terça-feira, 2 de março de 2021

DA QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO DO OCIDENTE AO FEUDALISMO - 7ºs A, B e C - CALVITTI

 Olá caros alunos e alunas.

Segue os códigos das turmas no Google Classroom:

7º A: gy4fwcc

7º B: nahw43z

7º C: ainda não foi gerada a turma no Google Classroom

Nesta primeira atividade no blog, iremos abordar a transição, ou seja, a passagem da Antiguidade (História Antiga) para a Idade Média (História Medieval). Para isso, é necessário analisar os fatores que levaram o Império Romano do Ocidente ao declínio.

Na historiografia, utilizamos um acontecimento para marcar o fim da Antiguidade e início da Idade Média, porém, devemos compreender que essa mudança não ocorre somente por um fato, um evento específico em um determinado lugar; a mudança ocorre de uma forma lenta, em diversos aspectos das sociedades (aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais) e nem sempre é possível perceber essas mudanças.

A historiografia tradicional utiliza uma periodização criada no século XIX por historiadores europeus, que valorizavam somente documentos escritos e uma história narrada (e não problematizada) abordando apenas fatos políticos e militares envolvendo reis, generais e feitos de batalha. Eles também priorizaram a História da Europa, desvalorizando outros continentes.

O evento que marca o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média é a queda do Império Romano do Ocidente em 476, quando Odoacro, chefe dos hérulos, um povo germânico, derrota o último imperador de Roma, Rômulo Augusto.

Periodização clássica

Durante os séculos III, IV e V, marcados pela crise que levaria à queda do Império Romano do Ocidente, elementos culturais, sociais, econômicos e políticos da civilização romana se misturaram com  elementos culturais, sociais, econômicos e políticos dos povos germânicos. Alguns aspectos dessas mudanças demoraram muito anos para serem perceptíveis. É necessário também pensar na simultaneidade desses elementos, ou seja, eles coexistiram, existiram ao mesmo tempo em determinados lugares do continente europeu.

Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente após a divisão feita por Teodósio.

Além da mistura de elementos romanos com elementos germânicos, o Império Romano passava por dificuldades que provocaram uma intensa crise econômica, crise tributária (queda na arrecadação dos impostos), crise militar, crise política e crise escravista. Todos esses fatores internos associados às migrações germânicas (que começaram pacíficas e se tornaram invasões violentas ao longo do tempo) determinaram a queda de uma grande civilização.

A seguir, analisaremos os fatores internos e externos da crise do Império Romano do Ocidente:

Da queda do Império Romano ao Feudalismo

·         No século III d.C., o vasto Império Romano abrangia territórios da Europa, Norte da África e Ásia

·         A unidade política, econômica, cultural e territorial era garantida através de uma extensa malha de estradas e seu numeroso exército.

·         Porém, devido a aspectos internos e externos, esse imenso império ruiu em 476 d.C., quando Odoacro, chefe dos hérulos, derrotou o último imperador e Roma capitulou.

·         Dentre os aspectos internos, vale destacar:

·         Questão militar: os gastos militares elevaram à medida que o território era ampliado durante as guerras de expansão; e para manter organizado, era necessário distribuir terras aos soldados para que não ficassem descontentes por lutarem durante anos. Na falta de terras e de dinheiro, o Império começa a emitir dinheiro, gerando um forte processo inflacionário.

·         Questão agrícola (ruralização da economia): devido a diminuição das guerras, Roma apresenta um elevado crescimento populacional, e as atividades agrícolas não são suficientes para atender à demanda. Acrescenta-se o fato de que os latifúndios começaram a se tornar pequenas propriedades, e manter muitos escravos trazia prejuízo. Para sair da crise, os latifundiários adotam o sistema de arrendamento. Os camponeses passaram a utilizar para seu sustento um pedaço de terra arrendado. Em troca eram obrigados a trabalhar alguns dias por semana na terra do proprietário. Alguns escravos também tinham lotes, tornando-se colonos. Na realidade, o colono não era completamente livre, mas preso à terra e a seu dono por laços pessoais e jurídicos muito rígidos.

·         Questão Escravista: a falta de guerras ocasiona a falta de escravos. Embora houvessem milhares de escravos que começam a lutar por direitos políticos. Lutavam pela liberdade e conquista de terras. A revolta mais conhecida foi liderada por Espartaco em 71 a.C. Quando não se podia mais espoliar os vencidos nas guerras, o número de escravos diminuiu e seu preço aumentou.

·         Questão Religiosa: a ascensão do Cristianismo prejudicou o exército, pois os cristãos não queriam se alistar, consideravam a liberdade um dom natural e a libertação dos escravos um ato piedoso. Não respeitavam algumas instituições romanas, principalmente as religiosas.

·         Questão Administrativa: com a ruralização da economia, a cobrança e a arrecadação de impostos se tornou mais difícil. As cidades entraram em crise e o Estado aumentou os impostos e encarregou os grandes proprietários de cobrá-los. Dessa forma, o sistema tributário ficou descentralizado. Diocleciano dividiu o Império em duas partes: O Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.

·         Migrações Germânicas: os povos germânicos invadiram o território germânico em busca de terras férteis e fugindo das guerras em seu território. Esse movimento foi pacífico e depois através de violentas agressões aos romanos.

   

Mapa conceitual do Império Romano

                                          


Reinos Germânicos

·         Dos reinos germânicos que redesenharam o a geopolítica europeia, apenas o Reino dos Francos permaneceu centralizado devido às crises e questões enfrentadas pelos demais povos germânicos que envolviam religião, costumes e fragmentação territorial em lideranças políticas e militares (comitatus). Os Francos receberam o apoio de latifundiários cristãos, necessário para frear a expansão islâmica na Batalha de Poitiers em 732.

·         O Reino Franco estabeleceu, sob a liderança dos prefeitos do palácio, uma aliança com a Igreja Católica. Mais tarde, com a dinastia Carolíngia, houve a confirmação dessa aliança (coroação de Carlos Magno e os Estados Pontifícios) e o Renascimento Carolíngio: valorização da cultura greco-romana. Apesar da fragmentação político-administrativa de Carlos Magno (marcas, condados e ducados), o Império Carolíngio permaneceu forte até o Tratado de Verdum, em 843. Surge então 3 reinos: o de Carlos, o Calvo; o de Luís, o Germânico e o de Lotário.

Exercícios

1. Qual evento é utilizado pela historiografia para representar a passagem da Antiguidade para a Idade Média?

2. O que provocou a crise escravista no Império Romano do Ocidente?

3. Como ocorreram as migrações pacíficas e invasões violentas dos povos germânicos?

4. O que provocou a ruralização da economia no Império Romano do Ocidente? Como foi organizado a produção agrícola nas áreas rurais?

Enviar para o e-mail dennys@prof.educacao.sp.gov.br até o dia 10/03


Formação do Feudalismo - Centro de Mídias

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