segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O SALDO DA UNIÃO IBÉRICA E A GUERRA DOS MASCATES - 7ªs SÉRIES A,B e C - ZENAIDE LOPES

O saldo da União Ibérica e a Guerra dos Mascates

Declínio Econômico – O saldo da União Ibérica

Durante o período em que esteve submetido à dominação espanhola, Portugal – que dependia em grande medida do comércio colonial – acabou perdendo parte de suas colônias para holandeses, franceses e ingleses. Isso, somado a todas as guerras que teve que enfrentar contra espanhóis e holandeses e à queda dos preços do açúcar no mercado internacional, conduziu o país a uma grave crise econômica.






Procurando solucionar essa crise, o governo português recorreu à Inglaterra e assinou diversos tratados, a fim de dinamizar de imediato a economia do país, principalmente por meio de empréstimos. Além disso, adotou uma política rigorosa em relação ao Brasil, uma das poucas colônias que ainda lhe restavam.

Tratados econômicos entre Portugal e Espanha

Pelos tratados assinados com o governo da Inglaterra, os soberanos de Portugal receberiam proteção político-militar, e os comerciantes portugueses poderiam comprar produtos manufaturados daquele país em troca de vantagens comerciais concedidas aos ingleses.
Entre esses tratados, destaca-se o de Metheun, de 1703 (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos), pelo qual o rei de Portugal se comprometia a admitir em seu reino os tecidos de lã fabricados na Inglaterra, que, em troca, compraria os vinhos portugueses.
Na época, a assinatura desse tratado satisfez aos interesses de grupos econômicos de ambos os lados, mas suas consequências foram desastrosas para Portugal: contribuiu para a estagnação da produção manufatureira portuguesa e levou à canalização de parte do ouro do Brasil para a Inglaterra.

Concorrência do açúcar antilhano

Mergulhado na crise econômica, o governo português procurou explorar ao máximo as riquezas do Brasil, com destaque para o açúcar. Mas um fato novo veio atrapalhar os planos portugueses.
Expulsos do Brasil, os holandeses levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas e passaram a produzir, eles próprios, o açúcar, acabando com o monopólio brasileiro de sua produção.
Essa concorrência antilhana provocou queda de 50% nos preços do açúcar brasileiro, nos mercados internacionais, entre 1650 e 1700. A empresa açucareira nordestina entrou, então, em declínio, passando por um período de readaptação, em busca de aprimoramentos técnicos tanto no sistema de produção como de mão de obra. Apesar dos esforços, foi somente no final do século XVIII que o açúcar brasileiro recuperou parte da importância que tivera antes no comércio mundial do produto.

Guerra dos Mascates (1710)

Devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu, causada pela concorrência do açúcar antilhano, os ricos senhores de engenho de Olinda, principal cidade de Pernambuco na época, viram-se em dificuldades financeiras. Começaram então, a pedir empréstimos aos comerciantes do povoado do Recife, que cobravam juros bastante elevados.
Isso fez com que os senhores de engenho (em geral, luso-brasileiros) ficassem cada vez mais endividados, enquanto os comerciantes de Recife (em geral, portugueses) enriqueciam. Por isso, surgiram hostilidades entre eles.
Os comerciantes portugueses, inclusive os mais importantes atacadistas, eram conhecidos como mascates, expressão de cunho pejorativo, aplicada pela aristocracia olindense.
Convencido de sua relevância social, esse grupo pediu ao rei de Portugal, D. João V, que seu povoado fosse elevado à categoria de vila. Queriam, dessa forma, ver Recife independente de Olinda e, assim, não ter de pagar impostos ou submeter-se às suas ordens. D. João V atendeu ao pedido dos comerciantes.
Não aceitando a decisão do rei, os senhores de engenho organizaram uma rebelião. Liderados pelo proprietário de engenho Bernardo Vieira de Melo, invadiram Recife. Sem condições de resistir, os comerciantes mais ricos fugiram para não ser capturados. Esse confronto ficou conhecido como Guerra dos Mascates.
Em 1711, o governo português interveio na região, reprimindo duramente os revoltosos. Bernardo Vieira de Melo e outros líderes foram presos e condenados ao exílio. Os mascates reassumiram suas posições.

EXERCÍCIOS

1-     Quais foram as causas da crise econômica portuguesa ao final da União Ibérica? 
2-     Cite as soluções encontradas por Portugal para sair da crise.
3-     Que consequências essa crise trouxe para o Brasil?
4-     Por que o Tratado de Methuen (1703), assinado por Portugal e Inglaterra, acabou prejudicando a economia portuguesa? 
5-     Que relação se pode estabelecer entre a concorrência do açúcar antilhano e a Guerra dos Mascates?

Texto extraído do livro História Global – Brasil e Geral volume 2. Páginas 59-60.
COTRIM, Gilberto
História Global: Brasil e Geral : volume 2 / Gilberto Cotrim – 1. Ed.
São Paulo : Saraiva, 2010
Manuscrito na folha de almaço. Data de entrega: 24/09

TRABALHO - PESTE NEGRA - 7ºs ANOS A, B e C - ZENAIDE LOPES

Os alunos que não fizeram a redação sobre a Peste Negra, realizarão esse trabalho.
Assista o Documentário sobre a Peste Negra:



Atividade



Em Avignon, na França, vivia Guy de Chauliac, o mais famoso cirurgião dessa época, médico do Papa Clemente VI. Chauliac sobreviveu à peste e deixou o seguinte relato:

"A grande mortandade teve início em Avignon em janeiro de 1348. A epidemia se apresentou de duas maneiras. Nos primeiros dois meses manifestava-se com febre e expectoração sanguinolenta e os doentes morriam em 3 dias; decorrido esse tempo manifestou-se com febre contínua e inchação nas axilas e nas virilhas e os doentes morriam em 5 dias. Era tão contagiosa que se propagava rapidamente de uma pessoa a outra; o pai não ia ver seu filho nem o filho a seu pai; a caridade desaparecera por completo". E continua: "Não se sabia qual a causa desta grande mortandade. Em alguns lugares pensava-se que os judeus haviam envenenado o mundo e por isso os mataram".

Outro relato sobre a Peste Negra:

"Em breve os homens se odiavam tanto que se um filho fosse atacado pela doença seu pai não cuidaria dele. Se, apesar de tudo, ele ousasse se aproximar também se contaminaria e estaria marcado para morrer em três dias. E isso não era tudo, todos aqueles habitando a mesma casa que ele o seguiriam à morte. Conforme o número de mortes crescia em Messina muitos desejavam confessar seus pecados aos padres e expressar seus últimos desejos colocando-os em seus testamentos. Mas eclesiásticos, advogados se recusavam a entrar nas casas dos doentes. Mas se algum deles colocasse um pé dentro da casa do doente ele era imediatamente abandonado para a morte súbita. Freiras, Dominicanos e membros de outras ordens que ouviam as confissões dos moribundos eram logo subjugados pela morte tão rapidamente que alguns nem chegavam a abandonar o quarto do doente. Logo os corpos estavam largados pelas casas. Nenhum eclesiástico, nenhum filho, nenhum pai e nenhum parente ousava entrar, mas pagavam serventes altas taxas para enterrar os mortos. Mas as casas dos mortos permaneciam abertas, com todos os seus pertences, joias e ouro e todo aquele que decidisse entrar para reclamá-las o fazia sem encontrar obstáculos, pois a praga atacava com tanta veemência que em pouco tempo havia uma falta de serventes e finalmente não havia nenhum”.

Elabore um texto analisando o contexto histórico, as condições de saneamento básico e os aspectos sociais e culturais da Europa do século XIV. Seu texto deve conter informações sobre os flagelantes. Mínimo de 15 linhas. Manuscrito na folha de almaço. Data de entrega: 25/09. Individual.

Vocabulário

Subjugados Que foi dominado; que sofreu algum tipo de subjugação;
Que foi obrigado a fazer (alguma coisa); dominado.
Que foi alvo de conquista; conquistado.

Que foi morto.

Mortandade Grande massacre de pessoas e/ou animais; matança.
Número expressivo de mortes: mortandade de espécies raras.
Quantidade de pessoas que morrem numa determinada época; mortalidade.

Expectoração Ação ou efeito de expectorar.
Eliminação, através da tosse, das secreções produzidas nos brônquios ou nos pulmões.
Aquilo que é eliminado; escarro.

Sanguinolenta Que apresenta ou contém excesso de sangue; sangrento.
Que se tingiu de sangue; que está misturado com sangue.
Que sente contentamento ao ver derramamento de sangue; sanguinário.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

TRABALHO - RENASCIMENTO CULTURAL - 2ºs ANOS - ZENAIDE LOPES

Renascimento Cultural

Assista as vídeo aulas sobre o Renascimento Cultural:






Compare pinturas medievais e pinturas renascentistas:




Essas 2 primeiras pinturas foram produzidas antes do Renascimento Cultural, importante observar a técnica e o tema das pinturas.
As pinturas a seguir, são do período renascentista.

Sandro Botticelli - Vênus e Marte
Rafael Sanzio - A Escola de Atenas

Sandro Botticelli - Primavera

Jan Van Eyck - A Virgem do Chanceler Rolin

Jan Van Eyck - Retrato de Margareta van Eyck


Jan Van Eyck - O Casal Arnolfini



Sandro Botticelli - O Nascimento de Vênus

Albrecht Durer - Auto Retrato


Michelangelo - Davi


Leonardo da Vinci - Mona Lisa (Gioconda)



O espírito do Renascimento

      Francesco Petrarca nasceu em 1304, na cidade de Arezzo, na península Itálica, e foi um dos principais precursores do Renascimento. Admirador da cultura greco-romana, alimentava críticas profundas ao pensamento religioso, predominante em sua época. Foi o primeiro a denominar a Idade Média um período de trevas, envolto pelos dogmas da Igreja Católica. A seguir, transcrevemos o fragmento de uma carta escrita por Petrarca.
      “Pedis-me... que vos empreste, se, como pensais, o comprei, o livro de Homero que estava à venda em Pádua, pois que, dizeis, eu tenho de há muito um outro exemplar, a fim de que o nosso amigo Leão o traduza do grego ao latim para vós e outros nossos compatriotas estudiosos. Vi esse livro, mas não o comprei porque me pareceu inferior ao meu. Poder-se-ia facilmente obtê-lo por intermédio da pessoa que me proporcionou a amizade de Leão... De fato, sempre fui apaixonado por essa tradução em particular e pela literatura grega em geral, e, se a sorte, invejando os meus primeiros passos, me não tivesse arrebatado, pela morte, o meu excelente mestre, talvez eu fosse hoje alguma coisa mais que um grego que ficou no alfabeto”.

Leonardo Da Vinci

"Já fiz planos de pontes muito leves (...). Conheço os meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for."

[Leonardo da Vinci (retirado de Jean Delumeau, A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO, Lisboa, Editorial Estampa, 1984, vol. 1, p. 154)]

O texto lido é parte da carta com que Leonardo da Vinci, em 1482, pedia emprego na corte de Ludovico, o Mouro. 

 Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Uma das sátiras mais brilhantes da história da literatura foi escrito por Desidério Erasmo, humanista holandês, no curto espaço de sete dias, quando de uma visita a seu amigo Sir Thomas More, na Inglaterra. O próprio título latino da obra é um trocadilho com o nome de More (Moriae). Erasmo, O Voltaire do século XVI, dominou o ambiente intelectual de sua época; de toda sua volumosa obra, porém, apenas o Elogio da Loucura escapou à obscuridade e ao esquecimento. Um notável historiador americano, Preserved Smith, caracterizou o livro como um inteligente sermão, uma sátira honesta, uma brincadeira com um objetivo ético.

Erasmo já demonstra tom satírico ao explicar o motivo que o levou a
escrever o livro:

"Já que a raça humana insiste em ser completamente louca - já que todas as pessoas, do Papa ao mais humilde pároco da aldeia - do mais rico dos homens ao mais miserável dos mendigos - da honrada dama em suas sedas e cetins à mulher vulgar em seu vestido de chita - já que todos se decidiram firmemente a não usar o cérebro que Deus lhes deu, mas insistem em se deixar guiar inteiramente pela ambição, vaidade, ignorância, porque, em nome de uma divindade racional, deveriam as poucas pessoas realmente inteligentes perder seu tempo e esforço, tentando mudar o gênero humano, transformando-o em algo que ele jamais desejou ser? Deixemo-lo viver feliz em suas loucuras. Não o privemos daquilo que, lhe dá maior prazer - seu infinito poder de se tornar ridículo."

No Elogio da Loucura, Erasmo argumenta que são os desejos tolos e irracionais que fazem girar o mundo. O livro todo é escrito em forma de discurso ou declamação, posta em boca da Loucura, a uma audiência imaginária composta de homens de todas as classes e condições. Usando uma beca, mas com um barrete de bobo na cabeça, a Loucura sobe ao púlpito, seguida por seus ajudantes: o Amor-Próprio, o Esquecimento, a Preguiça, o Prazer, a Sensualidade, o Sono Profundo, a Intemperança e a Demência. A Loucura nos conta que é filha de Plutão e de uma encantadora criatura chamada Juventude, e fora criada por duas ninfas sedutoras: Embriaguez, filha de Baco, e Ignorância, filha de Pã. Na violenta sátira que se segue, Erasmo, falando através da loucura, ridiculariza praticamente todas as instituições, costumes, homens e crenças de seu tempo, inclusive o casamento, a guerra, o nacionalismo, os advogados, cientistas, acadêmicos, teólogos, soberanos e papas.

“Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes. (...) quero que aprendas as línguas perfeitamente: primeiro a grega (...), em segundo lugar a latina, e depois a hebraica para as santas letras (...), e igualmente a caldaica e arábica (...); que não exista história que não tenhas presente na memória (...). Das artes liberais (...) dei-te algum gosto, quando ainda eras pequeno, na idade de cinco a seis anos; continua o resto (...). Do direito civil quero que saibas de cor os belos textos e que (...) compares com filosofia.
Quanto ao conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente, que não haja mar, rio nem fonte que tu não conheças os peixes; todas as aves do ar, todas as árvores e arbustos frutíferos das florestas, todas as ervas da terra, todos os metais escondidos no ventre dos abismos, as pedrarias de todo o Oriente (...), que nada disso te seja desconhecido.
Depois, cuidadosamente, revisita os livros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias (...) adquire perfeito conhecimento do (...) homem.”
 (RABELAIS,  François. Gargantua e Pantagruel. 1532.)  


EXERCÍCIOS

Nos trechos, estão alguns dos elementos principais que caracterizam o Renascimento como movimento cultural.
 
a) Identifique três desses elementos.
b) Como se dava o patrocínio dos artistas e técnicos do Renascimento?
c) Considerando as aulas, as imagens e os textos acima, disserte sobre as principais características do Renascimento Cultural nos campos da literatura, ciência e pinturas; analisando as mudanças na mentalidade medieval, da “Cristandade do medo” à mentalidade antropocêntrica. (mínimo de 10 linhas).

Entregar dia 16/06 (terça-feira) sem falta. Manuscrito na folha de almaço. Individual

TRABALHO - MERCANTILISMO - 7 ª SÉRIES A e B - ZENAIDE LOPES

Mercantilismo e Sistema Colonial

Ao consolidar a centralização política, os governos dos Estados nacionais da Europa Ocidental desenvolveram um conjunto de práticas econômicas conhecido como mercantilismo. Boa parte dessas práticas se referia às formas de acumulação de riquezas e de produção e circulação de mercadorias, envolvendo a intervenção do Estado.
Para o desenvolvimento das práticas mercantilistas, foram essenciais a expansão comercial e a dominação de colônias, pois representavam novos mercados e novas regiões produtoras de matérias-primas e compradoras de manufaturados. Que relações se estabeleceram entre os envolvidos nesse processo? Todos se beneficiaram igualmente?

Mercantilismo: A política econômica do Estado moderno

Os governos dos Estados modernos desenvolveram uma série de ações econômicas que receberam a denominação genérica de mercantilismo.
Assim, o termo mercantilismo é aplicado às ideias e práticas econômicas que vigoraram na Europa de meados do século XV a meados do século XVIII. Essas práticas variavam de país para país, mas tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo – período das acumulações primitivas de capital nos Estados modernos.

Práticas mercantilistas

Algumas ideias e práticas – o metalismo, a balança comercial favorável, o protecionismo e a intervenção estatal – caracterizavam o mercantilismo, sempre com a intenção de fortalecer o papel do Estado na economia e aumentar suas chances de competir com outros países.

Metalismo

A riqueza de um Estado era mensurada pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que ele possuía dentro de suas fronteiras. Aumentar a quantidade de metais preciosos era, portanto, um dos objetivos fundamentais do mercantilismo.

Balança comercial favorável

Um dos meios utilizados pelo Estado para acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável. As exportações deveriam superar as importações, promovendo o enriquecimento do Estado.

Protecionismo

Para que a balança comercial fosse favorável, o Estado deveria incentivar a produção de artigos (principalmente manufaturados) que pudessem concorrer vantajosamente no exterior, evitar a saída de matérias-primas e dificultar a importação de produtos concorrentes, protegendo, assim, seu mercado interno e o de suas colônias.

Intervenção estatal

O intervencionismo do Estado era significativo nesse período. Verificava-se essa intervenção na fixação de tarifas alfandegarias, no estímulo às empresas manufatureiras e ao industrialismo, no controle sobre preços e sobre a quantidade de mercadorias comercializadas, entre outras medidas.

Sistema colonial: Conquistadores definem o esquema de exploração

As políticas mercantilistas estiveram vinculadas à exploração colonial, que marcou a conquista e a colonização de toda a América Latina, além de regiões da Ásia e da África.
O sistema colonial desenvolveu-se como um desdobramento da política econômica do mercantilismo, que buscava o enriquecimento do Estado por meio das atividades comerciais. Com a exploração colonial, algumas nações europeias conseguiram realizar esse objetivo.
Seguindo os princípios mercantilistas, diversos Estados europeus, como vimos, passaram a acumular metais preciosos e a proteger seus produtos para obter uma balança de comércio favorável. Como decorrência, houve um choque de interesses econômicos entre os países mercantilistas, que passaram a disputar entre si mercados para vender seus produtos.
Esses Estados perceberam que a solução ideal seria cada um dominar áreas determinadas – as colônias – onde pudessem obter vantagens econômicas exclusivas. Nelas, poderiam controlar o comércio, impondo preços e produtos, e alcançar o máximo de lucros possível.
O sistema colonial mercantilista consistia na relação entre metrópole e colônia, na qual:
·         Metrópole era o país dominador da colônia;
·         Colônia de exploração era a região dominada pela metrópole;
·         Pacto colonial era o domínio político-econômico da metrópole sobre a colônia;
·         A regra básica do pacto colonial era a restrição da produção da colônia estritamente ao que a metrópole não tinha condições de produzir. Ou seja, a colônia não podia concorrer com a metrópole. Sua função era servir ao enriquecimento da metrópole.

Características básicas

O colonialismo, como sistema de dominação, instituiu a produção complementar e o monopólio comercial na relação entre colônia e metrópole.
A economia da colônia era organizada em função da metrópole: a colônia deveria complementar a produção ou satisfazer os interesses da metrópole, sem desenvolver uma produção voltada para seus interesses internos. Assim, o sistema colonial mercantilista transformava a colônia num território exclusivo da metrópole, destinado à exploração.
O monopólio comercial foi o instrumento essencial para que a metrópole controlasse a vida econômica da colônia. Com o direito exclusivo de realizar comércio com a terra colonizada, a metrópole comprava os produtos da colônia pelo mais baixo preço e lhe vendia mercadorias pelo mais alto preço.

Colônias de exploração e de povoamento

A colonização da América, iniciada no século XVI, não foi igual em todas as partes do continente.
Nas regiões de clima quente, as metrópoles europeias estabeleceram um rígido sistema de exploração colonial. Podiam obter das colônias produtos tropicais (cana-de-açúcar, algodão, tabaco) para vende-los a preços elevados na Europa, onde eram escassos, garantindo grandes lucros.
As regiões de clima semelhante ao europeu não despertaram o mesmo interesse dos Estados mercantilistas, pois não ofereciam retorno comercial imediato. Nessas áreas, desenvolveu-se um tipo de colonização mais voltado ao povoamento.
Assim, na colonização do continente americano, estabeleceram-se dois tipos básicos de colônias:
·         De exploração – tipicamente enquadradas na estrutura do sistema colonial mercantilista. Exemplo: Brasil e várias regiões da América Latina, colonizadas por Espanha e Portugal;
·         De povoamento – não se enquadravam no sistema colonial mercantilista. Exemplo: norte e centro dos Estados Unidos, colonizados por imigrantes ingleses.

Texto retirado de: Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral – Volume Único – 8. Ed. São Paulo : Saraiva, 2005.  Pags. 186,187,188.




EXERCÍCIOS

1.      De que forma o sistema colonial permitia o enriquecimento das metrópoles?
2.      Aponte as diferenças entre as colônias de povoamento e as de exploração.
3.      O que é o mercantilismo?
4.      O que é a prática metalista?
5.      O que é a balança comercial favorável?
6.      Como os Estados mercantilistas praticavam o protecionismo?
7.      O que é intervenção estatal?
8.      Como era a relação entre metrópole e colônia no sistema colonial mercantilista?
9.      O que é monopólio comercial?
10.  Devido ao choque de interesses, qual medida foi adotada pelos Estados mercantilistas europeus?

Para 17/06 em almaço (manuscrito) ou no papel A4 (digitado). Somente as perguntas e respostas.

domingo, 12 de abril de 2015

REVISÃO DAS PROVAS - VíDEOS - E. E. ZENAIDE LOPES

Crise do Império Romano


Reino dos Francos (Império Carolíngio)



Império Bizantino

Cruzadas




Renascimento Comercial e Urbano


Renascimento Cultural


Centralização Monárquica - Formação dos Estados Nacionais



Crise do Século XIV


Peste Negra


Expansão marítima


Mercantilismo e Absolutismo


Iluminismo


Independência dos Estados Unidos da América



Revolução Francesa


Era Napoleônica e Congresso de Viena


Revolução Industrial


Imperialismo


Segunda Revolução Industrial e Imperialismo


Neocolonialismo

segunda-feira, 6 de abril de 2015

TRABALHO - 3º ANO A - REVOLUÇÃO FRANCESA - E. E. ZENAIDE LOPES

A DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO E O PERÍODO JACOBINO



Jacobinos versus Girondinos: “Esquerda X Direita”

Os girondinos representavam a grande burguesia e, como toda burguesia-que-se-preza, defendia seus interesses econômicos acima de qualquer outra coisa. Os jacobinos eram, inicialmente, revolucionários que ganharam este nome devido às primeiras reuniões do grupo, que aconteciam no convento dos padres jacobinos, de ordem dominicana.
Desde o início da Assembleia os dois grupos agiram de forma a polarizar o debate, assim como acontece hoje em dia nos debates entre grupos políticos de direita e de esquerda. Apesar das idéias contrárias, os dois grupos apoiavam a Revolução, mesmo que os debates sobre a Constituição tenha gerado alguns atritos. Mas foi durante a Covenção Nacional – a Assembléia foi transformada em Convenção e assumiu o controle da França – iniciada em 20 de setembro de 1792, que a polarização ficou mais intensa.
Durante as reuniões, os deputados girondinos que queriam o fim rápido da Revolução, a consolidação das vitórias burguesas e o reestabelecimento comercial francês, freando o radicalismo, ficavam à direita. No centro ficavam aqueles deputados sem posição política definida. Na maioria eram membros da pequena burguesia. E à esquerda, na parte mais alta do salão de reuniões, ficavam os jacobinos, mais radicais e que defendiam os interesses da população comum, os sans-culottes. Herdamos esta “nomenclatura” política desta época, destes debates dentro da Convenção Nacional.
Além dos acalorados debates e das ameaças externas, a França tinha grandes problemas internos. Eles pioravam à medida que a Revolução não conseguia se organizar em torno de idéias comuns. Como já foi dito, os girondinos queriam o estabelecimento de seus direitos, esquecendo o restante da população, mas o jacobinos defendiam o povo. No meio desta disputa, tínhamos alguns levantes anti-republicanos ocorrendo no interior da França, o que dificultava ainda mais a organização do país.
Em 2 de julho de 1793 os jacobinos, pressionados e apoiados pelos sans-culottes, tomaram a Convenção e mandaram prender os girondinos. Os principais líderes jacobinos, Hébert, Danton, Saint-Just, Marat e Robespierre assumiram o poder, dando início à Convenção Montanhesa, considerada a época mais radical da Revolução.

Todo o poder ao povo! Ao povo??? Robespierre e o “Terror Jacobino”.

Após a tomada do controle pelos jacobinos, foi aprovada ainda em 1793 a Constituição do Ano I. O Comitê de Salvação Pública, liderado inicialmente por Danton, ficou responsável pela organização do país e pela defesa externa da França. Abaixo dele vinha o Comitê de Salvação Nacional, cuidando da segurança interna, enquanto o Tribunal Revolucionário julgava os opositores da revolução.
Os jacobinos implantaram uma espécie de “economia de guerra”: havia o racionamento de mercadorias e os especuladores – que escondiam produtos para aumentar a procura e o preço dos mesmos – foram combatidos.
Várias pessoas acusadas de simpatizar e até mesmo tramar a favor da monarquia foram julgadas e guilhotinadas em poucos dias. Mas foi após a morte de Marat, assassinado por uma girondina, que os ânimos ficaram muito exaltados. Marat era querido pela população, e sua morte causou mais do que comoção.



“Marat assassinado”, quadro de Jean-Joseph Weerts.

Danton, considerado moderado para os padrões jacobinos, foi destituído do Comitê de Salvação Pública e expulso do partido. Robespierre tomou seu lugar e iniciou a fase que ficou conhecida como O Grande Terror. Aristocratas, membros do clero, burgueses especuladores e inimigos da Revolução foram detidos e executados. Até a ex-rainha Maria Antonieta e o químico Antoine Lavoisier, “pai” da química moderna, foram executados. Até mesmo deputados jacobinos, contrários ao radicalismo de Robespierre, foram perseguidos.


Golpe do 9 Termidor
Robespierre não tinha jogo de cintura político, e suas atitudes estavam causando desconforto até entre os jacobinos que apoiaram sua nomeação no lugar de Danton. Em 27 de julho de 1794 ocorreu o golpe do 9 Termidor, quando girondinos que sobreviveram ao Terror, em uma rápida manobra na Convenção, destituíram Robespierre, acabaram com a Comuna de Paris e colocaram o Partido Jacobino na ilegalidade.
Robespierre e seus apoiadores foram sumariamente executados. Convocada por Robespierre para defender seus interesses, a “massa” dos sans-culottes não respondeu ao chamado. A pequena burguesia deixava o poder, enquanto os girondinos voltavam ao comando, dando início à Convenção Termidoriana.

                          http://www.historiazine.com/2011/02/revolucao-francesa-2-parte.html

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
Art.1.º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6.º A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário torna-se culpado de resistência.
Art. 8.º A lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9.º Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11.º A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na lei.
Art. 12.º A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13.º Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14.º Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, da necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a colecta, a cobrança e a duração.
Art. 15.º A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição.
Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.


                                                         EXERCÍCIOS

1- Podemos dizer que o período conhecido como Terror foi um suicídio político dos jacobinos?
2- O período da Convenção marca uma divisão dos revolucionários e uma alternância de poder. Explique como os jacobinos perdem prestígio popular e o poder da França.
3- Compare o período do Terror com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Há contradições no pensamento revolucionário? Comente essa prática contraditória dos jacobinos.
4- Analisando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, explique a influência do Iluminismo na Revolução Francesa.


Individual (não será aceito textos retirados da internet e cópias de outros alunos, caso ocorra, será atribuído zero nas duas hipóteses).
Manuscrito na folha de almaço (não será aceito em outro tipo de folha).
Data de entrega: 14/04 (terça-feira)

RESUMO SOBRE A REVOLUÇÃO FRANCESA - 3º ANO A - E. E. ZENAIDE LOPES

REVOLUÇÃO FRANCESA

Absolutismo: interesses do rei e da burguesia foram colocados em acordo. O poder político estava concentrado nas mãos do rei e a burguesia detinha o poder econômico.
Porém, com o tempo, esse sistema prejudicou os interesses da burguesia, pois privilegiava somente uma pequena camada da burguesia através dos monopólios e da política mercantilista, e este grupo passa a reivindicar maior liberdade comercial e política.
A Revolução Industrial forneceu o modelo de economia para o mundo contemporâneo. A Revolução Francesa forneceu os modelos políticos e ideológicos, baseados nos ideais iluministas do século XVIII.
França do século XVIII:
- País mais populoso da Europa: de cada 5 europeus, 1 era francês.
- 90% da população eram camponeses e a economia do país era agrária (mais da metade das propriedades agrícolas pertenciam à nobreza), com uma pequena indústria têxtil e metalúrgica, fragilizada devido a forte concorrência inglesa, o domínio das corporações de oficio e pelas práticas mercantilistas, como o intervencionismo estatal na economia francesa através do Tratado do Éden (semelhante ao Tratado de Methuen), do qual a França fornecia vinho para a Inglaterra em troca de tecidos.
- Resquícios do feudalismo: sociedade estamental, com deveres, direitos e privilégios distinguidos pelo nascimento.
* Primeiro Estado: constituído pelo clero, dividido em alto clero: bispos, abades e cônegos saídos da nobreza e aliados a ela; e baixo clero: padres e vigários pobres, saídos do campesinato ou da burguesia. O clero (125 mil pessoas) não pagava impostos e recebia pagamentos de direitos feudais em suas terras.
* Segundo Estado: constituído pela nobreza. Dividido em nobreza cortesã, nobres que viviam no palácio real e recebiam pensões do rei ou cargos militares; nobreza provincial, que vivia das rendas obtidas por suas terras; e nobreza togada, antigos burgueses que haviam adquirido títulos de nobreza e cargos na administração publica. Esse estado (375 mil pessoas) também estava isento dos impostos.
* Terceiro Estado: restante da população: burgueses, camponeses e os sans-cullottes – trabalhadores urbanos, operários e desempregados marginalizados. Maioria esmagadora do povo francês (24,5 milhões de pessoas), enquanto os outros dois estados, juntos, contavam com 500 mil pessoas.
- Um sentimento comum unia o terceiro estado: o descontentamento com a desigualdade socioeconômica, as terríveis condições de vida, participação na vida política e diminuição da carga tributária.

A crise econômica e o início da Revolução

- Grave crise econômica, devido às dificuldades já citadas.
- Antigo império colonial havia diminuído devido às sucessivas guerras que o país se envolveu. O envolvimento na guerra de independência dos Estados Unidos agravou a crise.
- Secas e inundações prejudicaram as colheitas, causando fome e revoltas camponesas, devidos aos pesados impostos.
- Alfandegas dentro da França prejudicavam o desenvolvimento comercial, encareciam os produtos diminuindo as vendas.
- A França possuía uma corte gastadora e parasitária, que esvaziou o Tesouro Público. A dívida externa ultrapassava os 5 bilhões de francos e o orçamento era muito baixo.
- Diversos ministros das finanças tentavam inutilmente diminuir os impactos da crise e enfrentavam forte resistência do clero, nobreza e das manufaturas reais. Era necessário selar o fim da isenção tributária.

- A Revolução Francesa pode ser dividida em três fases: Revolução burguesa ou Assembleia, Radicalização burguesa ou Convenção Nacional e Fase da Consolidação da burguesia no poder ou Diretório.

- Pressionado, o rei Luis XVI decide convocar a Assembleia dos Estados Gerais – reunião dos representantes das três ordens sociais – com a intenção de aumentar os impostos do Terceiro Estado. O sistema de votação era feito em grupo, um jogo de cartas marcadas, pois o 1º e 2º estados somavam 2 votos contra 1 voto do 3º estado.
- Porém, os representantes do Terceiro Estado propunham a mudança do sistema de voto para o voto individual. Como isso não foi aceito, o Terceiro Estado proclamou-se Assembleia Nacional Constituinte. O rei tentou dissolver a Assembleia, mas o Terceiro Estado reuniu-se em um salão de jogos, destinados a redigir uma nova Constituição para a França.
- O rei tentou usar a violência para reprimir os burgueses, mas a população, com o apoio de parte do exército, tomou de assalto a Bastilha, uma prisão de presos políticos no dia 14 de julho de 1789. Nos campos, os camponeses invadiram castelos e assassinaram nobres e suas famílias (Grande Medo).

A Assembleia (1798/1792)

- Luis XVI aceitou a Assembleia Nacional Constituinte e forçou a participação dos nobres e do clero. A Assembleia aboliu os direitos feudais devidos à nobreza e ao clero. Foi promulgada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, baseada nos ideais iluministas, na qual ficavam assegurados o direito à liberdade de pensamento e opinião, à igualdade de todos os cidadãos e à propriedade individual, entre outros. Em 1790, foi promulgada a Constituição do Civil do Clero, e confiscadas as terras da Igreja, a fim de reerguer a economia francesa, e o clero ficou submetido ao Estado. O papa condenou essa ação, e houve um racha entre o clero.
- Parte desse clero se uniu aos nobres (emigrados) que fugiram do país para organizar a contrarrevolução no exterior.
- A Constituição ficou pronta em 1791: uma Monarquia Constitucional, dominada pela alta burguesia. Igualdade jurídica para todos os cidadãos, liberdade de produção e circulação de mercadorias sem interferência estatal, separação do Estado e da Igreja e a divisão dos 3 poderes:
* Executivo (rei)
* Legislativo (Assembleia Legislativa)
* Judiciário
- O voto era censitário, e excluiu grande parte da população.
- Na Assembleia, os burgueses se dividiram em facções:
* Girondinos (direita): da alta burguesia (região de Gironda),
* Jacobinos (esquerda): da pequena e média burguesia, além de defender os interesses dos sans-cullottes (se reuniam em um convento jacobino de Paris)
* Pântano ou Planície: alta burguesia financeira, também chamados de moderados – os feuillants e os cordeliers – camadas mais pobres.
- O rei tentava reaver seu poder através do Absolutismo e preparou no exterior um contra-ataque, com o apoio da Áustria, Prússia e dos nobres emigrados. Ao tentar fugir, foi preso próximo à fronteira da França. O exército prussiano invadiu a França, mas foi rechaçado pelo povo. Os jacobinos haviam formado a Comuna Insurrecional de Paris, um exercito popular comandado por Marat, Danton e Robespierre e contaram com a participação dos sans-cullottes. O rei foi considerado traidor. Em 1792, foi proclamada a Republica da França.

A Convenção Nacional (1792/1795)

- Com a Republica, a Assembleia Nacional foi convertida em Convenção Nacional.
- Os girondinos desejavam consolidar as conquistas burguesas e frear a revolução.
- O Pântano não tinha posição politica definida.
- Os jacobinos defendiam mudanças radicais.
- No inicio, a Convenção foi dominada pelos girondinos, que se dividiram em julgar o rei por traição ou perdoá-lo. Os jacobinos queriam que o rei fosse executado. Luis XVI foi executado na guilhotina em 21 de janeiro de 1793, causando um grande temor nos países absolutistas. Para combater a revolução, os países absolutistas organizaram a Primeira Coligação contra a França, que contava com a Inglaterra.
- Com o agravamento da crise econômica, os jacobinos tomaram controle da Convenção, prendendo os lideres girondinos. Os jacobinos formaram o Comitê de Salvação Publica, para combater os invasores estrangeiros e os revoltosos. Foi aprovada uma nova Constituição: estabelecido o sufrágio universal e a democratização. Foi aprovada a Lei do Preço Máximo, que controlava os preços dos alimentos. Foi aprovada a venda dos bens da Igreja e dos nobres emigrados, fim dos privilégios, a criação de um sistema de educação pública e gratuita e reformulou o exercito francês, promovendo os oficiais pela sua capacidade militar e não pelo nascimento.
- Muitas pessoas foram executadas pela guilhotina, era o período do Terror. Girondinos e jacobinos foram executados até que houve um racha entre as lideranças jacobinas: Danton queria o fim do Terror, Marat queria a continuidade. Robespierre ordenou executar os dois. Mais tarde, Robespierre foi julgado e executado. Os jacobinos, enfraquecidos, sofreram um golpe do Pântano, que assumiu o comando revolucionário.

O Diretório (1795/1799)

- Abolição da Constituição de 1793 e a promulgação de uma nova, privilegiando a alta burguesia.
- Abolição da Lei dos Preços e o voto voltou a ser censitário.
- Governo controlado por um diretório, formado por cinco burgueses, escolhidos pelo Legislativo.
- Esse período foi extremamente conturbado, pois a França expandia seu território, ao mesmo tempo que lutava contra as coligações absolutistas e contra grupos radicais dentro do território. Soma-se as dificuldades econômicas.
- Era necessário um governo forte. A solução para o diretório foi a formação de um novo governo através do Golpe do 18 Brumário.

Postarei as excelentes vídeo aulas do Prof. Bussunda (Mundo Edu)


Período Napoleônico