A
Grécia Antiga é considerada pelos historiadores como uma civilização de
grande esplendor cultural. Os gregos desenvolveram a filosofia, as
artes, a tecnologia, os esportes e muito mais. Tamanha era a importância
desta cultura, que os romanos, ao invadir a Península Balcânica, não
resistiram e beberam nesta esplêndida fonte cultural. Vejamos os
principais elementos da cultura grega.
Artes Plásticas
Os
gregos eram excelentes escultores, pois buscavam retratar o corpo
humano em sua perfeição. Músculos, vestimentas, sentimentos e expressões
eram retratados pelos escultores gregos. As artes plásticas da Grécia
Antiga influenciaram profundamente a arte romana e renascentista.
Filosofia
A
cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante
a o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos
pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana,
os comportamentos e sentimentos. Podemos destacar como principais
filósofos gregos Platão e Sócrates. Podemos citar também Tales de
Mileto, importante filósofo, matemático e astrônomo da Grécia Antiga.
Esportes
Foram
os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em
quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses,
principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades
gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação,
corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas
eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.
Mitologia
Para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e lendas.
As estórias eram transmitidas oralmente de geração para geração. A
mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras
mitológicas. Os mitos mais conhecidos são: Minotauro, Cavalo de Tróia,
Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.
Teatro
Os
gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em
anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As
comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e
os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais
importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga.
Introdução Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo.
Este sistema terminou com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Principais características e ideias do fascismo:
- Totalitarismo: o sistema fascista era antidemocrático e concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade.
- Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na idéia de que só o que é do país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das outras, que são consideradas inferiores.
- Militarismo:
altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra.
Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as
outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.
- Culto à força física: Nos países fascistas, desde
jovens os jovens eram treinados e preparados fisicamente para uma
possível guerra. O objetivo do estado fascista era preparar soldados
fortes e saudáveis.
- Censura: Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos.
Nenhuma notícia ou idéia, contrária ao sistema, poderia ser veiculadas
em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que arriscavam criticar o
governo eram presos e até condenados a morte.
- Propaganda:
os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema,
revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de
Hitler eram constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão.
Desfiles militares eram realizados para mostrar o poder bélico do
governo.
- Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas
perseguiram, enviaram para campos de concentração e mataram milhões de
judeus, ciganos, homossexuais e até mesmo deficientes físicos e mentais.
- Anti-socialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista. Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.
Curiosidade:
-
Embora Itália e Alemanha tenham sido os exemplos mais nítidos de
funcionamento do sistema fascista, em Portugal (governo de Salazar) e
Espanha (governo de Francisco Franco), neste período, características
fascistas se fizeram presentes.
O fascismo na atualidade:
Embora
tenha entrado em crise após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos
da ideologia fascista ainda estão presentes em alguns grupos e partidos
políticos. Na Europa, por exemplo, existem partidos políticos que
defendem plataformas baseadas na xenofobia (aversão a estrangeiros).
A
crise socioeconômica da Itália tornou-se grave a partir do fim da
Primeira Guerra Mundial. Embora tivesse terminado a guerra do lado
vitorioso, a Itália não recebeu as recompensas territoriais que lhes
foram prometidas.
O aumento da inflação, do desemprego e da fome eram alguns dos problemas que abalavam a economia italiana.
A
monarquia parlamentar, conduzida pelo rei Vítor Emanuel III, tolerava
as crescentes manifestações dos setores populares, sendo incapaz de
atender suas reivindicações.
A
alta burguesia italiana e as classes médias conservadoras, mostravam-se
apavoradas com a crescente movimentação social dos trabalhadores.
A ascensão de Mussolini
Benito
Mussolini pertencera ao Partido Socialista Italiano, tendo sido expulso
devido às suas posições oportunistas e anti-pacifistas nos anos da
Primeira Guerra Mundial.
Em março de 1919, Mussolini fundou uma organização denominada fasci di combattimento (esquadrões de combate), composta por ex-combatentes e desempregados, e contou com o financiamento de alguns industriais.
Utilizando métodos violentos e inescrupulosos contra seus opositores, desenvolveram-se, transformando-se no Partido Nacional Fascista.
Protestando
contra a crescente violência fascista, os partidos de inspiração
marxista convocaram, em agosto de 1922, uma greve geral dos
trabalhadores. Os fascistas exigiram que o governo acabasse com a greve e
restabelecesse a ordem. Impotente para controlar a situação, o governo
abriu espaço para a ação violenta dos fascistas.
Mussolini organizou em 28 de outubro de 1922, a Marcha sobre Roma,
promovendo uma passeata de cerca de 50 mil fascistas em Roma.
Pressionado, o rei Vítor Emanuel III encarregou Mussolini de formar um
novo governo, em 28 de outubro de 1922.
O governo de Mussolini
O governo de Mussolini pode ser dividido em duas grandes fases:
Consolidação do Fascismo (1922 a 1924) – Mussolini realizou um governo marcado pelo nacionalismo extremado, e pelo capitalismo. Paralelamente, fortaleceu as organizações fascistas com a fundação das Milícias de Voluntários para a segurança Nacional.
Valendo-se de todos os métodos possíveis, inclusive de fraude
eleitoral, os fascistas garantiram a vitória do Partido nas eleições
parlamentares de abril de 1924. O deputado socialista Giacomo Matteoti
denunciou as violências fascistas. Devido a sua firme oposição,
Matteoti foi assassinado em maio de 1924. A morte de Matteoti provocou
indignação popular e forte reação da imprensa política oposicionista.
Mussolini assumiu a responsabilidade histórica pelo homicídio do líder
socialista, decretando uma série de leis que fortalecia o governo.
Ditadura Fascista (1925 a 1939) –
Nos meses finais de 1925, Mussolini implantou o fascismo na Itália. Os
sindicatos dos trabalhadores passaram a ser controlados pelo Estado por
meio do sistema corporativista. Foi criado um tribunal especial
para julgar crimes considerados ofensivos à segurança do Estado.
Inúmeros jornais foram fechados, os partidos de oposição foram
dissolvidos, milhares de pessoas foram presas e outras foram expulsas do
país. A Ovra, polícia secreta fascista, utilizou os mais
terríveis tipos de violência na perseguição dos oposicionistas. Os
fascistas puniam seus adversários obrigando-os a ingerir óleo de rícino.
Mussolini empenhou-se em fazer da Itália uma grande potência
capitalista mundial. Para isso promoveu a conquista da Etiópia, em 1936,
e o revigoramento industrial. Mussolini tornou-se conhecido como o Duce, em italiano, aquele que dirige.
Ao final da Primeira Guerra Mundial, instaurou-se na Alemanha a República de Weimar, tendo como sistema de governo o modelo parlamentarista democrático. O presidente da república nomeava um chanceler, que seria responsável pelo poder Executivo. Quanto ao poder Legislativo, era constituído por um parlamento (Reichstag).
O
governo republicano alemão enfrentava uma série de dificuldades para
superar os problemas sociais e econômicos gerados pela guerra. O Tratado
de Versalhes impunha à Alemanha uma série de obrigações extremamente
duras.
Mesmo
retomando o desenvolvimento industrial, o país sofria com o elevado
índice de desemprego e altíssimas taxas inflacionárias. Entusiasmados
com o exemplo da Revolução Russa, importantes setores do operariado
alemão protestavam contra a exploração capitalista.
Em janeiro de 1919, importantes líderes comunistas, como Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht promoveram
a insurreição do proletariado alemão contra o regime capitalista. Rosa
Luxemburg e Karl Liebknecht foram assassinados por um grupo de oficiais
de direita.
A burguesia alemã temia a expansão do movimento socialista e passou a fornecer apoio a um pequeno partido liderado por Adolf Hitler.
A ASCENSÃO DE HITLER
Nascido
em Braunau, na Áustria, Hitler (1889-1945) teve uma juventude marcada
por mágoas, fracassos e dificuldades financeiras, Residiu em Viena, de
1909 a 1913, quando, então, transferiu-se para Munique.
No ano seguinte alistou-se como voluntário no Exército alemão. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi condecorado com a Cruz de Ferro, medalha atribuída como recompensa por mérito militar.
Terminada
a guerra, Hitler retornou a Munique. Em setembro de 1919, filiou-se ao
Partido dos Trabalhadores Alemães, fundado em 1919. Em 1920, esse
partido passou a se chamar Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Pouco tempo depois, Hitler tornou-se chefe do partido. Com as letras iniciais foi formada a sigla NAZI, de onde deriva o termo nazismo.
Em 1923, Hitler tentou organizar uma rebelião contra o governo, mas foi imediatamente reprimido pelas forças do governo.
Condenado à prisão, Hitler escreveu, durante o tempo em que passou na prisão, parte do livro Mein Kampf (minha luta). Em 1940, a venda do livro já chegava a seis milhões de exemplares.
Hitler foi libertado oito meses após sua condenação, dedicando-se ao crescimento e à estruturação do Partido Nazista.
O
nazismo foi difundido através do talento oratório de Hitler, das
publicações do partido e do uso de meios espetaculares para influenciar a
opinião pública.
Von Hindenburg
foi eleito presidente da República de Weimar em 1925, mas não conseguiu
superar as dificuldades que encontrou. A grave crise do capitalismo de
1929 arruinou ainda ,mais a situação alemã, colaborando para que os
nazistas conquistassem a vitória no parlamento alemão.
A
alta burguesia pressionou o presidente a convidar Hitler para o cargo
de chanceler. O Partido Nazista representava a solução para a crise do
sistema capitalista.
O governo de Hitler
Hitler
assumiu o cargo de chanceler em 30 de janeiro de 1933. Os principais
métodos utilizados pelo nazismo foram a violência brutal ou opressiva
contra seus opositores.
Em
27 de fevereiro, grupos de nazistas, incendiaram secretamente a sede do
parlamento alemão. O incêndio, entretanto, foi atribuído ao Partido
Comunista.
Em
março de 1933, depois de o Partido Nazista obter nova vitória nas
eleições para o Reichstag, Hitler conseguiu que o presidente Hindenburg
decretasse a dissolução do parlamento alemão. Então, o poder Legislativo
passou a ser exercido pelo Executivo.
O uso da violência contra seus inimigos do nazismo ficava a cargo principalmente da Gestapo (polícia secreta do Estado), dirigida pelo sanguinário Heinrich Himmler.
A propaganda de massa feita pelo nazismo era conduzida por Joseph Goebbels,
que exercia severo controle sobre as instituições educacionais e sobre
os meios de comunicação. Os professores e profissionais de comunicação
somente estavam autorizados a dizer aquilo que os nazistas queriam
ouvir.
Goebbels tinha o seguinte princípio: Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade.
Em
dezembro de 1933, o Partido Nazista foi transformado no único partido
do Estado alemão. Nove meses depois, com a morte do presidente
Hindenburg, Hitler assumiu a presidência do país.
Exercendo
total controle sobre a sociedade alemã, o governo de Hitler dedicou-se à
reabilitação econômica do país. Mereceu atenção especial a indústria de armamentos de guerra. Desrespeitando as proibições do Tratado de Versalhes.
1- Quais eram os problemas socioeconômicos enfrentados pela Alemanha após o fim da Primeira Guerra Mundial? 2- "Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado.” Cite a característica e explique essa frase dita por Benito Mussolini. 3- Por que parte da população europeia (no caso, alemães e italianos) composta por industriais, latifundiários e banqueiros apoiaram o nazifascismo? 4- Associe o papel das tropas paramilitares ao militarismo característico do nazifascismo. 5- Explique como Hitler e Mussolini conquistaram o poder na Alemanha e Itália, respectivamente.
Digitado ou manuscrito, entregar em folha de almaço ou papel sulfite A4. Não aceitarei o trabalho em folha de caderno. Data de entrega: 15/09 (segunda-feira).
Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial.
O país criou um novo estilo de vida: o american way of life.
Esse estilo de vida caracterizava-se pelo grande aumento na aquisição
de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos
industrializados.
Entretanto, os EUA sofreu grande abalo em 1929, quando mergulhou numa terrível crise, de repercussão mundial.
Terminada
a guerra, os países europeus voltaram a organizar e a desenvolver sua
estrutura produtiva. Para isso, acabaram reduzindo as importações de
produtos americanos. O ritmo de produção industrial e agrícola dos
Estados Unidos continuava a crescer aceleradamente.
Por
sua vez, Inglaterra, França e Alemanha foram atualizando rapidamente
seus métodos industriais. Isso colaborou para aumentar o desequilíbrio
entre o excesso de mercadorias produzidas e o escasso poder aquisitivo
dos consumidores. Configurava-se assim uma conjuntura econômica de superprodução capitalista.
O crack da Bolsa de Valores de Nova York
A crise de superprodução teve como um de seus grandes marcos o dia 29 de outubro de 1929, dia do crack da Bolsa de Valores de Nova York,
que representava o grande termômetro econômico do mundo capitalista. As
ações das grandes empresas sofreram uma queda vertiginosa, perdendo
quase todo o seu valor financeiro.
As
empresas foram forçadas a reduzir o ritmo de sua produção. Em função
disso, promoveram a demissão em massa de seus funcionários. Terminava o
sonho do american way of life. Durante a crise somou-se 15 milhões de desempregados.
O crack
da Bolsa de Valores de Nova York abalou o mundo inteiro. Os Estados
Unidos não podendo vender também deixaram de comprar e isso afetou
também o Brasil, que dependia das exportações de café para os Estados
Unidos.
Com
a crise, grande parte do volumoso estoque de café produzido no Brasil
ficou sem mercado consumidor. O Brasil não conseguiu conter o desastre
econômico que abalou a classe cafeicultora, e por consequência abalou as
próprias estruturas políticas da República Velha, abrindo caminho para a
Revolução de 1930, que levaria Getúlio Vargas ao poder.
New Deal: a reação à crise
Nos primeiros anos do governo do presidente Franklin Delano Roosevelt, os Estados Unidos adotaram o New Deal, um conjunto de medidas destinadas à superação da crise. O New Deal foi inspirado nas ideias do inglês John Keynes.
Dentre as principais medidas adotadas pela política econômica do New Deal, destacam-se:
Controle governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas.
Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas.
Realização de um grande programa de obras públicas.
Criação de um seguro-desemprego.
Recuperação industrial.
O avanço dos regimes totalitários
Em
diversos países europeus, a crise do capitalismo provocou efeitos mais
ou menos desastrosos. Sofreram com o aumento do desemprego, a elevação
dos preços, a redução do poder aquisitivo e a desorganização da produção
econômica.
Os
setores mais explorados da população passaram a reclamar de forma mais
contundente soluções sociais que melhorassem suas condições de vida.
Os regimes democráticos revelaram-se incapazes de solucionar os grandes problemas socioeconômicos da época.
Havia ainda outro importante fator que promoveu o recuo do liberalismo.
Era o medo alimentado pelas classes dominantes da expansão dos
movimentos socialistas, revigorados pelo exemplo da Revolução Russa.
Os
partidos de orientação marxista, representavam uma terrível ameaça aos
interesses dos grandes banqueiros e industriais. Para salvar esses
interesses, apoiou a ascensão de regimes totalitários, que prometiam estabelecer a ordem e a disciplina social. Exemplos marcantes desse processo foram o desenvolvimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha.
1- Como era a situação econômicada Europa após a Primeira Guerra Mundial? 2- Como os Estados Unidos da América se tornam a maior potência econômica mundial? 3- Em que se baseava o "american way of life"? 4- O que foi o crack/crash da Bolsa de Valores de Nova York? Como ocorreu? 5- Quais foram as medidas adotadas pelo New Deal?
Digitado ou manuscrito, entregar em folha de almaço ou papel sulfite A4. Não aceitarei o trabalho em folha de caderno. Data de entrega: 15/09 (segunda-feira).
O estudo desse período baseia-se na interpretação de duas obras - a Ilíada
e a Odisséia - atribuídas a Homero. Daí o período chamar-se
Homérico. São os únicos registros escritos (embora tenham sido
produzidos bem depois dessa época) que se tem sobre a civilização grega, dos
quais são descritos diversos aspectos dessa civilização.
Em linhas gerais, a Ilíada narra a tomada de Tróia pelos gregos (aqueus).
O poema descreve o décimo ano do conflito até a derrota final dos troianos e a
destruição da cidade. Após o incidente do "cavalo de Tróia", os
aqueus saquearam e destruiram Tróia e regressaram à Grécia aproximadamente em 1.400 a. C. A Odisséia
descreve o retorno conturbado do guerreiro Ulisses (ou Odisseu) ao seu
reino de Ítaca.
Apesar de atribuídas a um mesmo autor - Homero -, a Ilíada e a Odisséia são
muito diferentes no vocabulário, no estilo e nos acontecimentos. Também é
preciso levar em conta as diversas interpretações feitas pelos aedos,
que transmitiam os poemas oralmente.
Para serem memorizados, esses poemas eram cantados, até que no século
V a. C. houve o registro desses poemas.
Após destruir Tróia, a civilização micênica (como eram chamados os gregos)
expandia-se em direção à Ásia. Neste momento começou uma nova invasão na
Grécia. Chegaram os dórios, último grupo de povos arianos a penetrar em
território grego. Mais aguerridos, ainda nômades, conhecedores de armas de
ferro, os dórios arrasaram as cidades gregas. Micenas ficou em ruínas.
A população fugiu e se espalhou. Muitos se retiraram para lugares afastados,
protegidos dos dórios, no interior do território. Outros fugiram para o
exterior: numerosas colônias fundadas por gregos surgiram assim nas costas da
Ásia Menor e em outros lugares do Mar Mediterrâneo. Esse processo de dispersão
recebeu o nome de Diáspora e esta foi a primeira Diáspora Grega.
Com a chegada dos dórios, começou um novo período na história da Grécia. A
vida urbana desapareceu. A população regrediu para uma vida mais primitiva,
voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a
grande família ou genos.
O SISTEMA GENTÍLICO E A FORMAÇÃO DA PÓLIS
O genos era a unidade básica de produção, formada por um
grupo de pessoas aparentadas por laços consanguíneos e descendentes de um
antepassado comum. A economia gentílica, agropastoril, baseava-se na
propriedade comunitária da terra. A sociedade era igualitária e se
caracterizava pela inexistência de classes. A autoridade política, baseada na
religião e na tradição, era exercida pelo pater, o mais velho dos membros do
genos. A reunião de diversos genos formava uma frátria e a reunião de várias
frátrias, uma tribo.
Ao fim do Período Homérico, o crescimento demográfico e a
falta de terras férteis provocaram uma crise, cuja consequência foi a
desagregação da comunidade gentílica. As terras coletivas foram, desigualmente,
divididas pelo pater, disso resultando o surgimento da propriedade privada e
das classes sociais. A substituição da propriedade coletiva pela propriedade
privada da terra deu origem a uma poderosa aristocracia rural (eupátridas), a
um contingente de pequenos agricultores e a uma maioria de despossuídos. Uma
parte desses últimos passou a trabalhar para a aristocracia, outra dedicou-se
ao comércio e ao artesanato, os restantes deixaram a Grécia e fundaram
numerosas colônias nos mares Negro e Mediterrâneo.
Data da época da desagregação da comunidade gentílica a
formação das cidades-estados (pólis), cujo crescimento estava ligado à expansão
das atividades agrícolas, comerciais e artesanais. A pólis surgia geralmente em
torno de uma cidadela fortificada, a acrópole, construída sobre um rochedo ou
ponto elevado. A cidade-estado possuía um governo autônomo, autossuficiência
econômica e independência política em relação a outras cidades-estados. A área
de domínio das cidades-estados abrangia também as terras situadas em suas
adjacências. Cada pólis era governada por um rei, o basileus, assessorado por
um conselho de nobres, formado por representantes da aristocracia. Existia, ainda,
uma assembleia popular, da qual participavam os cidadãos. Somente estes tinham
direitos civis e políticos. Eram homens livres, com participação ativa na vida
da pólis. Os estrangeiros e os escravos, embora mais numerosos que os cidadãos,
não possuíam direitos civis ou políticos.
O processo de emigração do século VIII a.C., em decorrência
da desintegração do genos, conhecido como Segunda Diáspora Grega, marcou o fim
do período Homérico. Limitado, até então, à Grécia, às ilhas do Egeu e ao
litoral da Ásia Menor, o mundo grego, no período Arcaico, se estendeu para o
Oriente e para o Ocidente. Numerosas colônias surgiram nos mares Negro e
Mediterrâneo. Os gregos fundaram Bizâncio, no estreito de Bósforo e Odessa, no
Ponto Euxino. Ao sul da Itália e na Sicília, denominados Magna Grécia, surgiram
Siracusa, Tarento, Nápoles, Síbaris e Crotona. Ao sul da França, apareceram
Nice, Mônaco e Marselha. Ao norte da África, foram edificadas Cirene, na Líbia,
e Náucratis, no Egito. Na ilha de Chipre foi fundada Nicósia. Essas colônias,
cuja economia foi inicialmente agrária, desenvolveram depois com a Grécia um
amplo comércio marítimo.
Situada no Mar Egeu, Creta ocupava uma posição central em relação ao Egito, à Grécia e à Ásia Menor e era a maior ilha do mar Egeu. Seu território era formado por maciços montanhosos e, ao contrário do Egito e da Mesopotâmia, em
Creta não existia grande rio que fertilizasse o solo e que tornasse
possível a sobrevivência de sua população, através da agricultura. O relevo montanhoso era compensado por um litoral em que existiam excelentes portos, o que favorecia a navegação, a pesca e o comércio.
A origem da civilização cretense é incerta. É provável que a ilha tenha
sido povoada por volta de 3000 a. C. por grupos vindos da Anatólia e da
Síria. Com o tempo, o crescimento demográfico, agravado pela falta de
terras férteis, obrigou parte da população a emigrar, fundando colônias
nas ilhas do Egeu, nas costas da Ásia Menor e no sul da Grécia
(Peloponeso). Aqueles que permaneceram em Creta, sobreviveram,
dedicando-se à industria, ao comércio e à navegação.
Creta viveu, entre 2000 e 1200 a. C. , o processo de ascensão e queda de sua civilização. O período de apogeu foi marcado pela edificação das cidades de Cnossos, Faístos, Mânlia e Gúrnia, na ilha de Creta, assim como pela fundação das colônias de Micenas e Tirinto, na Grécia, e de Tróia
(Ílion) na Ásia Menor. Nessa época, a frota cretense dominava toda a
bacia oriental do Mediterrâneo e suas atividades comerciais se estendiam
do sul da Itália até o mar Negro. Entre as realizações artísticas dessa
fase de prosperidade destacou-se a construção do grande Palácio de
Cnossos - o Labirinto -, célebre pela complexidade de sua estrutura e
por sua grande rede de corredores. A decadência de Creta data de 1500 a.
C., quando os aqueus, indo-europeus, que invadiram a Grécia,
conquistaram as cidades de Micenas e Tirinto, assimilaram sua cultura e
deram origem à civilização creto-micênica. Em 1400 a. C. , os aqueus
conquistaram a ilha de Creta e, em 1200 a. C. , destruíram a cidade
Tróia, na Ásia Menor. A Guerra de Tróia serviu de tema para a Ilíada,
poema épico de Homero e obra-prima da literatura grega.
A CIVILIZAÇÃO CRETENSE
A civilização cretense possuía uma economia baseada no comércio marítimo, uma sociedade que não praticava a discriminação feminina e um regime político-teocrático. Os cretenses possuíam, ainda, três sistemas de escrita, grande talento e sensibilidade nas artes plásticas e uma religião essencialmente matriarcal e baseava-se na adoração de uma divindade feminina, a Deusa-Mãe, que dominava a terra, o céu e o mar.
A
industria e o comércio marítimo foram as principais atividades
econômicas de Creta. Na industria, desenvolveram-se os ramos da
metalurgia, cerâmica, ourivesaria (fabricação de ouro) e fabricação de
armas de luxo. O comércio era realizado com o Egito, Grécia, Ásia Menor,
Chipre, Fenícia e Síria. As exportações (vendiam) eram de cerâmica,
jóias, vinho e azeite; as importações (compravam) eram de ouro, prata,
tecidos, marfim, estanho e cobre. Na sociedade cretense, as mulheres ocupavam posição social de destaque, não eram objeto de discriminação e desfrutavam de uma situação de igualdade
em relação aos homens. Outro fato curioso foi o reduzido papel que a
escravidão desempenhou nessa sociedade. Os cretenses apreciavam a
música, a dança e os esportes. O regime político era a monarquia teocrática, que se caracterizava, como no Egito e na Mesopotâmia, pela vinculação entre o Estado e a religião.
A TALASSOCRACIA
A capital da talassocracia cretense ("governo do mar", "império marítimo") era a cidade de Cnossos. Minos, mais que um rei, parece ter sido um título equivalente a faraó. A talassocracia consistia no controle marítimo e comercial das ilhas do Mar Egeu. Os comerciantes das demais ilhas do Egeu e das regiões do Peloponeso, Ática e Ásia Menor deveriam pagar impostos para Creta por utilizarem o mar Egeu para o comércio.
Os
cretenses desenvolveram três sistemas de escrita: pictográfico, linear A
e B. Essas escritas facilitavam o comércio. Os cretenses também se
destacavam por sua arquitetura (Palácio de Cnossos), na escultura, na
confecção de preciosas miniaturas, e na pintura com seus afrescos e
murais, que atingiu seu maior grau de expressão.
Linear B
Fontes: MELLO, Leonel I. A. e COSTA, Luís C. A. História Antiga e Medieval. Ed. Scipione
FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. Ed. Contexto
EXERCÍCIOS
1- Quais foram as condições adversas que impossibilitaram a sobrevivência da população cretense através da agricultura? 2- Quais fatores levaram os cretenses a fundar colônias fora da ilha de Creta? 3- Explique o que foi a talassocracia cretense. 4- Faça uma relação entre a religião cretense e a igualdade e o papel de destaque que as mulheres exerciam. 5- Destaque as principais atividades econômicas e artísticas da civilização cretense.
Data de entrega: 16/09 Em
folha de almaço ou digitado no sulfite A4. Será descontado nota caso o
aluno entregue fora do prazo ou em outro tipo de folha.