Imperialismo é a prática de ocupação, dominação política, econômica, militar e cultural que um país exerce sobre outro.
FIM DO SÉCULO XIX: O progresso das indústrias gera desenvolvimento tecnológico nos setores dos transportes e comunicação.
* Descoberta de novas fontes de energia (petróleo, carvão mineral) facilitam e impulsionam o setor fabril.
*
O crescimento industrial traz como consequência uma acirrada disputa de
mercados, onde o Estado tem o papel de proteger os investimentos da
burguesia capitalista, ou seja, os governos das potências européias
adotam políticas econômicas contrárias ao Liberalismo (Estado Mínimo), e
interferem para frear as importações de produtos industrializados nos
seus países, utilizando tarifas e barreiras protecionistas, e dessa
forma alteram positivamente suas balanças comerciais (exportam mais e
importam menos).
INTERFERÊNCIA ESTATAL NA ECONOMIA
- barreiras protecionistas, sanções e embargos econômicos
- ao mesmo tempo promove o liberalismo
-
a burguesia industrial trava uma guerra contra ela mesma, pois cada
país enfrenta o outro economicamente, e essa disputa acirrada por
mercados gera um nacionalismo exaltado, com a contribuição de uma
imprensa sensacionalista
- capitalismo selvagem: as maiores
empresas capitalistas começam a se organizar em trustes, cartéis e
holdings, baixam seus preços até quebrarem empresas menores
* Nesse cenário, surge a necessidade de:
- colonizar (expropriar, explorar)
- abrir novos mercados consumidores, para escoar a produção industrial
- garantir por preços baixos: matérias-primas, fontes de energia e mão-de-obra barata
-
deixar a balança comercial positiva: aumentar os fluxos de exportações e
dificultar a entrada de produtos. Nesse caso, os avanços tecnológicos e
a infra-estrutura das malhas ferroviárias ganham grande importância.
* Onde colonizar? (Neocolonialismo)
* Como
a África era um continente politicamente frágil e rico em recursos
minerais, as potências européias voltaram seus olhos para o continente
africano. O rei Leopoldo I da Bélgica fez da região central da África,
no Congo, seu território particular, onde explorava, torturava e
exterminava milhões de nativos, utilizados como mão-de-obra escrava para
retirar riquezas incalculáveis em borracha, marfim, ouro, etc.
*
Vale lembrar que parte do continente africano já havia sido colonizado
no século XV pelos portugueses e espanhóis (período conhecido como
Colonialismo).
* Inglaterra e França são as principais potências
industrializadas da Europa. A Alemanha e a Itália seguem atrás devido
aos seus tardios processos de unificação territorial.
* Os
europeus criam teorias para justificar a colonização: uns afirmam que a
desigualdade dos homens e das raças é algo irrevogável, outros criam
teorias racistas dizendo que os europeus são superiores aos negros e
asiáticos, que são primitivos e atrasados, e cabia aos europeus o papel
de levar a "civilização" para os africanos e asiáticos.
*
Importante ressaltar que os europeus levaram ódio, guerra, morte
e doenças para a África. Exploraram, mataram, roubaram o povo e as
riquezas do continente africano. O mesmo aconteceu na Ásia.
* Os avanços tecnológicos, sobretudo as armas, facilitaram essa dominação imposta.
*
Em 1885 acontece a Conferência de Berlim, onde as potências
industriais européias dividem a África entre elas, sem o consentimento
dos povos africanos e sem respeitar a pluralidade étnica ali existente.
Ainda hoje, existem regiões da África em conflitos bélicos internos, com
gigantescos problemas estruturais, fragilidade e instabilidade política
devido à prática imperialista dos países europeus.
* Nesse
Congresso, a Inglaterra (Rodésia, União Sul-Africana, Nigéria, Costa do
Ouro, e Serra Leoa) e a França ( Argélia, Tunísia, África Equatorial,
Costa da Somália, Madagascar) ficam com grande parte do continente
africano, a Bélgica fica com o Congo Belga, as colônias portuguesas e
espanholas são mantidas e a Itália (Líbia, Eritréia e Litoral da
Somália) e a Alemanha (Camarões, Sudoeste Africano e África Oriental)
adquirem algumas colônias.
* Na Ásia, a Inglaterra conquista
através de duas guerras o território da Índia. Os ingleses haviam tomado
a Índia dos franceses em 1763, ficando uma companhia inglesa
encarregada da exploração. Em 1858, com a Revolta dos Cipaios (nativos
que serviam nos exércitos coloniais) prontamente reprimida, a Índia
passou a integrar o Império Britânico.
* Na China, a Guerra do
Ópio (1840-1842), provocada pela destruição de carregamentos de ópio,
permitiu a conquista de Hong-Kong e de outros portos, principalmente
Xangai e Nanquim. Outras expedições militares foram organizadas a
pretexto de punir os chineses pela morte de missionários e novos portos
foram abertos. A reação contra a invasão da China partiu de uma
associação secreta (Sociedade dos Boxers) que promovia atentados contra
os estrangeiros residentes em terras chinesas. As nações européias
organizaram uma expedição conjunta para punir essa sociedade e o governo
chinês, que a apoiava; nasceu daí a Guerra dos Boxers, depois da qual a
China ficou inteiramente dominada pelas potências ocidentais.
*
Os japoneses (também industrializados) ocuparam a Coréia, os alemães a
Península de Shantung e os franceses a Indochina. Os Estados Unidos
estabeleceram um protetorado no Havaí e ocuparam Pearl Harbor. Em 1898
anexaram definitivamente o Havaí, Guam, as Ilhas Marianas e as
Filipinas. Na América ocuparam Porto Rico e após a guerra com a Espanha,
estabeleceram um protetorado em Cuba.
Por Dennys Oliveira Stefanini
"Onde colonizar? (Neocolonianismo)" retirados de ARRUDA, José Jobson de A.História Moderna e Contemporânea. Ática. pag. 200
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