superior à 11.500 anos.

·      A ausência de fosseis humanos com idade superior a 8 mil anos levou parte da comunidade de pesquisadores a acreditar que as fogueiras e pedras polidas foram produzidas por incêndios e desmoronamentos.

·     Mas no final de 2006, novos estudos comprovaram o ciclo de produção de objetos de pedra lascada com pelo menos 33 mil anos de idade, ou seja, esses fatos resultaram da ação humana e não de acidentes naturais.

·      Caverna da Pedra Pintada: em Monte Alegre, interior do Pará.
·      Estudos comprovam que seres humanos viveram na região há pelo menos 11.200 anos.


·     Vestígios encontrados: fragmentos de objetos, registros rupestres, lascas de cerâmica e restos de fogueiras e de ossos de animais carbonizados.

·      Os habitantes da Pedra Pintada dominavam o fogo e eram caçadores.

·      Povos do Litoral: Os Sambaquis (aglomerados de conchas): a ocupação do território brasileiro começou no interior e depois o litoral foi ocupado por povos que desenvolveram hábitos e costumes bem distintos daqueles do interior, como enterrar os defuntos.

·      Os sambaquis se localizam principalmente no Sul e Sudeste: em geral, medem de 2 a 30 metros de altura, chegam a ter até 200 metros de diâmetro. Os mais antigos podem ter até 10 mil anos.

·      Os sambaquis resultam das várias comunidades que se espalharam pelo litoral, na beira de rios e áreas próximas.

·      Os grupos humanos que habitavam o litoral, exploravam recursos como peixes, moluscos, animais, frutas e raízes das matas próximas.

·      Há a hipótese de que alguns sambaquis eram construídos com conchas de moluscos e restos de alimentos para servir de túmulos.

·      Em Santa Catarina existem sambaquis que abrigavam por volta de 43 mil corpos, sepultados ao longo de mil anos, onde eram depositados colares e outros objetos de uso pessoal ou coletivo.

·      Os sambaquis serviram para diferentes significados: sepultamentos, rituais religiosos e símbolos de distinção social.

·      Provavelmente sedentarizados, formavam uma população expressiva, com sofisticada tecnologia e organização social.
 

quarta-feira, 20 de março de 2013

CATEQUIZAÇÃO DOS INDÍGENAS - 8º ANO - WIENKE

Calma pessoal, pensaram que era outro trabalho?
Ráá!!! Pegadinha do Mallandro!!!

Estou postando o video e a poesia que havia comentado e que complementam a aula de hoje:


Conformismo e Resistência

Blind Pigs

Colocamos correntes
Pessoas em grilhões
Vendidas como mercadoria
Assim construimos a nação

Somos gigantes pela própria natureza
Um presente de deus
Um povo alegre e sensual

Conformismo e resistência
Conformismo e resistência
Progresso é nossa penitência!

Catequizamos os índios
Massacrando a sua cultura
Pelo menos eles foram pro céu
Assim construimos a nação


Os filhos deste solo você abandonou e traiu
Você é apenas mais uma entre outras
Entre outras mil


Oswald de Andrade

"Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswald_de_Andrade

ATENÇÃO ALUNOS DA WIENKE EDUCACIONAL!

Atenção alunos!

Conforme havia informado, na sexta-feira (22/03) estarei ausente e a Mercedes aplicará atividades:
- para o 6º Ano: Avaliação em dupla com consulta
- para o 7º Ano: Avaliação individual sem consulta
- para o 8º Ano: Avaliação individual sem consulta

Portanto, estudem.
Utilizem o material didático e leiam, releiam os capítulos que foram abordados.
Utilizem os textos do caderno como apoio.

Levem essa avaliação a sério. Ela é muito importante para esse trimestre.
E por favor, divulguem essa informação. Passe adiante pelo facebook e outros meios, para que todos os alunos fiquem cientes.

Obrigado! Prof. Dennys

terça-feira, 12 de março de 2013

OS NOVOS REINOS DO OCIDENTE - 7º ANO - WIENKE



OS NOVOS REINOS DO OCIDENTE

Desde o começo do século II, as fronteiras do Império Romano começaram a ser pressionadas pelos povos germânicos. A pressão se intensificou, entretanto, a partir do século IV, quando a crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem condições para proteger suas fronteiras.
Uma das soluções encontradas foi consolidar a aliança com os invasores: em troca do consentimento para se fixarem em território romano, eles deveriam proteger as fronteiras contra o ataque de novos inimigos, o que nem sempre era possível. Aos poucos, se formaram novos reinos nas áreas ocupadas. Cada qual reunia em sua base social, política e econômica, hábitos dos povos invasores e dos romanos. O mapa político da Europa começava a ser redesenhado.
Entre os novos reinos formados em território romano, merecem destaque os dos:

·         *Vândalos, no norte da África;
·         * Ostrogodos, na península Itálica;
·         * Visigodos, na península Ibérica;
·         *Anglo-saxões, na Britânia (atual Inglaterra);
·         * Francos, na Europa centro-ocidental (atual França).



A seguir, examinaremos a formação de alguns desses reinos. 

Vândalos (429-534)

Em 429, depois de se fixarem no norte da África, os vândalos tomaram Cartago. Reconhecidos como aliados pelos romanos, puderam então organizar seu reino. Genserico, rei dos vândalos, formou então um Estado poderoso. Ocupou a Córsega, a Sardenha e parte da Sicília. Em 455, saqueou Roma.
Divergências políticas e religiosas levariam o Reino dos Vândalos à decadência. Envolvidos em diversos conflitos, acabaram conquistados pelo general Belisário, entre 534 e535. O domínio bizantino durou pouco. Logo em seguida os muçulmanos tomariam a região.

Ostrogodos (493-553)

Em 493, os ostrogodos se estabeleceram na península Itálica. A ocupação teve o apoio do imperador bizantino, que desejava expulsar da região os hérulos, povo responsável pela deposição de Rômulo Augústulo, último imperador romano no Ocidente.
Sob o comando de Teodorico, os ostrogodos procuraram formar um reino duradouro, com sede na cidade de Ravena. Para isso, mantiveram a estrutura administrativa dos romanos e estimularam a agricultura e o comércio.
Um dos maiores problemas do reino foi a oposição religiosa entre ostrogodos (arianos) e romanos (cristãos). Teodorico tentou conciliar os dois povos, mas proibiu o casamento entre eles.
Procurando controlar toda a península Itálica, Teodorico formou uma confederação germânica contra o Império Bizantino. A tentativa, entretanto, fracassou e a península foi retomada pelos bizantinos, com a ajuda dos lombardos. Em 553, sem conseguir resistir, o Reino dos Ostrogodos chegou ao fim.

Visigodos (419-711)

Em 419, os visigodos formaram seu reino no sul da Gália e na península Ibérica. Aliados do Império Romano, eles não pagavam impostos, mas tinham a obrigação de proteger a região. Ao enfrentar diversos conflitos, seus domínios acabaram reduzidos: foram, primeiro, derrotados pelos francos e expulsos da Gália; na península Ibérica, parte do território acabou ocupado pelos suevos e pelos bizantinos.
Com a conversão do rei Recaredo I ao catolicismo, a Igreja começou a exercer grande influência no modo de vida dos visigodos, que passaram a adotar uma política de integração com as populações locais.
Em 711, os árabes ocuparam quase toda a península Ibérica e os visigodos tiveram que se refugiar nas regiões montanhosas das Astúrias. Séculos mais tarde, partiriam daí para reconquistar o antigo território. A península Ibérica, com o desmembramento do Islão, a partir de 756, tornou-se califado independente, com sede em Córdoba.

Anglo-saxões (450-1035)

A conquista da Britânia (Bretanha) pelos romanos, iniciada na época de Júlio César, só se completou no século I depois de Cristo. O imperador Adriano construiu uma muralha para defender as terras romanizadas – e ocupadas pelos bretões (celtas romanizados) – contra os ataques dos pictos e dos escotos, povos celtas que viviam no norte da Britânia.
Com a invasão da Europa ocidental pelos visigodos, as tropas romanas se retiraram e os bretões se aliaram aos anglos, saxões e jutos (povos germânicos habitantes da Jutlândia). Dessa união, surgiram sete reinos, a heptarquia juto-anglo-saxônica.
Em 866, os vikings, povos de origem escandinava, tomaram Londres. Com a expansão da conquista, constituíram o Danelag, área onde predominava a lei dos danos, ou dinamarqueses. Apenas em 1013, o domínio viking na Britânia seria completado. Canuto, o Grande (1016-1035), transformaria a região em base do império marítimo viking. Converteu-se ao cristianismo e dividiu o reino entre os companheiros; mas não tomou as saxões o que lhes pertencia. Pôs fim ainda à centralização governamental, criando os ducados, confiados tanto a danos quanto a saxões.



Texto retirado de: José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti.
Toda a História – História Geral e História do Brasil. Ed. Ática. Págs. 99 e 100 

EXERCÍCIOS

1- Quais fatores contribuíram para o enfraquecimento do Reino dos Vândalos?
2- Qual foi o principal problema enfrentado pelo Reino dos Ostrogodos?
3- Cite as principais medidas tomadas por Teodorico em seu governo.
4- O que foi a heptarquia juto-anglo-saxônica?
5- O Reino dos Visigodos se converteu ao cristianismo e adotou características dessa religião. A Igreja Católica conseguiu impor seu poder na região? O que aconteceu?


Entregar dia 20/03/2013 no papel A4 ou almaço
 

sexta-feira, 8 de março de 2013

O SALDO DA UNIÃO IBÉRICA E A GUERRA DOS MASCATES - 8º ANO - WIENKE



O saldo da União Ibérica e a Guerra dos Mascates - 8º ANO – Wienke Educacional

Declínio Econômico – O saldo da União Ibérica

Durante o período em que esteve submetido à dominação espanhola, Portugal – que dependia em grande medida do comércio colonial – acabou perdendo parte de suas colônias para holandeses, franceses e ingleses. Isso, somado a todas as guerras que teve que enfrentar contra espanhóis e holandeses e à queda dos preços do açúcar no mercado internacional, conduziu o país a uma grave crise econômica.
Procurando solucionar essa crise, o governo português recorreu à Inglaterra e assinou diversos tratados, a fim de dinamizar de imediato a economia do país, principalmente por meio de empréstimos. Além disso, adotou uma política rigorosa em relação ao Brasil, uma das poucas colônias que ainda lhe restavam.

Tratados econômicos entre Portugal e Espanha

Pelos tratados assinados com o governo da Inglaterra, os soberanos de Portugal receberiam proteção político-militar, e os comerciantes portugueses poderiam comprar produtos manufaturados daquele país em troca de vantagens comerciais concedidas aos ingleses.
Entre esses tratados, destaca-se o de Metheun, de 1703 (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos), pelo qual o rei de Portugal se comprometia a admitir em seu reino os tecidos de lã fabricados na Inglaterra, que, em troca, compraria os vinhos portugueses.
Na época, a assinatura desse tratado satisfez aos interesses de grupos econômicos de ambos os lados, mas suas consequências foram desastrosas para Portugal: contribuiu para a estagnação da produção manufatureira portuguesa e levou à canalização de parte do ouro do Brasil para a Inglaterra.

Concorrência do açúcar antilhano

Mergulhado na crise econômica, o governo português procurou explorar ao máximo as riquezas do Brasil, com destaque para o açúcar. Mas um fato novo veio atrapalhar os planos portugueses.
Expulsos do Brasil, os holandeses levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas e passaram a produzir, eles próprios, o açúcar, acabando com o monopólio brasileiro de sua produção.
Essa concorrência antilhana provocou queda de 50% nos preços do açúcar brasileiro, nos mercados internacionais, entre 1650 e 1700. A empresa açucareira nordestina entrou, então, em declínio, passando por um período de readaptação, em busca de aprimoramentos técnicos tanto no sistema de produção como de mão de obra. Apesar dos esforços, foi somente no final do século XVIII que o açúcar brasileiro recuperou parte da importância que tivera antes no comércio mundial do produto.



Guerra dos Mascates (1710)

Devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu, causada pela concorrência do açúcar antilhano, os ricos senhores de engenho de Olinda, principal cidade de Pernambuco na época, viram-se em dificuldades financeiras. Começaram então, a pedir empréstimos aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros bastante elevados.
Isso fez com que os senhores de engenho (em geral, luso-brasileiros) ficassem cada vez mais endividados, enquanto os comerciantes de Recife (em geral, portugueses) enriqueciam. Por isso, surgiram hostilidades entre eles.
Os comerciantes portugueses, inclusive os mais importantes atacadistas, eram conhecidos como mascates, expressão de cunho pejorativo, aplicada pela aristocracia olindense.
Convencido de sua relevância social, esse grupo pediu ao rei de Portugal, D. João V, que seu povoado fosse elevado à categoria de vila. Queriam, dessa forma, ver Recife independente de Olinda e, assim, não ter de pagar impostos ou submeter-se às suas ordens. D. João V atendeu ao pedido dos comerciantes.
Não aceitando a decisão do rei, os senhores de engenho organizaram uma rebelião. Liderados pelo proprietário de engenho Bernardo Vieira de Melo, invadiram Recife. Sem condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para não ser capturados. Esse confronto ficou conhecido como Guerra dos Mascates.
Em 1711, o governo português interveio na região, reprimindo duramente os revoltosos. Bernardo Vieira de Melo e outros líderes foram presos e condenados ao exílio. Os mascates reassumiram suas posições.

EXERCÍCIOS

1-  Quais foram as causas da crise econômica portuguesa ao final da União Ibérica? 
  2-        Cite as soluções encontradas por Portugal para sair da crise.
      3-     Que consequências essa crise trouxe para o Brasil?
4-     Por que o Tratado de Methuen (1703), assinado por Portugal e Inglaterra, acabou prejudicando a economia portuguesa? 
5-     Que relação se pode estabelecer entre a concorrência do açúcar antilhano e a Guerra dos Mascates?

Texto extraído do livro História Global – Brasil e Geral volume 2. Páginas 59-60.

COTRIM, Gilberto
História Global: Brasil e Geral : volume 2 / Gilberto Cotrim – 1. Ed.
São Paulo : Saraiva, 2010