quarta-feira, 13 de maio de 2020

RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO - RESUMO


                                        O Fortalecimento do Comércio e das Cidades

A partir do século XI a Europa assiste ao renascimento do comércio, que apresenta duas rotas principais: ao norte, através dos mares Báltico e do Norte e ao sul, através do mar Mediterrâneo. As feiras de Champagne eram o ponto de encontro. O Renascimento Comercial e Urbano determina o surgimento de uma nova classe social: a burguesia. “O ar da cidade liberta”.

Séculos IX ao XI


Feudos: autossuficientes, sem procura por excedentes comercializáveis.

Invasões: muçulmanos, vikings e magiares. Essas invasões aconteceram na segunda metade do século IX em um momento de declínio do Império Carolíngio.

Estradas: péssimas, perigosas (assaltos) e pedágios. O transporte de mercadorias era extremamente caro.

Condições monetárias: escassez de dinheiro, diversidade de moedas, pesos e medidas.

Crescimento demográfico: diminuição da taxa de mortalidade, das epidemias e fim das invasões resulta maior mercado consumidor e mão-de-obra para produzir, gerando aumento da produção agrícola, com a derrubada de florestas e drenagem dos pântanos.

Inovações tecnológicas: enxada, foice e arado de ferro. Ferradura nos cascos, moinhos de água, pontes pênseis. Tração animal: atrelagem em fila, coleira no peitoral do animal. Fabricação de navios de cargas.

Resultado: produção de excedentes comercializáveis, deslocamento para outras atividades não vinculadas à terra. Artesanato e comércio se desenvolvem em centros urbanos, impulsionando o renascimento das cidades.

Renascimento Comercial: resultado das Cruzadas.
Rotas marítimas e fluviais.

Mediterrâneo: temperos, perfumes, medicamentos do Oriente.

Mar Báltico e Mar do Norte: peixe salgado, cerveja, cereais e tecidos.

Flandres: confecção de tecidos.

Ponto de confluência: Champagne – ligação entre as duas regiões.

Feiras periódicas: grande passo para um comércio permanente e estável, comercializando por atacado, de variadas regiões.

Feiras de Champagne: apoio, proteção dos senhores feudais e cobrança de impostos: taxa de entrada e saída, armazenamento, venda e armação de barraca.

Setor financeiro: banqueiros (cambistas) emprestavam e trocavam moedas.

Centralização Monárquica: resultado da aliança entre reis e burguesia que se uniram para enfraquecer a nobreza feudal, que enriquecia indiretamente através da cobrança de diversos impostos nas atividades comerciais (pedágio, barracas, vendas de produtos).

Com o êxodo rural, muitos servos abandonaram os feudos e se dirigiam às cidades, para desempenhar atividades comerciais e artesanais, diminuindo a produção agrícola nos feudos, enfraquecendo a nobreza feudal, envolvida em revoltas camponesas e desprotegida pela fragilidade dos laços de suserania e vassalagem. Os burgueses conquistavam a independência das cidades através de conflitos militares ou pela compra da carta de franquia.

Com a aliança, o rei realiza a unificação monetária (moedas, pesos e medidas), cria um exército assalariado e permanente e centraliza as terras e o poder (legislativo, judiciário e executivo) em suas mãos, apoiado pela burguesia.

Controle cultural: Nesse sentido, a Igreja começa a perder o controle cultural que exercia sobre a sociedade. Nas escolásticas, professores e alunos não se submetem ao controle dos bispos, dando origem às universidades. Reis não aceitam a submissão à Igreja e começam a indicar bispos em áreas de influência (cesaropapismo – Questão das Investiduras) levando ao Cisma do Ocidente (1309-1377). A sociedade começa a questionar o Teocentrismo e o comportamento do clero católico que se afastava cada vez mais do papel social da Igreja. As consequências desses questionamentos serão o Renascimento Cultural e a Reforma Protestante.

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