quarta-feira, 13 de maio de 2020

CRUZADAS - RESUMO


                                                                  CRUZADAS

Contexto: final do século XI: 1095
Embora dividida pelo Cisma do Oriente (1054), a Igreja Católica se manifesta em defesa de Constantinopla e reagindo à Expansão Islâmica.

Teocentrismo: crises econômicas, desigualdade, epidemias e catástrofes sofriam interpretação religiosa.

Islâmicos em Jerusalém: turcos seljúcidas perseguindo cristãos e destruição do Santo Sepulcro.

Válvula de Escape: Tensões sociais na Europa feudal. As Cruzadas se aproveitaram do intenso deslocamento populacional durante o século XI motivado pela falta de terras e dificuldades climáticas.

Papa Urbano II convoca os europeus a expulsarem os “infiéis” da “Terra Santa” durante o Concílio de Clermont-Ferrand em 1095.

MOTIVAÇÕES:

·         Para a Igreja: expansão religiosa e controle cultural.
·         Para os servos: perdão dos pecados, salvação.
·         Para os nobres: terras e riquezas.
·         Para os reis: prestígio e poder.
·         Para os mercadores: possibilidade de reabrir rotas comerciais e comércio com o Oriente.

Reconquista ou Cruzadas Ibéricas: expulsão dos mouros (muçulmanos) da Península Ibérica, processo concluído somente em 1492. Resultou na centralização monárquica de Portugal (1143) e Espanha (1492).
8 Cruzadas oficiais.

As 8 Cruzadas

Entre os séculos XI e XIII ocorreram 8 cruzadas, com a participação de senhores e reis de várias nações cristãs do continente europeu.

A Primeira Cruzada (1096-1099)

É também conhecida como “Cruzada dos Nobres”. Foi organizada durante o ano de 1096, com a partida dos nobres no outono daquele mesmo ano. Em abril de 1097, estavam em Constantinopla solicitando o apoio do imperador bizantino Aleixo Comneno.
Os nobres tinham o objetivo de alcançar Antioquia e, no caminho, tomaram a cidade de Nicéia, que estava sob domínio turco. Continuam a sua jornada e seguem o seu caminho rumo a Jerusalém.
Os cruzados conseguem escalar as muralhas de Jerusalém e invadem a Terra Santa, provocando um massacre. Após a vitória, estabeleceram quatro estados cristãos: o Condado de Edis, o Principado de Antioquia, o Condado de Trípoli e o Reino de Jerusalém.

A Segunda Cruzada (1147-1148)

Também conhecida como “Cruzada dos Reis”, foi pregada por Eugênio III e São Bernardo, contando com a participação do Rei Luis VII da França e Conrado III da Alemanha.
Esta cruzada não obteve êxito. O Rei Luis VII atravessou o território inimigo em pleno inverno, o que causou a morte de muitos homens devido ao frio e à fome.
Depois de outra tentativa falha, ao tentar sitiar Damasco e cometer mais erros estratégicos, os exércitos cruzados desistem e retornam para a Europa.

A Terceira Cruzada (1189-1192)

Com o apoio do papa Inocêncio III, os reis Filipe Augusto (França), Ricardo Coração de Leão (Inglaterra) e Frederico Barba-Roxa (Sacro-Império) resolveram partir para uma Nova Cruzada.
Barba-Roxa lutou e venceu os muçulmanos, mas, logo depois morreu afogado ao atravessar um rio a caminho de Jerusalém. Sem a sua liderança, o enorme exército rapidamente se desintegrou.
Após algumas batalhas, Jerusalém manteve-se sob o poder dos turcos.

A Quarta Cruzada (1202-1204)

Não alcançou os objetivos, pois chegou a Constantinopla, mas desistiu de seguir até Jerusalém. Após a invasão a Constantinopla, os cruzados e venezianos formaram o Império Latino de Constantinopla, alcançando o domínio do monopólio do comércio.

A Cruzada das Crianças

Em 1212 foi organizada uma expedição formada por crianças, pois acreditava-se que, por serem puras (sem pecados), elas seriam recompensadas por Deus.
Durante o percurso até a Palestina, algumas crianças afogaram-se numa tempestade e o restante foi vendida como escravas.

A Quinta Cruzada (1217-1221)

Cristãos de vários países europeus se reuniram em São João D’Arce para uma nova tentativa de reconquistar Jerusalém. Deixam o Egito sem alcançar o seu objetivo.

A Sexta Cruzada (1228-1229)

Liderada por Frederico II, nesta expedição os cruzados conseguiram negociar com os muçulmanos, que também estavam divididos e cansados das lutas. As negociações duraram todo o inverno e selou-se um acordo de paz, no qual os cristãos conseguiram as cidades de Jerusalém, Belém e Nazaré.

A Sétima Cruzada (1248-1250)

A conquista de Frederico foi breve (Jerusalém foi reconquistada pelos muçulmanos em 1234) e o Rei Luis IX (França) resolve organizar uma nova Cruzada.
Não houve êxito na empreitada, e Luís e todo seu exército foram cercados e feito prisioneiros. Os nobres pagaram pela sua liberdade, já os demais foram vendidos como escravos ou mortos em batalha.

A Oitava Cruzada (1270)

Durante os anos de 1265 e 1268, os egípcios mamelucos conquistaram vários territórios. O rei francês Luis IX retoma o espírito das Cruzadas, no entanto, agora o objetivo era a conversão do Emir de Tunis.
Nenhuma das cruzadas obteve o sucesso esperado e foram abandonadas.

Antissemitismo: pogroms contra os judeus levaram a suicídios coletivos.
Confronto com bizantinos.
Cruzada dos Mendigos ou Cruzada Popular (Pedro, o Eremita)
Cruzada das Crianças ou Cruzada dos Inocentes (carregada de controvérsias).
Domínio na Terra Santa durou menos de 100 anos (1099-1187).

CONSEQUÊNCIAS:

Fracasso militar
Choque cultural possibilitou o Renascimento Comercial e Urbano através da reabertura das rotas comerciais.




Vídeo-aula do canal Parabólica sobre as Cruzadas.

2 comentários:

  1. Olá sou a Larissa do 7°ano c, essa lição é para o 7°

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    1. Olá Larissa, esse é um resumo sobre Cruzadas, não é atividade para sua turma. Ainda não, em breve trabalharemos esse assunto.

      Eu posto textos sobre diversos assuntos nesse blog.

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