terça-feira, 11 de novembro de 2014

ESTADO NOVO, GOVERNO DUTRA E VARGAS - RESUMO - 9º E 3º ANO ENSINO MÉDIO - JOAQUIM ADOLFO



Estado Novo (1937-1945) – Prof. Dennys

Face autoritária de Vargas: populismo e simpatia ao nazi fascismo. Vargas utiliza como pretexto a farsa do Plano Cohen (um suposto plano comunista) para aplicar um golpe de Estado, dissolvendo o Congresso e extinguindo os partidos políticos. Outorgou uma constituição que lhe conferia o controle total do poder executivo e lhe permitia nomear interventores nos estados. O Estado Novo promovia grandes manifestações patrióticas, cívicas e nacionalistas e eram incentivados, pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), através dos apelos patrióticos na imprensa e nos livros didáticos. 
Os integralistas fracassam no Levante Integralista (Intentona Integralista) em 1938. Vargas utiliza uma polícia política e persegue opositores. Durante a Era Vargas o Brasil é marcado pelo intervencionismo estatal que recuperou a exportação de café (com proibições de novas plantações e com a queima de estoques), diversificou a agricultura (algodão, cana-de-açúcar) e foi responsável por uma modernização na indústria de base, com investimentos nos setores siderúrgico e petroquímico. Essa industrialização, de caráter nacionalista é acompanhada de uma legislação trabalhista baseada na Carta del Lavoro (de inspiração fascista) e do corporativismo (Vargas concede direitos trabalhistas ao mesmo tempo que enfraquece sindicatos e proíbe as greves e manifestações). Os E.U.A. fizeram forte pressão forçando o Brasil a apoiar os Aliados na Segunda Guerra Mundial, em troca financiaram a construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A Alemanha torpedeou navios mercantes brasileiros, e em 1944, 25 mil pracinhas da FEB foram para a Itália derrotar o Eixo. A política nacionalista e autoritária de Vargas perseguiu os “súditos do Eixo”, todas as instituições e associações que mencionavam nomes estrangeiros tiveram que trocar de nome. Após vencer o nazi fascismo na Europa, o Brasil enfrentava o “fascismo interno”. Vargas atento à isso, iniciou uma abertura política, encerrando a censura, fixando prazo para eleições, possibilitando a organização de partidos políticos (e a legalidade do Partido Comunista Brasileiro), concedendo anistia aos presos políticos. Utilizando uma posição ambígua, Vargas declarava apoio ao general Eurico Gaspar Dutra do PSD, ao mesmo tempo que incitava o Queremismo (“Queremos Getúlio”). A Lei Antitruste, que limitava a entrada de capital estrangeiro no país foi o estopim para um golpe militar liderado por Eurico Gaspar Dutra (que posteriormente venceu as eleições) e Góis Monteiro, forçando a renúncia de Vargas. Era o fim do Estado Novo.

Governo Dutra (1946-1950)

Marcado pela Guerra Fria e pelo alinhamento com os E.U.A., rompendo relações com a União Soviética para combater o comunismo e cassando comunistas eleitos. Dutra começou a governar com uma nova Constituição promulgada que retomava vários aspectos da Constituição de 1934. Conservador e autoritário na política (suspendeu o direito de greve, interviu em 143 sindicatos), Dutra era liberal na economia (abriu os portos para a importação de produtos industrializados, prejudicando a indústria nacional), porém suas medidas trouxeram forte inflação, aumento no custo de vida forçando o arrocho salarial. O Brasil perdeu sua reserva cambial e houve uma enxurrada de importados supérfluos. Pressionado por grupos nacionalistas, o governo passou a dificultar as importações, mas o resultado não foi eficiente (industrialização espontânea). Dutra lançou o Plano Salte (saúde, alimentos, transporte e energia) para reforçar a economia mas por falta de recursos e de boa gestão, o plano não foi bem sucedido.

Governo Vargas (1951-1954)

Vargas venceu as eleições pelo PTB, procurando apagar sua imagem de ditador do Estado Novo e enfatizando duas diretrizes associadas à sua imagem pública: o nacionalismo econômico e a política trabalhista. Enfrentou representantes do governo dos E.U.A., dirigentes das empresas estrangeiras e empresários brasileiros. De um lado haviam os nacionalistas, e do outro, haviam os internacionalistas, que pretendiam estimular a abertura econômica do país ao capital estrangeiro.
Foi nesse período, em meio à campanha do petróleo, que é fundada a Petrobrás, empresa estatal que obteve o monopólio da extração do Petróleo no país. As refinarias particulares instaladas permaneceram no mercado e a distribuição de derivados foi feita por empresas privadas (Shell, Texaco, Esso, etc.).
Vargas recuperou o poder aquisitivo do salário, aumentando-o. Os internacionalistas começaram forte pressão ao governo. Um dos opositores, Carlos Lacerda, foi vítima de um atentado e as investigações levaram à Gregório Fortunato, chefe da guarda presidencial. Enfraquecido e isolado, sofrendo manifestações de militares, Vargas se suicidou com um tiro no coração.

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