segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

DOCUMENTÁRIO SOBRE A PESTE NEGRA - 2ºs e 3ºs - ENSINO MÉDIO - ZENAIDE LOPES

Excelente documentário sobre a Peste Negra:

OS NOVOS REINOS DO OCIDENTE - 2ºs e 3ºs - ENSINO MÉDIO - ZENAIDE LOPES



Desde o começo do século II, as fronteiras do Império Romano começaram a ser pressionadas pelos povos germânicos. A pressão se intensificou, entretanto, a partir do século IV, quando a crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem condições para proteger suas fronteiras.
Uma das soluções encontradas foi consolidar a aliança com os invasores: em troca do consentimento para se fixarem em território romano, eles deveriam proteger as fronteiras contra o ataque de novos inimigos, o que nem sempre era possível. Aos poucos, se formaram novos reinos nas áreas ocupadas. Cada qual reunia em sua base social, política e econômica, hábitos dos povos invasores e dos romanos. O mapa político da Europa começava a ser redesenhado.





Entre os novos reinos formados em território romano, merecem destaque os dos:

·         Vândalos, no norte da África;
·         Ostrogodos, na península Itálica;
·         Visigodos, na península Ibérica;
·         Anglo-saxões, na Britânia (atual Inglaterra);
·         Francos, na Europa centro-ocidental (atual França).

A seguir, examinaremos a formação de alguns desses reinos. 

Vândalos (429-534)

Em 429, depois de se fixarem no norte da África, os vândalos tomaram Cartago. Reconhecidos como aliados pelos romanos, puderam então organizar seu reino. Genserico, rei dos vândalos, formou então um Estado poderoso. Ocupou a Córsega, a Sardenha e parte da Sicília. Em 455, saqueou Roma.
Divergências políticas e religiosas levariam o Reino dos Vândalos à decadência. Envolvidos em diversos conflitos, acabaram conquistados pelo general Belisário, entre 534 e535. O domínio bizantino durou pouco. Logo em seguida os muçulmanos tomariam a região.

Ostrogodos (493-553)

Em 493, os ostrogodos se estabeleceram na península Itálica. A ocupação teve o apoio do imperador bizantino, que desejava expulsar da região os hérulos, povo responsável pela deposição de Rômulo Augústulo, último imperador romano no Ocidente.
Sob o comando de Teodorico, os ostrogodos procuraram formar um reino duradouro, com sede na cidade de Ravena. Para isso, mantiveram a estrutura administrativa dos romanos e estimularam a agricultura e o comércio.
Um dos maiores problemas do reino foi a oposição religiosa entre ostrogodos (arianos) e romanos (cristãos). Teodorico tentou conciliar os dois povos, mas proibiu o casamento entre eles.
Procurando controlar toda a península Itálica, Teodorico formou uma confederação germânica contra o Império Bizantino. A tentativa, entretanto, fracassou e a península foi retomada pelos bizantinos, com a ajuda dos lombardos. Em 553, sem conseguir resistir, o Reino dos Ostrogodos chegou ao fim.

Visigodos (419-711)

Em 419, os visigodos formaram seu reino no sul da Gália e na península Ibérica. Aliados do Império Romano, eles não pagavam impostos, mas tinham a obrigação de proteger a região. Ao enfrentar diversos conflitos, seus domínios acabaram reduzidos: foram, primeiro, derrotados pelos francos e expulsos da Gália; na península Ibérica, parte do território acabou ocupado pelos suevos e pelos bizantinos.
Com a conversão do rei Recaredo I ao catolicismo, a Igreja começou a exercer grande influência no modo de vida dos visigodos, que passaram a adotar uma política de integração com as populações locais.
Em 711, os árabes ocuparam quase toda a península Ibérica e os visigodos tiveram que se refugiar nas regiões montanhosas das Astúrias. Séculos mais tarde, partiriam daí para reconquistar o antigo território. A península Ibérica, com o desmembramento do Islão, a partir de 756, tornou-se califado independente, com sede em Córdoba.

Anglo-saxões (450-1035)

A conquista da Britânia (Bretanha) pelos romanos, iniciada na época de Júlio César, só se completou no século I depois de Cristo. O imperador Adriano construiu uma muralha para defender as terras romanizadas – e ocupadas pelos bretões (celtas romanizados) – contra os ataques dos pictos e dos escotos, povos celtas que viviam no norte da Britânia.
Com a invasão da Europa ocidental pelos visigodos, as tropas romanas se retiraram e os bretões se aliaram aos anglos, saxões e jutos (povos germânicos habitantes da Jutlândia). Dessa união, surgiram sete reinos, a heptarquia juto-anglo-saxônica.
Em 866, os vikings, povos de origem escandinava, tomaram Londres. Com a expansão da conquista, constituíram o Danelag, área onde predominava a lei dos danos, ou dinamarqueses. Apenas em 1013, o domínio viking na Britânia seria completado. Canuto, o Grande (1016-1035), transformaria a região em base do império marítimo viking. Converteu-se ao cristianismo e dividiu o reino entre os companheiros; mas não tomou as saxões o que lhes pertencia. Pôs fim ainda à centralização governamental, criando os ducados, confiados tanto a danos quanto a saxões.



José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti.
Toda a História – História Geral e História do Brasil. Ed. Ática. Págs. 99 e 100

A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO E OS REINOS GERMÂNICOS - 2ºs e 3ºs - ENSINO MÉDIO - ZENAIDE LOPES



                              A queda do Império Romano 

·         No século III d.C., o vasto Império Romano abrangia territórios da Europa, Norte da África e Ásia
·         A unidade política, econômica, cultural e territorial era garantida através de uma extensa malha de estradas e seu numeroso exército.
·         Porém, devido a aspectos internos e externos, esse imenso império ruiu em 476 d.C., quando Odoacro, chefe dos hérulos, derrotou o último imperador e Roma capitulou.
·         Dentre os aspectos internos, vale destacar:

·         Questão militar: os gastos militares elevaram à medida que o território era ampliado durante as guerras de expansão; e para manter organizado, era necessário distribuir terras aos soldados para que não ficassem descontentes por lutarem durante anos. Na falta de terras e de dinheiro, o Império começa a emitir dinheiro, gerando um forte processo inflacionário.

·         Questão agrícola: devido a diminuição das guerras, Roma apresenta um elevado crescimento populacional, e as atividades agrícolas não são suficientes para atender à demanda. Acrescenta-se o fato de que os latifúndios começaram a se tornar pequenas propriedades, e manter muitos escravos trazia prejuízo. Para sair da crise, os latifundiários adotam o sistema de arrendamento. Os camponeses passaram a utilizar para seu sustento um pedaço de terra arrendado. Em troca eram obrigados a trabalhar alguns dias por semana na terra do proprietário. Alguns escravos também tinham lotes, tornando-se colonos. Na realidade, o colono não era completamente livre, mas preso à terra e a seu dono por laços pessoais e jurídicos muito rígidos.

·         Questão Escravista: a falta de guerras ocasiona a falta de escravos. Embora houvessem milhares de escravos que começam a lutar por direitos políticos. Lutavam pela liberdade e conquista de terras. A revolta mais conhecida foi liderada por Espartaco em 71 a.C. Quando não se podia mais espoliar os vencidos nas guerras, o número de escravos diminuiu e seu preço aumentou.

·         Questão Religiosa: a ascensão do Cristianismo prejudicou o exército, pois os cristãos não queriam se alistar, consideravam a liberdade um dom natural e a libertação dos escravos um ato piedoso. Não respeitavam algumas instituições romanas, principalmente as religiosas.

·         Questão Administrativa: com a ruralização da economia, a cobrança e a arrecadação de impostos se tornou mais difícil. As cidades entraram em crise e o Estado aumentou os impostos e encarregou os grandes proprietários de cobrá-los. Dessa forma, o sistema tributário ficou descentralizado. Diocleciano dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.

·         Migrações Germânicas: os povos germânicos invadiram o território germânico em busca de terras férteis e fugindo das guerras em seu território. Esse movimento foi pacífico e depois através de violentas agressões aos romanos.


   

                                                

                                                       Reinos Germânicos

·         Dos reinos germânicos que redesenharam o a geopolítica europeia, apenas o Reino dos Francos permaneceu centralizado devido às crises e questões enfrentadas pelos demais povos germânicos que envolviam religião, costumes e fragmentação territorial em lideranças políticas e militares (comitatus). Os Francos receberam o apoio de latifundiários cristãos, necessário para frear a expansão islâmica na Batalha de Poitiers em 732.

·         O Reino Franco estabeleceu, sob a liderança dos prefeitos do palácio, uma aliança com a Igreja Católica. Mais tarde, com a dinastia Carolíngia, houve a confirmação dessa aliança (coroação de Carlos Magno e os Estados Pontifícios) e o Renascimento Carolíngio: valorização da cultura greco-romana. Apesar da fragmentação político-administrativa de Carlos Magno (marcas, condados e ducados), o Império Carolíngio permaneceu forte até o Tratado de Verdum, em 843. Surge então 3 reinos: o de Carlos, o Calvo; o de Luís, o Germânico e o de Lotário.