CRUZADAS
Contexto:
final do século XI: 1095
Embora
dividida pelo Cisma do Oriente
(1054), a Igreja Católica se manifesta em defesa de Constantinopla e reagindo à
Expansão Islâmica.
Teocentrismo:
crises econômicas, desigualdade, epidemias e catástrofes sofriam interpretação
religiosa.
Islâmicos
em Jerusalém: turcos seljúcidas perseguindo cristãos e destruição do Santo
Sepulcro.
Válvula
de Escape: Tensões sociais na Europa feudal. As Cruzadas se aproveitaram do
intenso deslocamento populacional durante o século XI motivado pela falta de
terras e dificuldades climáticas.
Papa
Urbano II convoca os europeus a expulsarem os “infiéis” da “Terra Santa” durante o Concílio de Clermont-Ferrand em 1095.
MOTIVAÇÕES:
·
Para a Igreja: expansão religiosa e
controle cultural.
·
Para os servos: perdão dos pecados,
salvação.
·
Para os nobres: terras e riquezas.
·
Para os reis: prestígio e poder.
·
Para os mercadores: possibilidade de
reabrir rotas comerciais e comércio com o Oriente.
Reconquista
ou Cruzadas Ibéricas: expulsão dos mouros (muçulmanos) da Península Ibérica,
processo concluído somente em 1492. Resultou na centralização monárquica de
Portugal (1143) e Espanha (1492).
8
Cruzadas oficiais.
As
8 Cruzadas
Entre
os séculos XI e XIII ocorreram 8 cruzadas, com a participação de senhores e
reis de várias nações cristãs do continente europeu.
A Primeira Cruzada (1096-1099)
É
também conhecida como “Cruzada dos Nobres”. Foi organizada durante o ano de
1096, com a partida dos nobres no outono daquele mesmo ano. Em abril de 1097,
estavam em Constantinopla solicitando o apoio do imperador bizantino Aleixo
Comneno.
Os
nobres tinham o objetivo de alcançar Antioquia e, no
caminho, tomaram a cidade de Nicéia, que estava sob domínio turco. Continuam a
sua jornada e seguem o seu caminho rumo a Jerusalém.
Os
cruzados conseguem escalar as muralhas de Jerusalém e invadem a Terra Santa,
provocando um massacre. Após a vitória, estabeleceram quatro estados cristãos:
o Condado de Edis, o Principado de Antioquia, o Condado de Trípoli e o Reino de
Jerusalém.
A Segunda Cruzada (1147-1148)
Também
conhecida como “Cruzada dos Reis”, foi pregada por Eugênio III e São Bernardo,
contando com a participação do Rei Luis VII da França e Conrado III da
Alemanha.
Esta
cruzada não obteve êxito. O Rei Luis VII atravessou o território inimigo em
pleno inverno, o que causou a morte de muitos homens devido ao frio e à fome.
Depois
de outra tentativa falha, ao tentar sitiar Damasco e cometer mais erros
estratégicos, os exércitos cruzados desistem e retornam para a Europa.
A Terceira Cruzada (1189-1192)
Com
o apoio do papa Inocêncio III, os reis Filipe Augusto (França), Ricardo Coração
de Leão (Inglaterra) e Frederico Barba-Roxa (Sacro-Império) resolveram partir
para uma Nova Cruzada.
Barba-Roxa
lutou e venceu os muçulmanos, mas, logo depois morreu afogado ao atravessar um
rio a caminho de Jerusalém. Sem a sua liderança, o enorme exército rapidamente
se desintegrou.
Após
algumas batalhas, Jerusalém manteve-se sob o poder dos turcos.
A Quarta Cruzada (1202-1204)
Não
alcançou os objetivos, pois chegou a Constantinopla, mas desistiu de seguir até
Jerusalém. Após a invasão a Constantinopla, os cruzados e venezianos formaram o
Império Latino de Constantinopla, alcançando o domínio do monopólio do
comércio.
A Cruzada das Crianças
Em
1212 foi organizada uma expedição formada por crianças, pois acreditava-se que,
por serem puras (sem pecados), elas seriam recompensadas por Deus.
Durante
o percurso até a Palestina, algumas crianças afogaram-se numa tempestade e o
restante foi vendida como escravas.
A Quinta Cruzada (1217-1221)
Cristãos
de vários países europeus se reuniram em São João D’Arce para uma
nova tentativa de reconquistar Jerusalém. Deixam o Egito sem alcançar
o seu objetivo.
A Sexta Cruzada (1228-1229)
Liderada
por Frederico II, nesta expedição os cruzados conseguiram negociar com os
muçulmanos, que também estavam divididos e cansados das lutas. As negociações
duraram todo o inverno e selou-se um acordo de paz, no qual os cristãos conseguiram
as cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré.
A Sétima Cruzada (1248-1250)
A
conquista de Frederico foi breve (Jerusalém foi reconquistada pelos muçulmanos
em 1234) e o Rei Luis IX (França) resolve organizar uma nova Cruzada.
Não
houve êxito na empreitada, e Luís e todo seu exército foram cercados e feito
prisioneiros. Os nobres pagaram pela sua liberdade, já os demais foram vendidos
como escravos ou mortos em batalha.
A Oitava Cruzada (1270)
Durante
os anos de 1265 e 1268, os egípcios mamelucos conquistaram vários territórios.
O rei francês Luis IX retoma o espírito das Cruzadas, no entanto, agora o
objetivo era a conversão do Emir de Tunis.
Nenhuma
das cruzadas obteve o sucesso esperado e foram abandonadas.
Antissemitismo:
pogroms contra os judeus levaram a suicídios coletivos.
Confronto
com bizantinos.
Cruzada
dos Mendigos ou Cruzada Popular (Pedro, o Eremita)
Cruzada
das Crianças ou Cruzada dos Inocentes (carregada de controvérsias).
Domínio
na Terra Santa durou menos de 100 anos (1099-1187).
CONSEQUÊNCIAS:
Fracasso
militar
Choque
cultural possibilitou o Renascimento Comercial e Urbano através da reabertura
das rotas comerciais.
Vídeo-aula do canal Parabólica sobre as Cruzadas.