ENCILHAMENTO - Janeiro de 1890, por Rui Barbosa,
ministro da Fazenda.
Objetivo:
estimular o crescimento econômico, principalmente a expansão da indústria. Com
a emissão de moedas por bancos instalados na Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e
Rio Grande do Sul, que serviriam para implantar novas indústrias e pagar os
salários dos operários. Resultado: Crise econômica e financeira devido a três
fatores:
Inflação: Os bancos emitiram muito mais dinheiro
do que o necessário, circulando quantidade de moeda superior à produção real da
economia.
Empresas-fantasmas: As exageradas emissões bancárias e a
falta de controle governamental promoveram a criação dessas empresas, surgidas
para obter o crédito facilitado dos bancos. O dinheiro emitido não se convertia
em produção.
Especulação
financeira: Muitas
pessoas, em busca do lucro fácil, compravam ações esperando sua rápida
valorização para posteriormente vende-las. Muitas empresas só existiam no
papel.
Os
cafeicultores teciam críticas a essa reforma econômica, pois consideravam que o
café deveria ser mais importante do que a indústria. Pressionado, Rui Barbosa
pediu demissão em janeiro de 1891.
REVOLTAS MILITARES NA REPÚBLICA DA
ESPADA
O mal. Deodoro
da Fonseca, apoiado pelos militares venceu com uma pequena diferença o
candidato Prudente de Moraes. Deodoro enfrentou a oposição dos cafeicultores
paulistas e de membros do exército. Sem apoio político, fechou o Congresso,
prendendo alguns líderes, em grave desrespeito à Constituição.
Contra seu
autoritarismo, enfrentou greves e a Primeira Revolta da Armada. Renunciou ao
cargo em 23 de janeiro, seu vice, Floriano Peixoto assumiu a presidência.
Floriano
Peixoto estimulou a industrialização com a importação de equipamentos
industriais e a concessão de financiamento a empresários da indústria. A reação
dos cafeicultores foi violenta. O governo proibiu os bancos de emitir moeda,
controlando a circulação monetária e para conquistar a simpatia das classes
mais baixas, Floriano adotou medidas de caráter popular: baixou o preço da carne
e dos aluguéis residenciais e aprovou uma lei que previa a construção de casas
populares.
Tinha um perfil
autoritário e enfrentou forte oposição. Treze generais enviaram carta-manifesto
exigindo a convocação de eleições presidenciáveis, sendo punidos. Essa reação
autoritária motivou a Segunda Revolta Armada: 15 navios da Marinha, ameaçaram
bombardear o Rio de Janeiro caso o presidente não convocasse novas eleições.
Com o apoio do Partido Republicano Paulista e com as tropas do Exército,
Floriano conseguiu dominar os revoltosos e se impor politicamente.
Em 1893,
eclodiu no Rio Grande do Sul, a Revolução Federalista, envolvendo dois grupos
políticos:
Partido
Republicano Rio-Grandense (PRR)
– que defendia a república e o presidencialismo. Apelidados de pica-paus, eram
positivistas e tinham o apoio de Floriano Peixoto.
Partido
Federalista – que
apoiava a república mas defendia o parlamentarismo. Pretendia revogar a
Constituição gaúcha, que naquela época permitia a reeleição indefinida do
presidente do estado (atual governador). Os federalistas, apelidados de
maragatos, contavam com muitos partidários, entre eles os tradicionais
estancieiros gaúchos.
Os federalistas
acabaram unindo-se aos rebeldes da Armada, no Rio de Janeiro, e ameaçaram
atacar o estado de São Paulo, cuja elite política representava os cafeicultores
e prestigiava o governo central.
O governo
federal enviou tropas ao sul para combater os revoltosos. Em mais de dois anos
de conflito, a Revolução Federalista causou a morte de aproximadamente 10 mil
pessoas. Terminou somente em agosto de 1895, com a vitória dos pica-paus,
durante o governo de Prudente de Morais, presidente eleito em 1º de março de
1894.
Vale lembrar,
que ainda houve outras revoltas nos primeiros anos da República: A Revolta da
Chibata (1910), A Revolta da Vacina (1904), o Tenentismo (Revolta do Forte de
Copacabana, Revoltas de 1924 e Coluna Prestes), revoltas messiânicas (Canudos
1893-1897 e Contestado 1912-1916) e a Greve Geral de 1917 e o Cangaço.
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