segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E OS REINOS GERMÂNICOS - 2ºs e 3ºs - ENSINO MÉDIO - ZENAIDE LOPES



                              A queda do Império Romano 

·         No século III d.C., o vasto Império Romano abrangia territórios da Europa, Norte da África e Ásia
·         A unidade política, econômica, cultural e territorial era garantida através de uma extensa malha de estradas e seu numeroso exército.
·         Porém, devido a aspectos internos e externos, esse imenso império ruiu em 476 d.C., quando Odoacro, chefe dos hérulos, derrotou o último imperador e Roma capitulou.
·         Dentre os aspectos internos, vale destacar:

·         Questão militar: os gastos militares elevaram à medida que o território era ampliado durante as guerras de expansão; e para manter organizado, era necessário distribuir terras aos soldados para que não ficassem descontentes por lutarem durante anos. Na falta de terras e de dinheiro, o Império começa a emitir dinheiro, gerando um forte processo inflacionário.

·         Questão agrícola: devido a diminuição das guerras, Roma apresenta um elevado crescimento populacional, e as atividades agrícolas não são suficientes para atender à demanda. Acrescenta-se o fato de que os latifúndios começaram a se tornar pequenas propriedades, e manter muitos escravos trazia prejuízo. Para sair da crise, os latifundiários adotam o sistema de arrendamento. Os camponeses passaram a utilizar para seu sustento um pedaço de terra arrendado. Em troca eram obrigados a trabalhar alguns dias por semana na terra do proprietário. Alguns escravos também tinham lotes, tornando-se colonos. Na realidade, o colono não era completamente livre, mas preso à terra e a seu dono por laços pessoais e jurídicos muito rígidos.

·         Questão Escravista: a falta de guerras ocasiona a falta de escravos. Embora houvessem milhares de escravos que começam a lutar por direitos políticos. Lutavam pela liberdade e conquista de terras. A revolta mais conhecida foi liderada por Espartaco em 71 a.C. Quando não se podia mais espoliar os vencidos nas guerras, o número de escravos diminuiu e seu preço aumentou.

·         Questão Religiosa: a ascensão do Cristianismo prejudicou o exército, pois os cristãos não queriam se alistar, consideravam a liberdade um dom natural e a libertação dos escravos um ato piedoso. Não respeitavam algumas instituições romanas, principalmente as religiosas.

·         Questão Administrativa: com a ruralização da economia, a cobrança e a arrecadação de impostos se tornou mais difícil. As cidades entraram em crise e o Estado aumentou os impostos e encarregou os grandes proprietários de cobrá-los. Dessa forma, o sistema tributário ficou descentralizado. Diocleciano dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.

·         Migrações Germânicas: os povos germânicos invadiram o território germânico em busca de terras férteis e fugindo das guerras em seu território. Esse movimento foi pacífico e depois através de violentas agressões aos romanos.


   

                                                

                                                       Reinos Germânicos

·         Dos reinos germânicos que redesenharam o a geopolítica europeia, apenas o Reino dos Francos permaneceu centralizado devido às crises e questões enfrentadas pelos demais povos germânicos que envolviam religião, costumes e fragmentação territorial em lideranças políticas e militares (comitatus). Os Francos receberam o apoio de latifundiários cristãos, necessário para frear a expansão islâmica na Batalha de Poitiers em 732.

·         O Reino Franco estabeleceu, sob a liderança dos prefeitos do palácio, uma aliança com a Igreja Católica. Mais tarde, com a dinastia Carolíngia, houve a confirmação dessa aliança (coroação de Carlos Magno e os Estados Pontifícios) e o Renascimento Carolíngio: valorização da cultura greco-romana. Apesar da fragmentação político-administrativa de Carlos Magno (marcas, condados e ducados), o Império Carolíngio permaneceu forte até o Tratado de Verdum, em 843. Surge então 3 reinos: o de Carlos, o Calvo; o de Luís, o Germânico e o de Lotário.

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