sexta-feira, 5 de junho de 2015

TRABALHO - RENASCIMENTO CULTURAL - 2ºs ANOS - ZENAIDE LOPES

Renascimento Cultural

Assista as vídeo aulas sobre o Renascimento Cultural:






Compare pinturas medievais e pinturas renascentistas:




Essas 2 primeiras pinturas foram produzidas antes do Renascimento Cultural, importante observar a técnica e o tema das pinturas.
As pinturas a seguir, são do período renascentista.

Sandro Botticelli - Vênus e Marte
Rafael Sanzio - A Escola de Atenas

Sandro Botticelli - Primavera

Jan Van Eyck - A Virgem do Chanceler Rolin

Jan Van Eyck - Retrato de Margareta van Eyck


Jan Van Eyck - O Casal Arnolfini



Sandro Botticelli - O Nascimento de Vênus

Albrecht Durer - Auto Retrato


Michelangelo - Davi


Leonardo da Vinci - Mona Lisa (Gioconda)



O espírito do Renascimento

      Francesco Petrarca nasceu em 1304, na cidade de Arezzo, na península Itálica, e foi um dos principais precursores do Renascimento. Admirador da cultura greco-romana, alimentava críticas profundas ao pensamento religioso, predominante em sua época. Foi o primeiro a denominar a Idade Média um período de trevas, envolto pelos dogmas da Igreja Católica. A seguir, transcrevemos o fragmento de uma carta escrita por Petrarca.
      “Pedis-me... que vos empreste, se, como pensais, o comprei, o livro de Homero que estava à venda em Pádua, pois que, dizeis, eu tenho de há muito um outro exemplar, a fim de que o nosso amigo Leão o traduza do grego ao latim para vós e outros nossos compatriotas estudiosos. Vi esse livro, mas não o comprei porque me pareceu inferior ao meu. Poder-se-ia facilmente obtê-lo por intermédio da pessoa que me proporcionou a amizade de Leão... De fato, sempre fui apaixonado por essa tradução em particular e pela literatura grega em geral, e, se a sorte, invejando os meus primeiros passos, me não tivesse arrebatado, pela morte, o meu excelente mestre, talvez eu fosse hoje alguma coisa mais que um grego que ficou no alfabeto”.

Leonardo Da Vinci

"Já fiz planos de pontes muito leves (...). Conheço os meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for."

[Leonardo da Vinci (retirado de Jean Delumeau, A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO, Lisboa, Editorial Estampa, 1984, vol. 1, p. 154)]

O texto lido é parte da carta com que Leonardo da Vinci, em 1482, pedia emprego na corte de Ludovico, o Mouro. 

 Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Uma das sátiras mais brilhantes da história da literatura foi escrito por Desidério Erasmo, humanista holandês, no curto espaço de sete dias, quando de uma visita a seu amigo Sir Thomas More, na Inglaterra. O próprio título latino da obra é um trocadilho com o nome de More (Moriae). Erasmo, O Voltaire do século XVI, dominou o ambiente intelectual de sua época; de toda sua volumosa obra, porém, apenas o Elogio da Loucura escapou à obscuridade e ao esquecimento. Um notável historiador americano, Preserved Smith, caracterizou o livro como um inteligente sermão, uma sátira honesta, uma brincadeira com um objetivo ético.

Erasmo já demonstra tom satírico ao explicar o motivo que o levou a
escrever o livro:

"Já que a raça humana insiste em ser completamente louca - já que todas as pessoas, do Papa ao mais humilde pároco da aldeia - do mais rico dos homens ao mais miserável dos mendigos - da honrada dama em suas sedas e cetins à mulher vulgar em seu vestido de chita - já que todos se decidiram firmemente a não usar o cérebro que Deus lhes deu, mas insistem em se deixar guiar inteiramente pela ambição, vaidade, ignorância, porque, em nome de uma divindade racional, deveriam as poucas pessoas realmente inteligentes perder seu tempo e esforço, tentando mudar o gênero humano, transformando-o em algo que ele jamais desejou ser? Deixemo-lo viver feliz em suas loucuras. Não o privemos daquilo que, lhe dá maior prazer - seu infinito poder de se tornar ridículo."

No Elogio da Loucura, Erasmo argumenta que são os desejos tolos e irracionais que fazem girar o mundo. O livro todo é escrito em forma de discurso ou declamação, posta em boca da Loucura, a uma audiência imaginária composta de homens de todas as classes e condições. Usando uma beca, mas com um barrete de bobo na cabeça, a Loucura sobe ao púlpito, seguida por seus ajudantes: o Amor-Próprio, o Esquecimento, a Preguiça, o Prazer, a Sensualidade, o Sono Profundo, a Intemperança e a Demência. A Loucura nos conta que é filha de Plutão e de uma encantadora criatura chamada Juventude, e fora criada por duas ninfas sedutoras: Embriaguez, filha de Baco, e Ignorância, filha de Pã. Na violenta sátira que se segue, Erasmo, falando através da loucura, ridiculariza praticamente todas as instituições, costumes, homens e crenças de seu tempo, inclusive o casamento, a guerra, o nacionalismo, os advogados, cientistas, acadêmicos, teólogos, soberanos e papas.

“Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes. (...) quero que aprendas as línguas perfeitamente: primeiro a grega (...), em segundo lugar a latina, e depois a hebraica para as santas letras (...), e igualmente a caldaica e arábica (...); que não exista história que não tenhas presente na memória (...). Das artes liberais (...) dei-te algum gosto, quando ainda eras pequeno, na idade de cinco a seis anos; continua o resto (...). Do direito civil quero que saibas de cor os belos textos e que (...) compares com filosofia.
Quanto ao conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente, que não haja mar, rio nem fonte que tu não conheças os peixes; todas as aves do ar, todas as árvores e arbustos frutíferos das florestas, todas as ervas da terra, todos os metais escondidos no ventre dos abismos, as pedrarias de todo o Oriente (...), que nada disso te seja desconhecido.
Depois, cuidadosamente, revisita os livros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias (...) adquire perfeito conhecimento do (...) homem.”
 (RABELAIS,  François. Gargantua e Pantagruel. 1532.)  


EXERCÍCIOS

Nos trechos, estão alguns dos elementos principais que caracterizam o Renascimento como movimento cultural.
 
a) Identifique três desses elementos.
b) Como se dava o patrocínio dos artistas e técnicos do Renascimento?
c) Considerando as aulas, as imagens e os textos acima, disserte sobre as principais características do Renascimento Cultural nos campos da literatura, ciência e pinturas; analisando as mudanças na mentalidade medieval, da “Cristandade do medo” à mentalidade antropocêntrica. (mínimo de 10 linhas).

Entregar dia 16/06 (terça-feira) sem falta. Manuscrito na folha de almaço. Individual

TRABALHO - MERCANTILISMO - 7 ª SÉRIES A e B - ZENAIDE LOPES

Mercantilismo e Sistema Colonial

Ao consolidar a centralização política, os governos dos Estados nacionais da Europa Ocidental desenvolveram um conjunto de práticas econômicas conhecido como mercantilismo. Boa parte dessas práticas se referia às formas de acumulação de riquezas e de produção e circulação de mercadorias, envolvendo a intervenção do Estado.
Para o desenvolvimento das práticas mercantilistas, foram essenciais a expansão comercial e a dominação de colônias, pois representavam novos mercados e novas regiões produtoras de matérias-primas e compradoras de manufaturados. Que relações se estabeleceram entre os envolvidos nesse processo? Todos se beneficiaram igualmente?

Mercantilismo: A política econômica do Estado moderno

Os governos dos Estados modernos desenvolveram uma série de ações econômicas que receberam a denominação genérica de mercantilismo.
Assim, o termo mercantilismo é aplicado às ideias e práticas econômicas que vigoraram na Europa de meados do século XV a meados do século XVIII. Essas práticas variavam de país para país, mas tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo – período das acumulações primitivas de capital nos Estados modernos.

Práticas mercantilistas

Algumas ideias e práticas – o metalismo, a balança comercial favorável, o protecionismo e a intervenção estatal – caracterizavam o mercantilismo, sempre com a intenção de fortalecer o papel do Estado na economia e aumentar suas chances de competir com outros países.

Metalismo

A riqueza de um Estado era mensurada pela quantidade de metais preciosos (ouro e prata) que ele possuía dentro de suas fronteiras. Aumentar a quantidade de metais preciosos era, portanto, um dos objetivos fundamentais do mercantilismo.

Balança comercial favorável

Um dos meios utilizados pelo Estado para acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável. As exportações deveriam superar as importações, promovendo o enriquecimento do Estado.

Protecionismo

Para que a balança comercial fosse favorável, o Estado deveria incentivar a produção de artigos (principalmente manufaturados) que pudessem concorrer vantajosamente no exterior, evitar a saída de matérias-primas e dificultar a importação de produtos concorrentes, protegendo, assim, seu mercado interno e o de suas colônias.

Intervenção estatal

O intervencionismo do Estado era significativo nesse período. Verificava-se essa intervenção na fixação de tarifas alfandegarias, no estímulo às empresas manufatureiras e ao industrialismo, no controle sobre preços e sobre a quantidade de mercadorias comercializadas, entre outras medidas.

Sistema colonial: Conquistadores definem o esquema de exploração

As políticas mercantilistas estiveram vinculadas à exploração colonial, que marcou a conquista e a colonização de toda a América Latina, além de regiões da Ásia e da África.
O sistema colonial desenvolveu-se como um desdobramento da política econômica do mercantilismo, que buscava o enriquecimento do Estado por meio das atividades comerciais. Com a exploração colonial, algumas nações europeias conseguiram realizar esse objetivo.
Seguindo os princípios mercantilistas, diversos Estados europeus, como vimos, passaram a acumular metais preciosos e a proteger seus produtos para obter uma balança de comércio favorável. Como decorrência, houve um choque de interesses econômicos entre os países mercantilistas, que passaram a disputar entre si mercados para vender seus produtos.
Esses Estados perceberam que a solução ideal seria cada um dominar áreas determinadas – as colônias – onde pudessem obter vantagens econômicas exclusivas. Nelas, poderiam controlar o comércio, impondo preços e produtos, e alcançar o máximo de lucros possível.
O sistema colonial mercantilista consistia na relação entre metrópole e colônia, na qual:
·         Metrópole era o país dominador da colônia;
·         Colônia de exploração era a região dominada pela metrópole;
·         Pacto colonial era o domínio político-econômico da metrópole sobre a colônia;
·         A regra básica do pacto colonial era a restrição da produção da colônia estritamente ao que a metrópole não tinha condições de produzir. Ou seja, a colônia não podia concorrer com a metrópole. Sua função era servir ao enriquecimento da metrópole.

Características básicas

O colonialismo, como sistema de dominação, instituiu a produção complementar e o monopólio comercial na relação entre colônia e metrópole.
A economia da colônia era organizada em função da metrópole: a colônia deveria complementar a produção ou satisfazer os interesses da metrópole, sem desenvolver uma produção voltada para seus interesses internos. Assim, o sistema colonial mercantilista transformava a colônia num território exclusivo da metrópole, destinado à exploração.
O monopólio comercial foi o instrumento essencial para que a metrópole controlasse a vida econômica da colônia. Com o direito exclusivo de realizar comércio com a terra colonizada, a metrópole comprava os produtos da colônia pelo mais baixo preço e lhe vendia mercadorias pelo mais alto preço.

Colônias de exploração e de povoamento

A colonização da América, iniciada no século XVI, não foi igual em todas as partes do continente.
Nas regiões de clima quente, as metrópoles europeias estabeleceram um rígido sistema de exploração colonial. Podiam obter das colônias produtos tropicais (cana-de-açúcar, algodão, tabaco) para vende-los a preços elevados na Europa, onde eram escassos, garantindo grandes lucros.
As regiões de clima semelhante ao europeu não despertaram o mesmo interesse dos Estados mercantilistas, pois não ofereciam retorno comercial imediato. Nessas áreas, desenvolveu-se um tipo de colonização mais voltado ao povoamento.
Assim, na colonização do continente americano, estabeleceram-se dois tipos básicos de colônias:
·         De exploração – tipicamente enquadradas na estrutura do sistema colonial mercantilista. Exemplo: Brasil e várias regiões da América Latina, colonizadas por Espanha e Portugal;
·         De povoamento – não se enquadravam no sistema colonial mercantilista. Exemplo: norte e centro dos Estados Unidos, colonizados por imigrantes ingleses.

Texto retirado de: Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral – Volume Único – 8. Ed. São Paulo : Saraiva, 2005.  Pags. 186,187,188.




EXERCÍCIOS

1.      De que forma o sistema colonial permitia o enriquecimento das metrópoles?
2.      Aponte as diferenças entre as colônias de povoamento e as de exploração.
3.      O que é o mercantilismo?
4.      O que é a prática metalista?
5.      O que é a balança comercial favorável?
6.      Como os Estados mercantilistas praticavam o protecionismo?
7.      O que é intervenção estatal?
8.      Como era a relação entre metrópole e colônia no sistema colonial mercantilista?
9.      O que é monopólio comercial?
10.  Devido ao choque de interesses, qual medida foi adotada pelos Estados mercantilistas europeus?

Para 17/06 em almaço (manuscrito) ou no papel A4 (digitado). Somente as perguntas e respostas.