segunda-feira, 30 de março de 2015

TRABALHO - PESTE NEGRA - 7ªs Séries A e B - E. E. ZENAIDE LOPES

Assista o Documentário sobre a Peste Negra:


Atividade



Em Avignon, na França, vivia Guy de Chauliac, o mais famoso cirurgião dessa época, médico do Papa Clemente VI. Chauliac sobreviveu à peste e deixou o seguinte relato:

"A grande mortandade teve início em Avignon em janeiro de 1348. A epidemia se apresentou de duas maneiras. Nos primeiros dois meses manifestava-se com febre e expectoração sanguinolenta e os doentes morriam em 3 dias; decorrido esse tempo manifestou-se com febre contínua e inchação nas axilas e nas virilhas e os doentes morriam em 5 dias. Era tão contagiosa que se propagava rapidamente de uma pessoa a outra; o pai não ia ver seu filho nem o filho a seu pai; a caridade desaparecera por completo". E continua: "Não se sabia qual a causa desta grande mortandade. Em alguns lugares pensava-se que os judeus haviam envenenado o mundo e por isso os mataram".

Outro relato sobre a Peste Negra:

"Em breve os homens se odiavam tanto que se um filho fosse atacado pela doença seu pai não cuidaria dele. Se, apesar de tudo, ele ousasse se aproximar também se contaminaria e estaria marcado para morrer em três dias. E isso não era tudo, todos aqueles habitando a mesma casa que ele o seguiriam à morte. Conforme o número de mortes crescia em Messina muitos desejavam confessar seus pecados aos padres e expressar seus últimos desejos colocando-os em seus testamentos. Mas eclesiásticos, advogados se recusavam a entrar nas casas dos doentes. Mas se algum deles colocasse um pé dentro da casa do doente ele era imediatamente abandonado para a morte súbita. Freiras, Dominicanos e membros de outras ordens que ouviam as confissões dos moribundos eram logo subjugados pela morte tão rapidamente que alguns nem chegavam a abandonar o quarto do doente. Logo os corpos estavam largados pelas casas. Nenhum eclesiástico, nenhum filho, nenhum pai e nenhum parente ousava entrar, mas pagavam serventes altas taxas para enterrar os mortos. Mas as casas dos mortos permaneciam abertas, com todos os seus pertences, joias e ouro e todo aquele que decidisse entrar para reclamá-las o fazia sem encontrar obstáculos, pois a praga atacava com tanta veemência que em pouco tempo havia uma falta de serventes e finalmente não havia nenhum”.

Elabore um texto analisando o contexto histórico, as condições de saneamento básico e os aspectos sociais e culturais da Europa do século XIV. Seu texto deve conter informações sobre os flagelantes. Mínimo de 15 linhas. Manuscrito na folha de almaço. Data de entrega: 08/04. Individual.

Vocabulário

Subjugados Que foi dominado; que sofreu algum tipo de subjugação;
Que foi obrigado a fazer (alguma coisa); dominado.
Que foi alvo de conquista; conquistado.

Que foi morto.

Mortandade Grande massacre de pessoas e/ou animais; matança.
Número expressivo de mortes: mortandade de espécies raras.
Quantidade de pessoas que morrem numa determinada época; mortalidade.

Expectoração Ação ou efeito de expectorar.
Eliminação, através da tosse, das secreções produzidas nos brônquios ou nos pulmões.
Aquilo que é eliminado; escarro.

Sanguinolenta Que apresenta ou contém excesso de sangue; sangrento.
Que se tingiu de sangue; que está misturado com sangue.
Que sente contentamento ao ver derramamento de sangue; sanguinário.

TRABALHO - RENASCIMENTO CULTURAL - 7ªs Séries A e B - E. E. ZENAIDE LOPES

Renascimento Cultural

Assista as vídeo aulas sobre o Renascimento Cultural:

 




Compare pinturas medievais e pinturas renascentistas:




Essas 2 primeiras pinturas foram produzidas antes do Renascimento Cultural, importante observar a técnica e o tema das pinturas.
As pinturas a seguir, são do período renascentista.

Sandro Botticelli - Vênus e Marte
Rafael Sanzio - A Escola de Atenas

Sandro Botticelli - Primavera

Jan Van Eyck - A Virgem do Chanceler Rolin

Jan Van Eyck - Retrato de Margareta van Eyck


Jan Van Eyck - O Casal Arnolfini



Sandro Botticelli - O Nascimento de Vênus

Albrecht Durer - Auto Retrato


Michelangelo - Davi


Leonardo da Vinci - Mona Lisa (Gioconda)



O espírito do Renascimento

      Francesco Petrarca nasceu em 1304, na cidade de Arezzo, na península Itálica, e foi um dos principais precursores do Renascimento. Admirador da cultura greco-romana, alimentava críticas profundas ao pensamento religioso, predominante em sua época. Foi o primeiro a denominar a Idade Média um período de trevas, envolto pelos dogmas da Igreja Católica. A seguir, transcrevemos o fragmento de uma carta escrita por Petrarca.
      “Pedis-me... que vos empreste, se, como pensais, o comprei, o livro de Homero que estava à venda em Pádua, pois que, dizeis, eu tenho de há muito um outro exemplar, a fim de que o nosso amigo Leão o traduza do grego ao latim para vós e outros nossos compatriotas estudiosos. Vi esse livro, mas não o comprei porque me pareceu inferior ao meu. Poder-se-ia facilmente obtê-lo por intermédio da pessoa que me proporcionou a amizade de Leão... De fato, sempre fui apaixonado por essa tradução em particular e pela literatura grega em geral, e, se a sorte, invejando os meus primeiros passos, me não tivesse arrebatado, pela morte, o meu excelente mestre, talvez eu fosse hoje alguma coisa mais que um grego que ficou no alfabeto”.

Leonardo Da Vinci

"Já fiz planos de pontes muito leves (...). Conheço os meios de destruir seja que castelo for (...). Sei construir bombardas fáceis de deslocar, carros cobertos, inatacáveis e seguros, armados com canhões. Estou (...) em condições de competir com qualquer outro arquiteto, tanto para construir edifícios públicos ou privados como para conduzir água de um lugar para outro. E, em trabalhos de pintura ou na lavra do mármore, do metal ou da argila, farei obras que seguramente suportarão o confronto com as de qualquer outro, seja ele quem for."

[Leonardo da Vinci (retirado de Jean Delumeau, A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO, Lisboa, Editorial Estampa, 1984, vol. 1, p. 154)]

O texto lido é parte da carta com que Leonardo da Vinci, em 1482, pedia emprego na corte de Ludovico, o Mouro. 

 Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Uma das sátiras mais brilhantes da história da literatura foi escrito por Desidério Erasmo, humanista holandês, no curto espaço de sete dias, quando de uma visita a seu amigo Sir Thomas More, na Inglaterra. O próprio título latino da obra é um trocadilho com o nome de More (Moriae). Erasmo, O Voltaire do século XVI, dominou o ambiente intelectual de sua época; de toda sua volumosa obra, porém, apenas o Elogio da Loucura escapou à obscuridade e ao esquecimento. Um notável historiador americano, Preserved Smith, caracterizou o livro como um inteligente sermão, uma sátira honesta, uma brincadeira com um objetivo ético.

Erasmo já demonstra tom satírico ao explicar o motivo que o levou a
escrever o livro:

"Já que a raça humana insiste em ser completamente louca - já que todas as pessoas, do Papa ao mais humilde pároco da aldeia - do mais rico dos homens ao mais miserável dos mendigos - da honrada dama em suas sedas e cetins à mulher vulgar em seu vestido de chita - já que todos se decidiram firmemente a não usar o cérebro que Deus lhes deu, mas insistem em se deixar guiar inteiramente pela ambição, vaidade, ignorância, porque, em nome de uma divindade racional, deveriam as poucas pessoas realmente inteligentes perder seu tempo e esforço, tentando mudar o gênero humano, transformando-o em algo que ele jamais desejou ser? Deixemo-lo viver feliz em suas loucuras. Não o privemos daquilo que, lhe dá maior prazer - seu infinito poder de se tornar ridículo."

No Elogio da Loucura, Erasmo argumenta que são os desejos tolos e irracionais que fazem girar o mundo. O livro todo é escrito em forma de discurso ou declamação, posta em boca da Loucura, a uma audiência imaginária composta de homens de todas as classes e condições. Usando uma beca, mas com um barrete de bobo na cabeça, a Loucura sobe ao púlpito, seguida por seus ajudantes: o Amor-Próprio, o Esquecimento, a Preguiça, o Prazer, a Sensualidade, o Sono Profundo, a Intemperança e a Demência. A Loucura nos conta que é filha de Plutão e de uma encantadora criatura chamada Juventude, e fora criada por duas ninfas sedutoras: Embriaguez, filha de Baco, e Ignorância, filha de Pã. Na violenta sátira que se segue, Erasmo, falando através da loucura, ridiculariza praticamente todas as instituições, costumes, homens e crenças de seu tempo, inclusive o casamento, a guerra, o nacionalismo, os advogados, cientistas, acadêmicos, teólogos, soberanos e papas.

“Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes. (...) quero que aprendas as línguas perfeitamente: primeiro a grega (...), em segundo lugar a latina, e depois a hebraica para as santas letras (...), e igualmente a caldaica e arábica (...); que não exista história que não tenhas presente na memória (...). Das artes liberais (...) dei-te algum gosto, quando ainda eras pequeno, na idade de cinco a seis anos; continua o resto (...). Do direito civil quero que saibas de cor os belos textos e que (...) compares com filosofia.
Quanto ao conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente, que não haja mar, rio nem fonte que tu não conheças os peixes; todas as aves do ar, todas as árvores e arbustos frutíferos das florestas, todas as ervas da terra, todos os metais escondidos no ventre dos abismos, as pedrarias de todo o Oriente (...), que nada disso te seja desconhecido.
Depois, cuidadosamente, revisita os livros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias (...) adquire perfeito conhecimento do (...) homem.”
 (RABELAIS,  François. Gargantua e Pantagruel. 1532.)  


EXERCÍCIOS

Nos trechos, estão alguns dos elementos principais que caracterizam o Renascimento como movimento cultural.
 
a) Identifique três desses elementos.
b) Como se dava o patrocínio dos artistas e técnicos do Renascimento?
c) Considerando as aulas, as imagens e os textos acima, disserte sobre as principais características do Renascimento Cultural nos campos da literatura, ciência e pinturas; analisando as mudanças na mentalidade medieval, da “Cristandade do medo” à mentalidade antropocêntrica. (mínimo de 10 linhas).

Entregar dia 08/04 sem falta. Manuscrito na folha de almaço. Individual

sábado, 21 de março de 2015

A EXPANSÃO MUÇULMANA - 7ºs ANOS - E. E. ZENAIDE LOPES

Caros alunos, estou disponibilizando links sobre a expansão muçulmana do século VII.

Grandes Civilizações - O Islã (parte 1 e 2)





Telecurso 2000 - Ensino Médio - A civilização muçulmana



Expansão Muçulmana no século VII: