A queda do
Império Romano
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No século III d.C., o vasto Império Romano
abrangia territórios da Europa, Norte da África e Ásia
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A unidade política, econômica, cultural e
territorial era garantida através de uma extensa malha de estradas e seu
numeroso exército.
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Porém, devido a aspectos internos e
externos, esse imenso império ruiu em 476 d.C., quando Odoacro, chefe dos
hérulos, derrotou o último imperador e Roma capitulou.
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Dentre os aspectos internos, vale destacar:
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Questão
militar: os gastos militares elevaram à medida que o
território era ampliado durante as guerras de expansão; e para manter
organizado, era necessário distribuir terras aos soldados para que não ficassem
descontentes por lutarem durante anos. Na falta de terras e de dinheiro, o
Império começa a emitir dinheiro, gerando um forte processo inflacionário.
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Questão
agrícola: devido a diminuição das guerras, Roma apresenta um
elevado crescimento populacional, e as atividades agrícolas não são suficientes
para atender à demanda. Acrescenta-se o fato de que os latifúndios começaram a
se tornar pequenas propriedades, e manter muitos escravos trazia prejuízo. Para
sair da crise, os latifundiários adotam o sistema de arrendamento. Os
camponeses passaram a utilizar para seu sustento um pedaço de terra arrendado.
Em troca eram obrigados a trabalhar alguns dias por semana na terra do
proprietário. Alguns escravos também tinham lotes, tornando-se colonos. Na
realidade, o colono não era completamente livre, mas preso à terra e a seu dono
por laços pessoais e jurídicos muito rígidos.
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Questão
Escravista: a falta de guerras ocasiona a falta de
escravos. Embora houvessem milhares de escravos que começam a lutar por
direitos políticos. Lutavam pela liberdade e conquista de terras. A revolta
mais conhecida foi liderada por Espartaco em 71 a.C. Quando não se podia mais
espoliar os vencidos nas guerras, o número de escravos diminuiu e seu preço
aumentou.
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Questão
Religiosa: a ascensão do
Cristianismo prejudicou o exército, pois os cristãos não queriam se
alistar, consideravam a liberdade um dom natural e a libertação dos escravos um
ato piedoso. Não respeitavam algumas instituições romanas, principalmente as
religiosas.
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Questão
Administrativa: com a ruralização da economia, a cobrança
e a arrecadação de impostos se tornou mais difícil. As cidades entraram em
crise e o Estado aumentou os impostos e encarregou os grandes proprietários de
cobrá-los. Dessa forma, o sistema tributário ficou descentralizado. Diocleciano
dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente e Império Romano
do Oriente.
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Migrações
Germânicas: os povos germânicos invadiram o
território germânico em busca de terras férteis e fugindo das guerras em seu
território. Esse movimento foi pacífico e depois através de violentas agressões
aos romanos.
Reinos Germânicos
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Dos reinos germânicos que redesenharam o a
geopolítica europeia, apenas o Reino dos Francos permaneceu centralizado devido
às crises e questões enfrentadas pelos demais povos germânicos que envolviam
religião, costumes e fragmentação territorial em lideranças políticas e
militares (comitatus). Os Francos receberam o apoio de latifundiários cristãos,
necessário para frear a expansão islâmica na Batalha de Poitiers em 732.
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O Reino Franco estabeleceu, sob a
liderança dos prefeitos do palácio, uma aliança com a Igreja Católica. Mais
tarde, com a dinastia Carolíngia, houve a confirmação dessa aliança (coroação
de Carlos Magno e os Estados Pontifícios) e o Renascimento Carolíngio:
valorização da cultura greco-romana. Apesar da fragmentação
político-administrativa de Carlos Magno (marcas, condados e ducados), o Império
Carolíngio permaneceu forte até o Tratado de Verdum, em 843. Surge então 3
reinos: o de Carlos, o Calvo; o de Luís, o Germânico e o de Lotário.
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