domingo, 17 de agosto de 2014

GRÉCIA ANTIGA - RESUMO - PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO E HOMÉRICO - 6º ANO WIENKE

Para estudar a história da civilização grega, utilizamos a seguinte periodização:

* Período Pré-Homérico: séculos XX - XII a. C.
* Período Homérico: séculos XII - VIII a. C.
* Período Arcaico: séculos VIII - VI a. C.
* Período Clássico: séculos V - IV a. C.
* Período Helenístico: séculos IV - II a. C.

LOCALIZAÇÃO

A Grécia localizava-se ao sul da Península Balcânica, na bacia oriental do Mar Mediterrâneo, banhada pelos mares Jônico e Egeu. Seu território era dividido em três partes: a Grécia Continental (norte), a Grécia Peninsular (região do Peloponeso) e a Grécia Insular (formada pelas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu).

A Grécia possui um relevo acidentado e muitas cadeias montanhosas. A geografia da região foi responsável pelo isolamento das cidades e a fragmentação política devido às dificuldades de comunicação interna.

Mapa físico da Grécia

 A região da Grécia foi povoada por diferentes povos indo-europeus: aqueus, jônios, eólios e dórios. Os primeiros habitantes, os jônios (povos guerreiros), dominaram a região da Ásia Menor e submeteram os antigos habitantes à servidão. Formaram uma sociedade militar, porém também assimilaram muita da cultura dos antigos habitantes. Construíram cidades fortificadas, não eram letrados e não deram continuidade ao comércio que existia nos arredores do Mediterrâneo. Por vola de 1580 a. C. os jônios foram expulsos de parte de suas terras pelos gregos aqueus e eólios, encontrando refúgio na Ática.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO

Esse período ficou assim conhecido, pela falta de registros escritos, apesar das escritas cretenses, há poucas informações à respeito dessa época.

Creta viveu, entre 2000 e 1200 a. C. , o processo de ascensão e queda de sua civilização. O período de apogeu foi marcado pela edificação das cidades de Cnossos, Faístos, Mânlia e Gúrnia, na ilha de Creta, assim como pela fundação das colônias de Micenas e Tirinto, na Grécia, e de Tróia (Ílion) na Ásia Menor. Nessa época, a frota cretense dominava toda a bacia oriental do Mediterrâneo e suas atividades comerciais se estendiam do sul da Itália até o mar Negro. Entre as realizações artísticas dessa fase de prosperidade destacou-se a construção do grande Palácio de Cnossos - o Labirinto -, célebre pela complexidade de sua estrutura e por sua grande rede de corredores.

A capital da talassocracia cretense ("governo do mar", "império marítimo") era a cidade de Cnossos. Minos, mais que um rei, parece ter sido um título equivalente a faraó. A talassocracia consistia no controle marítimo e comercial das ilhas do Mar Egeu. Os comerciantes das demais ilhas do Egeu e das regiões do Peloponeso, Ática e Ásia Menor deveriam pagar impostos para Creta por utilizarem o mar Egeu para o comércio.
Os cretenses desenvolveram três sistemas de escrita: pictográfico, linear A e B. Essas escritas facilitavam o comércio. Os cretenses também se destacavam por sua arquitetura (Palácio de Cnossos), na escultura, na confecção de preciosas miniaturas, e na pintura com seus afrescos e murais, que atingiu seu maior grau de expressão.
A decadência de Creta data de 1500 a. C., quando os aqueus, indo-europeus, que invadiram a Grécia, conquistaram as cidades de Micenas e Tirinto, assimilaram sua cultura e deram origem à civilização creto-micênica.
Os aqueus ou micênicos (também eram guerreiros) originários dos Bálcãs, se instalaram na Grécia Continental e aprenderam muito e foram muito influenciados pela cultura cretense. Os aqueus conquistaram Creta em 1400 a. C. aproximadamente. A vitória sobre os cretenses foi fácil e total pois os cretenses estavam pouco exercitados na arte da guerra. Os reis aqueus enriqueceram com os saques. No entanto, a influência da civilização cretense permaneceu no desenvolvimento da escrita.

PERÍODO HOMÉRICO

O estudo desse período baseia-se na interpretação de duas obras - a Ilíada e a Odisséia - atribuídas a Homero. Daí o período chamar-se Homérico. São os únicos registros escritos (embora tenham sido produzidos bem depois dessa época) que se tem sobre a civilização grega, dos quais são descritos diversos aspectos dessa civilização.

Em linhas gerais, a Ilíada narra a tomada de Tróia pelos gregos (aqueus). O poema descreve o décimo ano do conflito até a derrota final dos troianos e a destruição da cidade. Após o incidente do "cavalo de Tróia", os aqueus saquearam e destruiram Tróia e regressaram à Grécia aproximadamente em 1.400 a. C. A Odisséia descreve o retorno conturbado do guerreiro Ulisses (ou Odisseu) ao seu reino de Ítaca.

Apesar de atribuídas a um mesmo autor - Homero -, a Ilíada e a Odisséia são muito diferentes no vocabulário, no estilo e nos acontecimentos. Também é preciso levar em conta as diversas interpretações feitas pelos aedos, que transmitiam os poemas oralmente.
Para serem memorizados, esses poemas eram cantados, até que no século V a. C. houve o registro desses poemas.

Após destruir Tróia, a civilização micênica (como eram chamados os gregos) expandia-se em direção à Ásia. Neste momento começou uma nova invasão na Grécia. Chegaram os dórios, último grupo de povos arianos a penetrar em território grego. Mais aguerridos, ainda nômades, conhecedores de armas de ferro, os dórios arrasaram as cidades gregas. Micenas ficou em ruínas.

A população fugiu e se espalhou. Muitos se retiraram para lugares afastados, preotegidos dos dórios, no interior do território. Outros fugiram para o exterior: numerosas colônias fundadas por gregos surgiram assim nas costas da Ásia Menor e em outros lugares do Mar Mediterrâneo. Esse processo de dispersão recebeu o nome de Diáspora e esta foi a primeira Diáspora Grega.

Com a chegada dos dórios, começou um novo período na história da Grécia. A vida urbana desapareceu. A população regrediu para uma vida mais primitiva, voltando a se organizar em pequenas comunidades, cuja célula básica era a grande família ou genos.


Fontes: MELLO, Leonel I. A. e COSTA, Luís C. A. História Antiga e Medieval. Ed. Scipione
            FUNARI, Pedro P. Grécia e Roma. Ed. Contexto
            ARRUDA, José Jobson de A. História Antiga e Medieval. Editora Ática


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